Formação está inserida no contexto de preparação para o Jubileu ordinário de 2025: peregrinos da esperança

Os padres da Arquidiocese de Londrina participaram nesta semana, de 17 a 19 de setembro, do curso do clero, que tratou sobre o Concílio Vaticano II e suas atualizações, assessorado pelo padre Manoel José de Godoy, na Casa de Retiros Emaús. Padre Manoel Godoy é mestre em Teologia Pastoral e foi assessor da CNBB por dez anos.

O assessor abordou com os padres as quatro constituições do concílio: Lumen Gentium, Sacrosanctum Concilium, Dei Verbum e Gaudium et Spes. “Eu privilegiei as constituições, porque ao todo são 16 documentos do concílio. Então: como ser padre hoje à luz do Concílio Vaticano II e as suas atualizações nesses 60 anos”, destacou padre Manoel Godoy.

Segundo padre André Luis de Oliveira, membro da Pastoral Presbiteral e pároco da Paróquia Cristo Redentor, a temática é atual e necessária para a vida da Igreja, das comunidades e para o modo de exercer o ministério presbiteral. “O Vaticano II é de uma riqueza imensa, de uma abertura ao tempo, de uma abertura à proximidade à vida das pessoas, então tem sido um relembrar e um atualizar extremamente importante”, destacou.

Voltando aos grandes temas do concílio, explica o arcebispo dom Geremias Steinmetz, os padres conseguiram olhar com tranquilidade sobre a realidade da Arquidiocese de Londrina, “questionando-nos sobre algumas coisas que na pastoral às vezes não são tão claras. Está sendo um momento muito interessante.”

Além das grandes constituições do concílio, padre Manoel Godoy tratou também da caminhada e dos documentos publicados posteriormente ao concílio, que trouxeram questões presentes no Vaticano II, mas que ainda precisavam ser esclarecidas, explica dom Geremias.

“Por exemplo, a Constituição Lumen Gentium fala da questão da santidade, todos somos chamados à santidade, um texto fundamental, mas pequeno, curto, digamos assim. Foi exatamente por isso que o Papa Francisco escreveu Gaudete et exsultate, falando justamente sobre a santidade, voltando ao texto do concílio, mas esclarecendo muito melhor as coisas para os cristãos e cristãs de hoje, para que possam viver a santidade nos nossos tempos.”

A questão da Palavra de Deus é outro exemplo de assunto tratado no concílio, mas retomado em documentos posteriores, continua o arcebispo. “A Dei Verbum tratou sobre a Palavra de Deus, falou muito bem e com muita clareza, mas uma ou outra coisa na história foi surgindo que precisou de alguns documentos, por exemplo, um deles, não é nem do Papa, mas é da Comissão Bíblica Internacional, falando justamente sobre a interpretação da Sagrada Escritura na Igreja, e o Papa Bento XVI que escreveu então a grande Verbum Domine, que é uma retomada do concílio, daquilo que foi dito na Dei Verbum”, destacou dom Geremias.

Padre César Braga, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, ainda aponta outros aspectos tratados pelo assessor, como a necessidade de todos conhecerem verdadeiramente Jesus Cristo, a centralidade da Palavra de Deus e o amor pela Liturgia, além da importância da missionariedade, “A necessidade de tomar consciência de que vivemos na Igreja que foi Jesus quem deixou para nós, e assim também a disponibilidade da missão que nós não podemos viver só para dentro, mas também fazer novos discípulos e que as pessoas possam conhecer melhor quem é Jesus”, apontou padre César.

Padre Altair Manieri, pároco da Paróquia Santa Cruz, lembra também que, principalmente na época de seminário, os padres já estudaram os documentos do concílio, e o curso, retomando os documentos leva-os a ressignificar o Vaticano II aplicando-o à ação pastoral de hoje. “A metodologia do padre Godoy é muito interessante, porque ele retoma os documentos, trazendo as chaves de leitura e dando abertura para que a gente possa debater e discutir, porque a maioria de nós já conhece esses documentos, já estudou alguma vez, mas agora a gente precisa sempre estar revisitando, para readaptar, aplicá-los à realidade dos dias de hoje”, considera padre Altair.

