
O arcebispo dom Geremias Steinmetz presidiu nessa quarta-feira, 22 de abril, Santa Missa em sufrágio do Papa Francisco, ao meio dia na Catedral de Londrina. Fiéis de diversas partes da arquidiocese participaram da celebração rezando pelo descanso eterno de Francisco e pelo futuro da Igreja. A Santa Missa foi concelebrada pelos padres Joel Medeiros, Jefferson Bassetto, Luiz Laudino e Renato Pelisson.
“Estamos aqui para nos lembrarmos e rezarmos esta Missa em sufrágio do nosso Papa Francisco, que partiu, que morreu, que está nas mãos do Pai”, exortou dom Geremias, convidando os fiéis a serem gratos a Deus por tudo aquilo que ele fez à frente da Igreja.
O arcebispo pediu que os fiéis continuem rezando por ele, assim como tantas vezes o Papa pediu, desde o dia que iniciou seu pontificado. “No dia em que foi eleito Papa, lembro-me quando, inclinando-se diante daquela multidão reunida na praça São Pedro, ele dizia simplesmente: ‘os cardeais foram me buscar lá no fim do mundo, e agora – pedia – rezem por mim’. E o gesto que fez: abaixou-se para que a multidão da praça São Pedro rezasse por ele”, recordou dom Geremias.
“Tenho certeza que toda a Igreja rezou por ele nesses 12 anos de ministério petrino, foi o que ele sempre pediu que a gente fizesse, e também agora, neste momento em que está sendo velado lá em Roma, mas sendo velado pelo mundo, pelas orações do mundo inteiro, nós também somos convidados a assim fazer.”
Dom Geremias descreveu o período que a Igreja vive como de graça e tristeza, de morte e ressurreição, mas também um momento para professar a fé, olhando para o exemplo do Papa, que desde muito novo até o fim da vida, quis entregar a vida para que a evangelização acontecesse. “Primeiro como um simples menino de catequese, filho de uma família de católicos, depois como jovem seminarista, estudante, como diácono, como padre jovem, como bispo e nos últimos anos como o nosso Papa Francisco, sucessor do apóstolo Pedro.”
Assim como Francisco, destaca dom Geremias, “quantos homens e mulheres, quantos pais e mães, quantos padres, quantos diáconos neste mundo que da mesma forma entregam a sua vida desde o seu nascimento até o fim da vida!”
A Igreja, agora, está nas mãos do seu Senhor, destacou dom Geremias recordando a fala do Papa Bento XVI na ocasião de sua renúncia. “Os cardeais, que a partir de ontem já estão se reunindo, que até já tiveram reuniões, possam rezar, possam se organizar o suficiente, possam ter espiritualidade, visão de Igreja, eclesiologia, possam ter na sua frente o Concílio Vaticano II, possam ter na sua frente a sinodalidade que o Papa Francisco tanto pregou, tanto quis, tanto trabalhou, possam ter diante de si a misericórdia de Deus, possam ter diante de si os migrantes, as guerras, a paz, o mundo que precisa da Igreja. O mundo que precisa do evangelho e assim elegerem o sucessor de Francisco.”
E convocando os fiéis a rezarem pela Igreja, testemunhou: “rezo todos os dias e nestes dias a todo instante para que de fato tenhamos o sucessor de Pedro que precisamos para este momento especialíssimo da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
“Quem conduz a eleição de um novo Papa é o Espírito Santo, que conduz homens do mundo inteiro, aliás o Papa Francisco alargou muito o alcance dos cardeais, tornando a Igreja ainda mais universal, para que de fato todos os problemas do mundo, da Igreja do mundo, possam ser contempladas por cada um dos nossos cardeais que lá vão depositar o seu voto diante de Deus para eleger aquele que representará o Cristo aqui na terra pela força do seu ministério”, falou.
“Portanto, é um momento de tristeza sim, porque um ciclo da Igreja está se encerrando, mas é também um momento de esperança, porque sabemos que não são espíritos humanos que conduzem a Igreja, mas é o Espírito Santo de Deus”, concluiu dom Geremias.
Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana
Fotos: Marta Duarte Costa





