Na quarta-feira, 3 de abril, padres e lideranças leigas de algumas dioceses do Paraná reuniram-se com o presidente do Regional Sul 2 da CNBB, dom Geremias Steinmetz, e o secretário executivo, padre Valdecir Badzinski, de forma remota, para pensar ações, em nível regional, em vista da preparação para o Jubileu 2025: “Peregrinos da Esperança”. Essa equipe participou do encontro nacional em preparação para o Jubileu 2025, que aconteceu em Brasília, nos dias 29 e 30 de janeiro.
A reunião iniciou com a Oração do Jubileu 2025, a qual todos acompanharam pelo aplicativo lançado pelo Vaticano: “iubilaeum25”. Em seguida, padre Valdecir fez uma breve apresentação dos participantes e reforçou que o objetivo da reunião é pensar ações concretas para serem realizadas em nível regional e diocesano, em vista da preparação para o Jubileu 2025.
Padre Valdecir leu as 17 proposições que foram elencadas no encontro nacional, a fim de animar o Jubileu na Igreja do Brasil. Ele afirmou que as ações programadas devem contemplar essas proposições.
Uma das iniciativas que já está acontecendo desde novembro, em âmbito regional e nacional, destacada pelo secretário são as videoaulas sobre a coleção “Cadernos do Concílio”. Já foram publicadas as videoaulas de oito, dos 34 volumes da coleção.
Os vídeos estão disponíveis no canal do Youtube do Regional Sul 2 da CNBB, e podem ser acessadas pela playlist abaixo:
Com a palavra aberta, os participantes falaram sobre como suas dioceses estão se organizando para animar o Jubileu. As peregrinações, em nível diocesano, nacional e para Roma, estão estre as atividades programadas. O padre Joel Nalepa, da diocese de Ponta Grossa, disse que, em 2025, o tema do Jubileu vai animar todas as peregrinações que já acontecem ordinariamente.
Padre Genivaldo Ubinge, da arquidiocese de Maringá, afirmou que as peregrinações locais podem favorecer uma maior participação e envolvimento de todo o povo na celebração do Jubileu. Além disso, ele contou que, para este ano, estão previstas catequeses com o arcebispo sobre o tema da oração.
A partir dessa primeira reunião, que contou com a representação de seis dioceses, o Regional vai convidar as demais dioceses a escolherem um representante para compor uma equipe regional de animação do Jubileu 2025. Cada membro dessa equipe terá a missão de promover o Jubileu em sua diocese.
Segundo dom Geremias, os próximos serão ouvir e dialogar com os bispos do Paraná e os padres coordenadores diocesanos da ação evangelizadora. Além disso, ele propôs ao grupo uma nova reunião com representantes de todas as dioceses, a partir da publicação da Bula Pontifícia, prevista para o dia 9 de maio. Ao final, dom Geremias agradeceu e concedeu a bênção aos participantes.
Jubileu 2025: Peregrinos da Esperança
O Jubileu 2025 marca os primeiros 25 anos do século XXI. Em fevereiro de 2022, o Papa Francisco escreveu uma carta ao Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Rino Fisichella, confiando-lhe a responsabilidade de preparar o Jubileu, a fim de que seja celebrado “com fé intensa, esperança viva e caridade operosa”.
É uma tradição na Igreja, de tempos em tempos, celebrar um Ano Santo. O primeiro Jubileu foi proclamado pelo Papa Bonifácio VIII, em 1300. A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; depois mudou para cada 50 anos e, em 1470, com o Papa Paulo II, passou a ser a cada 25 anos. Além disso, há jubileus “extraordinários”, como o que o Papa Francisco proclamou em 2015: “O Ano da Misericórdia”.
A forma de celebrar esses jubileus também foi se modificando com o tempo. Na sua origem, fazia-se uma peregrinação às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo, mais tarde foram sendo acrescentados outros sinais, como a Porta Santa. Ao participar no Ano Santo, vive-se a indulgência plenária.
Nos dois anos que antecedem o Jubileu, o Papa Francisco pediu a todos os crentes que retomassem os textos fundamentais do Concílio Ecumênico Vaticano II, como uma oportunidade de crescimento na fé; e que se dedicassem à oração. Dessa forma, 2023 deveria ser o “Ano do Concílio” e 2024 o “Ano da Oração”.
Proposições para celebrar o Jubileu na Igreja do Brasil
1ª. Incentivar e ajudar as pessoas a viverem o tempo de graça e misericórdia que o Jubileu oferece;
2ª. Ser presença de esperança que anima e fortalece, de modo especial junto às lideranças abatidas, cansadas, sobrecarregadas e feridas, especialmente por meio da escuta;
3ª. Anunciar a beleza da família, da vida e do voluntariado;
4ª. Anunciar a consolação diante dos sofrimentos das pessoas, por meio do diálogo ecumênico e por meio da defesa da ecologia integral;
5ª. Fomentar o sentido de pertença na Igreja;
6ª. Realizar peregrinações regionais e diocesanas, aproveitando as experiências já existentes, especialmente as peregrinações aos Santuários;
7ª. Motivar as peregrinações a Roma nos diversos jubileus propostos;
8ª. Valorizar a festa e o lúdico, saber partilhar as alegrias do que temos, resgatar o sentido genuíno do encontro;
9ª. Favorecer a dimensão cultural, das artes;
10ª. Atenção à comunicação das mídias católicas;
11ª. Eleger um símbolo e uma forma de marcar a abertura do jubileu, no dia 24 de dezembro;
12ª. Favorecer grupos de reflexão de base sobre o Jubileu, especialmente por meio da Leitura Orante da Bíblia;
13ª. Pautar o tema do Jubileu nas festas dos padroeiros e nas expressões de devoção popular;
14ª. Coleta Nacional para a vivência do Jubileu, para ajudar algumas realidades mais pobres;
15ª. Trabalhar o aspecto catequético do Jubileu, garantindo que seja um Jubileu querigmático, missionário, mistagógico e comunitário;
16ª. Ajudar as pessoas a saírem dos endividamentos, promover formação e educação financeira e, na perspectiva bíblica, ajudar a perdoar os devedores;
17ª. Publicar o Hino do Jubileu numa versão oficial.
Karina de Carvalho
Assessora de Comunicação da CNBB Sul 2
Fotos: Divulgação