Possibilidade de diálogo

A partir da temática abordada, os padres da arquidiocese puderam discutir questões atuais da Igreja Particular de Londrina por perspectivas e realidades diferentes. Segundo padre Manoel Godoy, as discussões geraram bons diálogos entre os padres. “A participação dos padres tem sido excelente. Mesmo os padres com mentalidades tão diferentes, porque nós somos muito diferentes. Eu tenho visto a participação de todos, dos mais conservadores aos mais abertos. Todos têm direito a falar e eu vou fazendo as minhas provocações.”

Padre André Luis de Oliveira, membro da Pastoral Presbiteral, destaca ainda que as perguntas, intervenções e colocações dos padres enriqueceram o encontro. “Como o nosso clero tem inúmeras linhas teológicas e pastorais, o professor Manuel Godoy tem conseguido chegar a um ponto comum, tem conseguido apresentar modos de viver o Concílio Vaticano II no nosso tempo. Todo nosso clero, tanto os padres que já têm mais tempo de caminhada, os padres que estão começando, os padres, por assim dizer, de meia idade, todos têm tido e dado contribuições importantes que têm enriquecido também o nosso encontro”, ressalta padre André.

A caminho do Jubileu 2025

Segundo o arcebispo dom Geremias Steinmetz, o curso foi pensado no contexto da preparação para o Jubileu de 2025, atendendo a um pedido do Papa Francisco de se retomar especialmente as grandes constituições durante o ano de 2023. “Estamos aproveitando esse ano de 2024 ainda para darmos conta desse pedido do Santo Padre, para se voltar especialmente às quatro grandes constituições do concílio, que são a constituição litúrgica, a constituição sobre a Igreja, a constituição sobre a relação Igreja e sociedade, e também a questão da Palavra de Deus.”

Juliana Mastelini Moyses
Arquidiocese de Londrina

Fotos: Juliana Mastelini Moyses

Com o tema “Antropologia Integral e a crise da cultura atual: reflexões, consequências e encaminhamentos pastorais”, 140 padres, vindos de diferentes dioceses do Paraná participaram do dia 26 a 30 de agosto, do Encontro Regional de Presbíteros do Paraná (CRP), na cidade de Arapongas (PR). De Londrina participaram padre Manuel Joaquim, padre Mauro Pedrinelli, padre Alan Araújo de Oliveira, padre André Luís de Oliveira, padre José Onero, padre Paulo Alencar, padre Luiz Laudino e padre Elizeu Bonfim.

A temática foi assessorada pelo padre Luís Henrique Eloy e Silva, do clero da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), reitor da PUC Minas. O encontro é organizado anualmente pela Comissão Regional dos Presbíteros (CRP) e aborda temas pertinentes à formação permanente do padre. O convite é aberto a todas as 18 arqui/dioceses do Regional e também às eparquias ucranianas, que podem enviar até 10 padres.  

Segundo padre Manuel Joaquim, coordenador do clero de Londrina, o assessor procurou fazer uma abordagem do ser humano em sua integralidade: dimensão física, espiritual e psíquica. “O homem é integralidade em si mesmo”, destacou o sacerdote.

Além dos padres participantes, alguns bispos se fizeram presentes no encontro. O bispo de União da Vitória (PR) e referencial para os presbíteros do Paraná, dom Walter Jorge Pinto participou de todo o encontro. O arcebispo de Londrina e presidente do Regional Sul 2 da CNBB, dom Geremias Steinmetz, e o bispo de Apucarana, dom Carlos José de Oliveira, participaram de alguns momentos do encontro, como a missa de abertura na noite de segunda-feira, 26 de agosto.  

Dom Geremias disse que o encontro, reunindo padres de todos os cantos do Paraná, é uma verdadeira bênção, uma sinfonia do ministério sacerdotal. “É um trabalho de formação do clero bastante intenso e interessante, que traz uma unidade maior ainda ao Regional Sul 2 que, há mais de 60 anos, faz a sua caminhada, buscando sempre estar na ponta de questões que no Brasil estão sendo trabalhadas, mas que nós também temos que reproduzir aqui e pensar essas questões a partir da nossa realidade”, disse dom Geremias.  

