A 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) terá um momento especial durante sua realização, entre os dias 10 e 19 de abril, em Aparecida (SP). No dia 13 de abril, sábado, a missa do encontro dos bispos contará com o rito de instituição do ministério de catequistas, no qual catequistas de todos os 19 regionais da conferência receberão a designação desse ofício.

Catequistas de 19 regionais já estão confirmados para a celebração, que será realizada no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), a partir das 7h da manhã.

Na preparação para este momento da 61ª assembleia, a CNBB realizou ontem, 3 de abril, uma live para partilhas com os catequistas que serão instituídos ministros durante assembleia dos bispos. Assista a seguir:

O ministério de catequistas

Instituído pelo Papa Francisco com o motu proprio Antiquum Ministerium, do dia 10 de maio do ano de 2021, o ministério de catequista “é um serviço estável prestado à Igreja local de acordo com as exigências pastorais identificadas” pelo bispo, e que devem ser desempenhadas de acordo com a condição de cristãos leigos e leigas que recebem este ministério.

O Papa Francisco destacou que o ministério instituído de Catequista seja conferido a “homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, que tenham uma participação ativa na vida da comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna”. O pontífice também orientou que esses fiéis devem receber a devida formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica, “para ser solícitos comunicadores da verdade da fé, e tenham já maturado uma prévia experiência de catequese”. Outro requisito é que “sejam colaboradores fiéis dos presbíteros e diáconos, disponíveis para exercer o ministério onde for necessário e animados por verdadeiro entusiasmo apostólico”.

O trabalho da Conferência Episcopal

No Motu Proprio que instituiu o ministério de catequista, o Papa Francisco confiou às conferências episcopais a indicação dos critérios e o itinerário formativo para que seja concedido o ministério. Assim, a Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB preparou um documento que atende a esse pedido do Papa, em vista da aplicação na Igreja no Brasil. O texto foi aprovado durante a 59ª Assembleia Geral da CNBB, em 2022.

Publicado sob o número 112, o documento “Critérios e Itinerários para a Instituição do Ministério de Catequista” contém a  proposta de formação imediata para aqueles que já atuam como catequistas, como também uma formação mais prolongada para os que desejam ser catequistas.

Outra tarefa da CNBB no processo de implementação do ministério de catequista foi a tradução do “Rito da Instituição de Catequistas”, produzido pelo Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Dessa forma, o ritual está disponível para que os bispos e as Comissões Diocesanas de Liturgia utilizem, como expressão do reconhecimento da Igreja a tantos leigos e leigas que, há tempos, dedicam suas vidas à transmissão da fé e ao anúncio do Evangelho. O material pode ser adquirido nas Edições CNBB.

CNBB

Os membros do Conselho Permanente da CNBB, reunidos nos dias 12 a 14 de março, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), parabenizaram o Papa Francisco pelos 11 anos de seu pontificado, completados nesta quarta-feira, 13 de março. Por meio de uma carta endereçada ao Papa, eles também agradeceram o seu testemunho e magistério.

Na carta, os membros do Conselho Permanente, em sintonia com os constantes apelos do Papa pela fraternidade universal, desejaram que a Igreja seja, sempre mais, casa e escola de comunhão. “Expressamos nossa sincera gratidão pelo caminho sinodal que estamos percorrendo, incentivados e orientados por Vossa Santidade, procurando viver e atualizar o mistério da Igreja em missão”.

“Estamos solidários com seus insistentes apelos pela paz mundial, que tem sofrido graves ameaças, e também com o seu empenho pela reconciliação dos países em conflito”.

Os bispos se uniram em oração, especialmente pela saúde do Papa.  “Pedimos orações pelo êxito dos nossos trabalhos, para que estejamos, cada vez mais, a serviço da Igreja no Brasil, fiéis a Cristo e em unidade com o pastoreio de Vossa Santidade, em vista da santificação do povo de Deus”, finalizaram.

A carta é assinada pela presidência da CNBB.

Leia (aqui) a carta na íntegra.

CNBB

Fotos: CNBB

Na Casa Dom Luciano, em Brasília (DF), pulsa o coração da Igreja no Brasil em preparação para o Jubileu 2025. São aproximadamente 300 pessoas de todos os regionais e dioceses que responderam ao chamado da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o Encontro Nacional “Preparando o Jubileu 2025”. O arcebispo dom Geremias Steinmetz participa do encontro representando a Arquidiocese de Londrina. Na manhã desta segunda-feira, 29, a mesa de abertura com a presença de autoridades eclesiais deu início ao evento.