Um aspecto importante do encontro, segundo o assessor padre Luís , são os momentos de partilha de experiência dos padres. “Todos nós, por mais pobres que sejamos, temos sempre alguma coisa a oferecer aos outros. E é também nessa dimensão, daquilo que eu tenho como experiência, por mais pobre que seja, acredito que tenho algo a oferecer a eles, da nossa experiência, do nosso jeito de lidar com essas coisas e aprender também deles porque ao final de cada duas conferências, teremos oportunidade de ouvir os padres, ouvir suas perguntas, reflexões, questionamentos”, disse.  

Na noite de quarta-feira, 28 de agosto, os padres celebraram a missa na Paróquia Santíssima Trindade, em Arapongas, com a participação da comunidade local. Quem presidiu a missa foi o bispo anfitrião, dom Carlos José. A quinta-feira, 29 de agosto, foi um dia de retiro e foi assessorado pelo arcebispo emérito de Manaus (AM), dom Luís Soares Vieira. E na noite de quinta, os padres tiveram um momento de confraternização.

Com informações: CNBB Sul 2

Fotos: DA TV e divulgação

“Conheci um homem que me disse tudo sobre mim. Jesus fala toda a nossa verdade sem nos humilhar. Jesus encontra uma mulher sedenta de desejos como nos encontra todos! Ela tinha sede! Qual é a nossa necessidade! O que está me faltando? Sei nomear? Qual é a água que estamos buscando?” Assim foi o início do retiro pregado por dom Cícero Alves de França, bispo auxiliar de São Paulo, no dia 27 de abril, durante o 19º Encontro Nacional de Presbíteros.

O encontro, que ocorre de dois em dois anos, reúne mais de 400 padres do todo Brasil, neste ano foi de 24 a 30 de abril no Santuário Nacional de Aparecida. Um mosaico, como explica o padre Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos, coordenador do clero e da Pastoral Presbiteral da arquidiocese. Ele e o padre André Luís de Oliveira participaram do encontro, que neste ano tem como tema; “presbíteros testemunhas de esperança”, à luz do versículo paulino: “alegres na esperança, perseverantes na tribulação e constantes na oração” (Rm 12,12).

Segundo padre Manuel, foi um maravilho encontro no pleno sentido do termo. “Rico de conteúdo, com uma belíssima exposição da conjuntura eclesial brasileira, pelo dom Joel Portela, arcebispo de Petrópolis, em que os padres tomaram ciência da realidade que envolve também a Igreja, inserida num contexto de pós modernidade, em que a individualização tomou conta das relações”, comenta. Por outro lado, continua, “nestas águas que navegamos e devemos seguir em frente com determinação, sem saudosismos bobos de uma cristandade que não volta mais!”

O padre Humberto Carvalho, da Diocese de São Paulo, autor do texto-base “Presbíteros: testemunhas de esperança”, foi o assessor do encontro. Ele reforçou a ideia da humanidade do presbítero e sublinhou que “quanto mais humano, mais nele se reflete o divino”. O presbítero como pessoa humana que cuida dos outros, de si também deve cuidar! Para este tema padre Humberto usou o último livro “Presbíteros: testemunhas do Mistério Pascal”, escrito em parceria com o padre Manuel Joaquim, da nossa arquidiocese.

A pastoral presbiteral deve agora reproduzir nas suas dioceses a formação em torno das várias dimensões do padre, prevenindo males e ajudando-os a enfrentar as dificuldades inerentes ao momento atual.

Pastoral Presbiteral

Fotos: Divulgação

No dia 18 de fevereiro, o padre Heriberto Mossato assumiu como novo pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora no Decanato Centro. Devido a compromissos em sua agenda, o arcebispo dom Geremias Steinmetz apresentou o novo pároco no início da Santa Missa, e o padre Heriberto presidiu a celebração eucarística. A comunidade paroquial se fez presente e acolheu o novo pároco com alegria.

Fotos: Sergio Pires

O arcebispo dom Geremias Steinmetz anunciou, nesta tarde de segunda-feira, 4 de dezembro, as transferências de padres para o ano de 2024 nas paróquias da Arquidiocese de Londrina. As posses dos padres transferidos serão oficializadas nos primeiros meses do ano que vem.

Confira a lista completa:

  1. Catedral do Sagrado Coração de Jesus (Decanato Centro) – Pe. Joel Ribeiro Medeiros (pároco) e Pe. Layrton dos Santos (vigário);
  2. Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Decanato Leste) – Pe. Glauber Gualberto (pároco) e Pe. Nirceu Keri (vigário);
  3. Paróquia São Vicente de Paulo (Decanato Centro) – Pe. Isaac Aguiar Luz (pároco);
  4. Paróquia São José (Rolândia) – Pe. Romão Antonio Martini Martins;
  5. Paróquia Jesus Cristo Libertador (Decanato Norte) – Pe. José Rafael Solano Durán;
  6. Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Porecatu) – Pe. Edivan Pedro dos Santos;
  7. Paróquia Nossa Senhora da Paz (Decanato Leste) – Pe. Ildo Borges Valadão;
  8. Capela Mãe da Divina Providência (Decanato Centro) – Pe. Vandemir Alberto Araujo;
  9. Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (Decanato Centro) – Pe. Heriberto Mossato;
  10. Paróquia Nossa Senhora do Rocio (Decanato Leste) – Pe. Alessandro Bobinton;
  11. Paróquia Santa Rita de Cássia (Decanato Leste) – Padre Humberto Lisboa Nonata Gema (pároco) e Pe. Lourival Zati (vigário);
  12. Paróquia Nossa Senhora do Amparo (Decanato Leste) – Pe. Renato Aparecido Ferraz Pelisson;
  13. Paróquia Santa Margarida de Cortona (Bela Vista do Paraíso) – Pe. Juniar Aparecido Padilha;
  14. Economia da arquidiocese – Pe. Marcelo Aparecido Cruz
  15. Ano sabático – Luiz Carlos Senigáilia.

Os padres com até cinco anos de ministério reuniram-se mais uma vez em formação permanente com a Pastoral Presbiteral da Arquidiocese de Londrina. O encontro foi no dia 28 de setembro, no Seminário Paulo VI, com o objetivo de fazer com que a formação permanente se torne uma realidade, como definem os documentos da Igreja, explicou padre Manuel Joaquim dos Santos, coordenador da Pastoral Presbiteral. Ele afirma que até ao momento está contente com a resposta positiva do grupo, não só na assiduidade, mas na participação.

No dia 28 o assunto foi a dimensão humana do presbítero como condição fundamental para o exercício pleno do ministério. Padre Manuel trouxe algumas reflexões do Papa Bento XVI sobre a encarnação, o “fazer-se carne”, que na verdade indica a concretude da própria salvação. A presença da divindade na nossa humanidade legitima, de forma decisiva, que tudo que é verdadeiramente humano assume a realização dos planos de Deus. Diz o padre Manuel que o presbítero, quanto mais humano, mais padre autenticamente será. E continua: “faz-se necessário que ele seja capaz de conhecer a alma humana e tornar-se obreiro de relações sadias, ajudando a facilitar o encontro, o diálogo e a exprimir juízos serenos e objetivos”. Conclui padre Manuel dizendo que o padre “é tanto mais humano quanto mais for capaz de relacionar-se com o seu próximo”.

Os jovens padres abriram o seu coração. “Eles têm muito a nos dizer”, afirma o coordenador do clero. “São fruto de um processo de formação anacrónico, com deficiências tremendas, que já não responde aos desafios do mundo e da Igreja”. E continua o padre Manuel: “os jovens padres têm consciência das armadilhas que se colocam na vida dos padres recém ordenados, sentem nas costas um peso que advém, em última análise, de uma visão estereotipada e ultrapassada da figura do ministro ordenado.”