Ajuda na preparação ao Jubileu

Dom Rino Fisichela

Convidado especial para assessorar o evento, dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e coordenador do Jubileu 2025, destacou a sua felicidade em participar deste momento organizado pela conferência episcopal do Brasil e o seu encontro com o Papa Francisco antes de viajar. Segundo dom Fisichella, o Papa pediu-lhe que trouxesse a sua saudação e bênção a todos os brasileiros.

“Agradeço de coração a presidência da conferência episcopal por ter organizado este encontro em preparação ao jubileu. Estou grato por encontrar grande ajuda na cansativa preparação do jubileu, que será um momento de graça para toda a igreja.”

Núncio Apostólico dom Giambattista Diquattro

O Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, manifestou a alegria de acolher a dom Fisichella no Brasil e destacou que sua presença é um sinal de motivação para a Igreja no Brasil nesta preparação para o Jubileu.

“A Igreja do Brasil e a sua pessoa se confirmam mutuamente no ardor da expectativa do entusiasmo e da motivação no seguimento do único caminho que é Cristo Jesus.”

Participantes na manhã do 1º dia do encontro. | Fotos: Osnilda Lima – Comunicação do Encontro “Preparando o Jubileu 2025”

Missionários e peregrinos da esperança

O arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cézar Costa, em sua saudação aos presentes, como bispo da igreja local, destacou o tema do jubileu e o pedido do Papa Francisco para que a Igreja se prepare para este jubileu primeiramente com a oração.

“Estamos vivendo numa sociedade que vai perdendo a esperança. Esperança é o tema fundamental para a sociedade. O ser humano não vive sem esperança. A fé cristã para nós nasce da esperança em Cristo morto e ressuscitado. É nele que se fundamenta a nossa esperança”, afirmou o arcebispo.

Dom Paulo ainda destacou que o jubileu será um momento bonito, especialmente porque cada cristão é chamado a ser missionário da esperança em uma sociedade que está minando sua capacidade de esperar. “Só tem capacidade de irradiar esperança quem espera. Se nós, cristãos, não somos mulheres e homens de esperança, como vamos contagiar o mundo com esperança?”

O cardeal refletiu que devemos olhar para Aquele que é o autor da esperança e exortou que este encontro nacional seja um momento rico de motivação para a Igreja no Brasil. “Saiamos daqui verdadeiramente motivados para levar o jubileu para as nossas dioceses, paróquias e comunidades. Que seja um momento bonito de reavivamento dAquele que é o centro da nossa esperança, que possamos levar a grande esperança da fé a um mundo que está carente de esperança.”

Representatividade da Igreja no Brasil

O arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente da CNBB, dom João Justino de Medeiros Silva, concluiu as saudações da mesa de abertura e destacou a representatividade de todas as regiões do Brasil no encontro nacional. “Queremos acolher os irmãos e irmãs que atenderam o nosso convite de participar deste encontro nacional. Temos representação de todas as regiões do Brasil.”

Dom Justino partilhou com os presentes que a CNBB, tão logo o Papa Francisco fez o anúncio do Jubileu, constituiu uma comissão para animar o processo preparatório, manifestando a adesão ao chamado do pontífice. O primeiro vice-presidente apresentou a comissão que é formada por bispos, assessores das comissões e representantes de organismos ligados à CNBB. Outro ponto destacado pelo arcebispo foi o empenho das Edições CNBB em traduzir e publicar os cadernos preparatórios do Jubileu.

“A iniciativa deste encontro nacional obteve uma resposta muito positiva do nosso episcopado, por isso temos a representação de tantas dioceses. Desejamos que estes dois dias sejam muito fecundos. Trago a saudação do nosso presidente, dom Jaime Spengler”, concluiu o primeiro vice-presidente da entidade.

A mesa de abertura foi precedida pela oração de Laudes, que foi conduzida por dom Valdir José de Castro, bispo de Campo Limpo (SP) e presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB.

CNBB
Com colaboração de Marcus Tullius / Pascom Brasil
Equipe de Comunicação do Encontro “Preparando o Jubileu 2025”

Fotos: Divulgação

Os bispos, representantes de organismos do Povo de Deus, assessores e convidados se reuniram na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, de 21 a 23 de novembro, para a última reunião do Conselho Permanente do ano. O arcebispo dom Geremias Steinmetz participou do encontro representando o Regional Sul 2 da CNBB, do qual é presidente.