Padre Manuel conclui dizendo que hoje existe uma ampla reflexão na Igreja sobre o modelo de formação envolvendo os atuais seminários e que se faz urgente pensar, à luz do processo sinodal, que modelo de padre esta Igreja precisa e como formá-lo para tal missão. “Não podemos mais dar respostas a perguntas que não foram feitas, nem formar padres para a Igreja de ontem”, conclui.

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim , nunca morrerá!” (Jo 11, 25-26)

Com fé no Cristo ressuscitado, comunicamos que voltou para a casa do Pai Dom Geraldo Majella Cardeal Agnelo, arcebispo emérito de São Salvador da Bahia, aos 89 anos, nesta manhã, 26 de agosto de 2023, em Londrina, onde residia desde 2014. A saúde de Dom Geraldo se agravou em dezembro do ano passado, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Encontrava-se em internamento domiciliar e teve uma piora nos últimos dias, vindo a falecer nesta madrugada.

Deus o acolha em suas moradas eternas e faça brilhar para ele a luz eterna.


O funeral do Cardeal Geraldo Majella Agnelo terá início neste domingo (27/8/20230) às 8h da manhã, com o cortejo saindo da Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina) em direção à Catedral Metropolitana de Londrina.
Por volta das 9h, o arcebispo dom Geremias Steinmetz presidirá a Celebração da Palavra e às 10h teremos a primeira missa.
A seguir, missas a cada duas horas até às 10h da segunda-feira (28/8/2023), quando será celebrada a última missa, seguida do sepultamento na Cripta da Catedral.

27/8/2023 (domingo)
8h – Cortejo saindo da Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina) em direção à Catedral Metropolitana de Londrina
9h (horário aproximado) – Celebração da Palavra, com o arcebispo Dom Geremias Steinmetz
10h – Primeira Missa
12h – Missa
14h – Missa
16h – Missa
18h –Missa
20h – Missa
22h – Missa

28/8/2023 (segunda-feira)
00h – Missa
02h – Missa
04h –Missa
06h – Missa
08h – Missa
10h – Última Missa de exéquias seguida do sepultamento na Cripta da Catedral

Cardeal Geraldo Majella Agnelo

Filho de Antônio Agnelo e Sylvia Agnelo, Dom Geraldo Majella Agnelo nasceu no dia 19 de outubro de 1933, em Juiz de Fora (MG).

Cursou o primário (atualmente Educação Infantil) no Instituto Santos Anjos das Irmãs Carmelitas da Divina Providência, em sua cidade natal. Aos 12 anos ingressou no Seminário Menor Diocesano Santo Antônio, também em Juiz de Fora, onde ficou até completar 14 anos.

Entre os anos de 1948 e 1950 continuou os estudos em Pirapora do Bom Jesus, no Seminário Menor Arquidiocesano de São Paulo, dirigido pelos Cônegos Premonstratenses.

Ingressou no Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo, no ano de 1951, onde cursou Filosofia até 1953. Em seguida, cursou a licenciatura em Filosofia na Faculdade de Filosofia da Universidade de Mogi das Cruzes (SP). A licenciatura em Teologia foi cursada na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, também em São Paulo, de 1954 a 1957.

A ordenação sacerdotal aconteceu no dia 29 de junho de 1957, na Catedral de São Paulo, por Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, Arcebispo Auxiliar de São Paulo.

Como presbítero recebeu os cargos de Diretor Espiritual e professor no Seminário Vestibular Santo Cura d’Ars, para vocações adultas, na Freguesia do Ó, São Paulo (1958-1959); Assistente Eclesiástico da Juventude Estudantil Católica Feminina (1959-1960); Notário do Tribunal Eclesiástico de São Paulo; colaborador na Paróquia de Santo Antônio da Barra Funda em São Paulo (1958-1978); Diretor Espiritual do Seminário Filosófico da Arquidiocese de São Paulo em Aparecida (SP) (1960-1963); Diretor Espiritual e professor no curso teológico do Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo (1964 a 1967).

Nos anos de 1967 a 1969, Dom Geraldo Majella fez uma especialização em Liturgia, no Instituto Litúrgico do Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma. Ainda em 1969 ingressou no Doutorado em Teologia com especialização em Liturgia, com a tese “Servitus no Sacramentário Veronense. Significado e Doutrina. Contribuição ao Conhecimento do Sentido Teológico do Serviço Litúrgico”.

Dom Geraldo foi, ainda, professor na Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1964-1967); nomeado Cônego do Cabido Metropolitano de São Paulo por S. E. o Sr. Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta (1964-1978). Neste mesmo período foi cerimoniário da Catedral Metropolitana (SP).

Durante sua permanência em Roma junto ao Pontifício Colégio Pio Brasileiro, semanalmente pela Rádio Vaticana, participou do programa para o Brasil intitulado “Liturgia e Vida” (1967-1969). Em Roma colaborou na Paróquia de São Clemente Papa de Montesacro (1967-1969); coordenou a Pastoral da Arquidiocese de São Paulo (1970 – 1974); foi professor de Teologia Sacramentária e Liturgia no Instituto Teológico Pio XI – Salesiano, (1970-1975) e no Seminário Maior João XXIII – Scalabriniano (1970-1974).

De 1970 a 1974 Dom Geraldo foi professor de Teologia Sacramentaria e Liturgia na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção em São Paulo e diretor da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção de São Paulo nos anos 1974 a 1978. No ano de 1973 foi nomeado membro da Comissão Arquidiocesana de Liturgia (SP).

Foi nomeado pelo Santo Padre, o Papa Paulo VI , Bispo Diocesano de Toledo (PR). Recebeu a Ordenação Episcopal de S.E. o Sr. Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, na Catedral de São Paulo, no dia 6 de agosto de 1978.

Foi diretor e professor da Faculdade de Ciências Humanas Arnaldo Busato de Toledo e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – Regional Sul II, no ano de 1980.

No dia 27 de outubro de 1982 foi nomeado pelo Papa João Paulo II como Arcebispo Metropolitano de Londrina (PR), tomando posse em 28 de outubro de 1983. Neste mesmo assumiu a presidência da Comissão Litúrgica da CNBB, até o ano de 1987.

Dom Geraldo também foi o membro do Departamento de Liturgia do Conselho Episcopal Latino-americano – CELAM (1983-1987). Em 1983, iniciou a Pastoral da Criança em Florestópolis (PR) que se difundiu em todas as dioceses do Brasil e em alguns países Latino-Americanos, e África.

Foi eleito Presidente do Departamento de Liturgia do CELAM em abril 1991 e nomeado pelo Papa João Paulo II como secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em 16 de setembro de 1991.

Nomeado pelo Papa João Paulo II como membro da Pontifícia Comissão para a América Latina em 03 de junho de 1994; presidente da Comissão de Liturgia do Grande Jubileu do ano 2000 e membro do mesmo Comitê em 17 de março de 1995. Foi ainda membro do Pontifício Comitê dos Congressos Eucarísticos Internacionais.

No dia 13 de janeiro de 1999 foi nomeado pelo Papa João Paulo II como Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia. A posse ocorreu no dia 11 de março do mesmo ano.

Dom Geraldo recebeu, ainda, as nomeações de: vice-presidente do Conselho Latino-Americano – CELAM (1999); membro do Pontifício Conselho de Migrantes e Itinerantes em (2000). Em 21 de fevereiro de 2001 recebeu o barrete cardinalício, tornando-se Cardeal, na via Magliana Nova – Roma.

No dia 19 de maio de 2001 foi nomeado membro da Pontifícia Comissão dos Bens Culturais da Igreja; e eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 9 de maio de 2003.

No ano de 2011 Dom Geraldo teve o pedido de renúncia aceito pelo Papa Bento XVI, tornando-se Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Salvador. Em 2014, por um desejo seu, passou a residir em Londrina.

Presbíteros da Arquidiocese de Londrina (Foto: Tiago Queiroz)

Nesta terça-feira, primeiro de agosto, mês das vocações, os presbíteros da Arquidiocese de Londrina comemoraram o Dia do Padre, ação promovida pela Pastoral Presbiteral.