O Conselho Permanente da CNBB é uma instância de coordenação abaixo apenas da Assembleia da instituição. “O Conselho Permanente tem a missão de avaliar e encaminhar as decisões tomadas pelos bispos brasileiros na Assembleia da CNBB”, explicou o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler.

Entre os assuntos presentes na pauta da reunião estiveram as análises de conjuntura eclesial e social, a acolhida aos imigrantes venezuelanos e o relatório sobre a primeira etapa do Sínodo dos Bispos, realizada em outubro em Roma. “Fizemos uma análise interessante apresentada pelo dom Jaime Spengler, presidente da CNBB. O texto, que é uma síntese do que foi feito no sínodo já está rodando o Brasil, o mundo”, destacou dom Geremias.

“Um trabalho muito bom de revisão, planejamento, análise também da nossa pastoral, as grandes questões que envolvem a Igreja Católica no nosso país”, finalizou dom Geremias.

Pascom Arquidiocesana

Foto: Divulgação

Em novo vídeo, o assessor jurídico da civil da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dr. Hugo Cysneiros, apresentou novas informações sobre a atuação da entidade no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442. A ação está na pauta de julgamento virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) e tem por objetivo descriminalizar o aborto no Brasil. Hugo manifestou “indignação” e “estranheza técnica” diante de incoerências na condução do processo pela Suprema Corte. 

O advogado contou que o STF tomou uma decisão sobre a acolhida dos amicus curiae, entidades que apoiam o processo com indicações sobre o tema, após a divulgação do último vídeo, no qual ele destacava a omissão da Suprema Corte sobre a participação de entidades nessa contribuição ao processo.

Entretanto, o prazo para manifestação só foi conhecido pelas entidades após já ter sido finalizado. O julgamento terá início à meia noite desta sexta-feira, 22 de setembro, de forma virtual.

“Temos aqui, portanto, um prazo impossível de ser cumprido. Diversas instituições já se manifestaram acusando esse problema procedimental, esta clara nulidade processual, e estamos esperando algum tipo de pronunciamento do Supremo Tribunal Federal”, destacou Hugo Cysneiros.

O advogado também destacou “com estranheza” o fato de ser um julgamento virtual sobre um tema tão importante naquilo que pra ele “talvez seja a mais importante ação judicial julgada nos últimos anos pelo STF, que diz respeito ao direito à vida”.

“Por que conduzir um processo como esse em ambiente virtual, sem sessão plenária presencial, onde claramente a sociedade brasileira terá acesso e conhecimento aos argumentos das partes dos amicus curiae e também dos senhores e senhoras, ministros e ministros do Supremo Tribunal Federal? Fica aqui a nossa indignação, a nossa estranheza técnica, sobretudo, e esperamos dar seguimento a essa luta com resultado favorável, a fim de que o Estado Democrático de Direito seja preservado”, salientou.

Confira o vídeo na íntegra:

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota, nesta quinta-feira, 14 de setembro, sobre o pedido de inclusão em pauta da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 no Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação pleiteia a possibilidade de descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. No texto, os bispos reafirmam o posicionamento contrário ao pedido feito na ADPF: “jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto”.

“Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim”, reforçam os bispos. Na nota, também recordam a posição “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, diz um trecho do documento.

Outro destaque é o entendimento que os pedidos da ADPF 442 “foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional”.

A Presidência da CNBB salienta que “se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal”.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DA CNBB

VIDA: DIREITO INVIOLÁVEL

“Propus a vida e a morte; escolhe, pois a vida” (Dt 30,19).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Presidência, reafirma sua posição em favor da vida desde a concepção.

Diante do pedido de inclusão em pauta da ADPF 442 (2017), no Supremo Tribunal Federal (STF), que pleiteia a possibilidade de aborto legal até a 12ª semana de gestação, reafirmamos que “o aborto constitui a eliminação de uma vida humana, trata-se, pois, de uma ação intrinsecamente má e, portanto, não pode ser legitimada como um bem ou um direito” (Vida: Dom e Compromisso II: fé cristã e aborto, Edições CNBB, 2021, n.96).

Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim. “Ninguém nunca poderá reivindicar o direito de escolher o que mais convém por meio de uma ação direta que elimine uma vida humana, pois nenhuma pessoa tem o direito de escolha sobre a vida dos outros” (Vida: Dom e Compromisso II, n. 97).

“A decisão deliberada de privar um ser humano inocente da sua vida é sempre má, do ponto de vista moral, e nunca pode ser lícita nem como fim, nem como meio para um fim bom” (Evangelium Vitae, n. 57).

Como já nos manifestamos em 2017, por meio de Nota “Pela vida, contra o aborto”, reiteramos nossa posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. Entendemos que os pedidos da ADPF 442 foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional, pois se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal.

De qualquer forma, jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, ajude-nos na missão de escolher a vida, como dom de Deus e compromisso de toda humanidade.

Brasília- DF, 13 de setembro de 2023

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre – RS
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros da Silva
Arcebispo de Goiânia – GO
1º Vice- Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife – PE
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB

Dom Ricardo Hoepers, bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB (Foto: CNBB)

Tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou nova data, próxima quarta-feira, 23 de agosto, para a retomada do julgamento que discute se é crime o porte de drogas para consumo próprio, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reitera a sua posição contra a descriminalização do uso das drogas, expressa pela instituição em nota publicada em 26 de agosto de 2015.  

Na nota citada, a CNBB conclama o Estado e o povo brasileiro à necessária lucidez no trato deste tema tão grave para a sociedade. A Conferência dos Bispos do Brasil pede o engajamento da comunidade católica do Brasil para disseminar o vídeo, com link abaixo, no qual o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, reforça as posições da Instituição sobre o tema da descriminalização do uso de drogas no Brasil.

Sobre este tema, o Papa Francisco, aponta como uma forma de degradação. O Santo Padre expressou,  com muita clareza, que “a droga não se derrota com droga. A droga é um mal e com o mal não pode haver cessões ou compromissos.”

Na carta encíclica Laudato Si’,  o Papa Francisco constata, com tristeza, que são numerosas as pessoas provadas por condições de vida indigentes, que exigem atenção e o compromisso solidário. Atesta, ainda, que a “a própria vida humana é um dom que deve ser protegido das várias formas de degradação” (Carta enc. Laudato si’, 120).

Impacto na saúde, família e sociedade

O secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, reafirmou, por meio de vídeo, as posições da instituição manifestadas na nota de 2015. “O uso indevido de drogas interfere gravemente na estrutura familiar e social. Está entre as causas de inúmeras doenças, de invalidez física e mental, de afastamento da vida social”.

A mensagem do vídeo reforça ainda que “a dependência que atinge, especialmente, os adolescentes e os jovens, é fator gerador da violência social, provoca no usuário alteração de consciência e de comportamento. O consumo e o tráfico de drogas são apontados como causa da maioria dos atentados contra a vida”.

De acordo com o secretário-geral da CNBB, a não punibilidade do porte de drogas, mesmo para consumo próprio, tendo como argumento a preservação da liberdade da pessoa, poderá agravar o problema da dependência química, escravidão que hoje alcança números alarmantes.

“A liberação do consumo de drogas facilitará a circulação dos entorpecentes. Haverá mais produtos à disposição, legalizando uma cadeia de tráfico e de comércio, sem estrutura jurídica para controlá-la”, salientou.

No vídeo, dom Ricardo recorda a posição da CNBB de que a vida em todas as suas dimensões deve ser preservada. “Confiantes na graça misericordiosa de Deus e na materna proteção da Virgem de Aparecida, conclamamos o Estado e o povo brasileiro à necessária lucidez e responsabilidade no trato deste tema tão grave para a sociedade”.

Assista o vídeo na íntegra:

A 3ª edição do Missal Romano tem entre suas principais novidades um novo calendário do Próprio dos Santos, que estabelece as missas para os santos e santas. No livro litúrgico traduzido para o Brasil estão os novos santos incluídos no Calendário Universal e também os santos brasileiros ou que possuem expressiva devoção no país, dentre eles Nossa Senhora Aparecida e São josé de Anchieta. As dioceses e paróquias poderão contar com o material a partir de agosto, mas já podem fazer sua reserva junto à Edições CNBB.

De acordo com o padre Leonardo Pinheiro, assessor que colaborou com a Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no último período da tradução, o novo calendário dos santos têm gerado “grande interesse” nas formações oferecidas pelo Brasil.