Reunidos na parte da manhã, foram formados três grupos distintos por tempo de presbiterato, os padres acima dos 25 anos de sacerdócio se reuniram no Santuário Nossa Senhora Aparecida no Decanato Leste, a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora do Decanato Centro acolheu os padres de 10 a 25 anos de sacerdócio e a Paróquia Nossa Senhora das Graças também do Decanato Centro recebeu os mais novos no tempo de sacerdócio, de 1 a 10 anos. O arcebispo dom Geremias Steinmetz percorreu os três grupos levando uma palavra de amor e esperança aos presbíteros.

Padre Manuel Joaquim dos Santos, coordenador da Pastoral Presbiteral comenta que o grupo de 1 até 10 anos de ordenação refletiu sobre a eclesiologia de Francisco e as expectativas da vida sacerdotal. O grupo de 10 a 25 anos de sacerdócio conversou sobre o presbitério como elemento essencial na vida do presbítero. E o grupo dos mais velhos no ministério, refletiu sobre as expectativas para a velhice e estratégias para esse momento da vida.

Após o momento de reflexão, os presbíteros se dirigiram à Catedral Metropolitana de Londrina onde foi realizada a Santa Missa presidida pelo arcebispo. Em sua homilia dom Geremias destacou que o padre, preserva, suscita e sustenta a vida divina dos fiéis que lhes são confiados com a graça de Deus. Após a celebração eucarística os padres se confraternizaram com um almoço na Casa de Retiros Emaús.

“Ainda nem todos os colegas percebam a vantagem de caminhar juntos e de que o presbitério é um elemento teológico e eclesiológico imprescindível para o exercício do ministério. Porém os que vieram gostaram e aproveitaram bastante” finaliza padre Manuel Joaquim.

Tiago Queiroz
PASCOM Arquidiocesana

Retiro dos Presbíteros 2023, Casa de Retiros Emaús, Londrina (PR) – Foto: Tiago Queiroz

Do dia 26 a 29 de junho, os presbíteros da Arquidiocese de Londrina participaram de seu retiro anual. O momento de espiritualidade foi conduzido por dom Walter Jorge, bispo de União da Vitória e referencial para os presbíteros do Paraná, na Casa de Retiros Emaús. Participaram cerca de 50 padres.

Segundo o padre Manuel Joaquim, coordenador do clero e da Pastoral Presbiteral, foi um belo momento de encontro e comunhão e descanso. “Os padres fazem retiro não porque as normas assim o dizem, mas porque sentem necessidade. E se a não sentem, devem se observar pois a sua saúde espiritual e mental pode estar comprometida”, destaca. Segundo ele, os padres vão ao retiro não para ouvir coisas novas, “mas para ouvir coisas antigas de forma nova”.

Dom Walter apresentou as figuras de Abraão e Moisés (que apontam para Cristo o Bom Pastor) como emblemáticas para o ministério presbiteral, possibilitando uma reflexão e aprofundamento sobre a vida e a missão do padre. O bispo lembrou da necessidade do presbítero configurar a sua vida à de Cristo Pastor, orante e sensível ao povo que sofre. Reforçou que o padre é um homem de comunidade e aí reside a espiritualidade do padre diocesano: na comunhão com o presbitério e o seu bispo.

“Jesus é sempre a eterna surpresa de Deus! – destaca padre Manuel – Um retiro é tempo de corrigir nossas visões acerca do próprio Deus! Segundo o pregador, vivemos um grande tempo de discernimento. Jesus nos chama para ‘descansar’, para nos situarmos de novo! Onde nós estamos! Onde nos encontramos.”

O retiro procurou levar os padres a um olhar para si mesmo. “A mais bela notícia que existe é que somos amados por Deus. Mas precisamos fazer a experiência desse amor! O amor de Deus é a explicação da nossa vocação. O que acontece com a pessoa não amada? É agressiva. Depressiva. Defensiva e possessiva!”

Por isso é preciso acreditar-se amado, deixar-se amar, continua. “Cada vez mais bispo e padres tenham a certeza de que o presbitério é o grande tesouro. Somos chamados a ser irmãos no Senhor”, finaliza o padre.

Pascom arquidiocesana

Fotos: Tiago Queiroz