Confira as datas das celebrações dos santos:

Calendário Próprio do Brasil

São José de Anchieta (9 de junho)

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (9 de julho)

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires (17 de julho)

Santa Dulce Lopes Pontes (13 de agosto)

Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, Mateus Moreira, leigo, e companheiros mártires (3 de outubro)

São Benedito, o Negro (5 de outubro)

Nossa Senhora da Conceição Aparecida (12 de outubro)

São Pedro de Alcântara (19 de outubro)

Santo Antonio de Sant’Ana Galvão (25 de outubro)

São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo (19 de novembro)

Próprio dos Santos – Ciclo Eclesiológico: novos santos incluídos no Calendário Universal

Santíssimo Nome de Jesus (3 de janeiro)

Santa Josefina Bakhita (8 de fevereiro)

São Gregório de Narek (27 de fevereiro)

Sâo João de Ávila (10 de maio)

Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima (13 de maio)

São Cristóvão Magalhães e comp. mártires (México, 21 de maio)

Santa Rita de Cássia (22 de maio)

São Paulo VI (29 de maio)

Santo Agostinho Zhao Rong e comp. mártires (China, 8 de julho)

Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo – atualização: festa

Santa Maria Madalena – atualização: festa

São Charbel Makhluf (Líbano, 24 de julho)

Santos Irmãos marta, Maria e Lázaro (29 de julho)

Santa Teresa Benedita da Cruz (9 de agosto)

São Ponciano e Santo Hipólito (12 de agosto)

Santíssimo Nome da Bem-aventurada Virgem Maria (12 de setembro)

Santa Hildegarda de Bingen (17 de setembro)

São Pio de Pietrelcina (23 de setembro)

Santa Faustina Kowalska (6 de outubro)

São João XXIII (11 de outubro)

São João Paulo II (22 de outubro)

Santa Catarina de Alexandria (25 de novembro)

São João Diego (9 de dezembro)

Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto (10 de dezembro)

Festividade móvel

Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja – memória a ser celebrada na segunda-feira após Pentecostes.

CNBB

Imagem: CNBB

Os membros do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegeram, durante reunião realizada em Brasília-DF, de 20 a 22 de junho, os bispos que irão integrar a Comissão Episcopal para Ação Sociotransformadora da entidade no quadriênio 2023-2027. Todos bispos que integrarão as Comissões Episcopais permanentes e especiais da CNBB foram votados pelos membros do órgão da CNBB.

Os prelados se somarão ao trabalho realizado pelo presidente da comissão,  o bispo de Brejo (MA), dom José Valdeci Santos Mendes (o primeiro na foto da esquerda para a direita), reeleito na 60ª Assembleia Geral da entidade, em abril deste ano. A Comissão tem a atribuição de fortalecer a participação da Igreja na formação do desenvolvimento humano integral, na construção de uma sociedade justa e solidária, promovendo o respeito aos Direitos Humanos, à luz do Evangelho, da Doutrina Social da Igreja e da opção pelos pobres. Abaixo, um breve currículo dos bispos eleitos.

Dom José Ionilton de Oliveira (na foto, o segundo da esquerda para direita)

Nasceu em 9 de março de 1962, na Fazenda Chã, em Araci – Bahia. Em 19 de abril de de 2017 foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo da Prelazia de Itacoatiara (AM). Ele pertence à Congregação dos Padres Vocacionistas – Sociedade das Divinas Vocações (SDV).

Em 19 de abril de 2017 foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo da Prelazia de Itacoatiara (AM). Ele pertence à Congregação dos Padres Vocacionistas – Sociedade das Divinas Vocações (SDV). É referencial da CNBB para a Comissão Pastoral da Terra (CPT), desde abril de 2021. Na congregação tem grande histórico de animador e educador vocacional, foi ecônomo e provincial, secretário e redator da revista Vocacional Espírito. Foi eleito, em 9 de junho de 2022, para integrar a presidência da Rede Eclesial Pan-Amazônica no Brasil (Repam-Brasil).

Dom Limacedo Antônio da Silva (na foto, o terceiro da esquerda para direita)

Dom Limacêdo nasceu no dia 20 de setembro de 1960, em Nazaré da Mata, zona da mata pernambucana. Estudou Filosofia no Instituto Filosófico Estrela Missionária, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e Teologia na Escola Teológica São Bento de Olinda, em Olinda. Foi ordenado presbítero no dia 12 de dezembro de 1986, em Limoeiro (PE) e exerceu seu ministério sacerdotal na diocese de Nazaré da Mata.

O bispo auxiliar da arquidiocese de Olinda e Recife possui mestrado em Dogmática na Universidade Pontifícia Gregoriana em Roma, na Itália (2001-2003), e doutorado em Dogmática pela Universidade Pontifícia Gregoriana em Roma (2004-2007). Sua tese de dissertação foi: “Inculturação e Missão da Igreja no Brasil: Teologia e práxis a partir das Diretrizes Gerais da CNBB”.

Dom José Reginaldo Andrietta (na foto, o quarto da esquerda para direita)

Dom Reginaldo é natural de Pirassununga (SP). Ordenado presbítero na paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, no dia 18 de março de 1983. Foi nomeado bispo para a diocese de Jales, pelo Papa Francisco, no dia 21 de outubro de 2015, com ordenação realizada no dia 27 de dezembro de 2015, em Americana (SP). Na CNBB, o bispo integra a Comissão Sociotransformadora desde 2019.

Possui licenciatura plena em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e bacharelado em Teologia pela mesma universidade.  Possui especialização em catequese pelo Instituto Internacional de Catequese e Pastoral Lumen Vitae, de Bruxelas, Bélgica (de 2001 a 2007), com diploma de estudos especializados em Catequese e Pastoral pela Universidade Católica de Lovaina (Francófona), Louvain-la-Neuve, Bélgica (2008). Possui também mestrado em Teologia Pastoral pela Universidade Católica de Lovaina (Flamenga), Leuven, Bélgica (de 2008 a 2009). Diploma Canônico de Mestrado e Estudos Avançados em Teologia e Estudos Religiosos (2009). O bispo publicou o livro “Os Jovens Trabalhadores Conquistando Trabalho e Justiça”, pela Edições Paulinas, São Paulo, em 1985.

Dom João Aparecido Bergamasco (na foto, o sexto da esquerda para direita)

Dom João nasceu na área rural do município de Umuarama (PR).  Graduou-se em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia Santa Maria (embrião da Faculdade Palotina de Santa Maria), em Santa Maria, Rio Grande do Sul, de 1987 a 1988, e em Teologia, de 1990 a 1993, na mesma instituição. Professou na Sociedade do Apostolado Católico em 25 de março de 1990 e foi ordenado presbítero em 26 de dezembro de 1993.

Em 19 de dezembro de 2018, o Papa Francisco escolheu padre João para ser o novo bispo da diocese de Corumbá (MS). Sua sagração episcopal se deu em 3 de março deste ano, na catedral do Divino Espírito Santo, em Umuarama, sua terra natal. No dia 26 de abril deste ano, durante a 60ª AG CNBB, os bispos do regional Oeste 1, elegeram, dom João Bergamasco, como vice-presidente do regional.

Dom Geremias  Steinmetz

Dom Geremias nasceu em 26 de fevereiro de 1965, em Sede Ouro, Sulina (PR).  No dia 9 de fevereiro de 1991, em sua terra natal, foi ordenado padre por dom Agostinho José Sartori. Foi ordenado bispo em 25 de março de 2011. Tomou posse na Diocese de Paranavaí (PR) em 9 de abril de 2011. Enquanto bispo de Paranavaí foi eleito vice-presidente do Regional Sul II da CNBB e bispo referencial da Cáritas Regional.

No dia 14 de junho de 2017 o Papa Francisco nomeou dom Geremias Steinmetz como arcebispo de Londrina, transferindo-o da Diocese de Paranavaí. Em 12 de agosto de 2017, dom Geremias tomou posse como quinto arcebispo de Londrina. À frente da arquidiocese de Londrina, foi eleito, em 2019, presidente do Regional Sul 2 da CNBB (Paraná), tomando posse em 10 de maio de 2019. No dia 14 de março, os bispos do Regional Sul 2 reconduziram dom Geremias para mais um mandato como presidente. Dom Geremias foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia da CNBB e bispo referencial regional da Cáritas, da Pastoral do Migrante e da Comissão Pastoral da Terra.

CNBB

Nesta quarta-feira, 21 de junho, às 20h, a Pascom do Paraná promove um encontro formativo on-line com dom Reginei José Modolo, bispo referencial da Pascom Regional Sul 2 da CNBB.

Todos os agentes de Pascom e comunicadores das paróquias da Arquidiocese de Londrina estão convidados a participar. O encontro será um grande momento de formação, mas também de interação, confraternização e de comunhão entre os comunicadores e principalmente com o bispo dom “Zico” que está a frente da Pascom do Paraná.

Participe desse momento de formação.

Pascom Arquidiocese de Londrina

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SERVIÇO:
Encontro Formativo da Pascom Regional Sul 2 da CNBB
Modo: On-line
Palestrante: Dom Reginei (Zico)
Data: 21/06 (quarta-feira)
Horário: 20h
Participação: Todos agentes e comunicadores das dioceses
Evento gratuito