Depois de dias de reuniões, encontros, palestras, orações e entrevistas, representantes da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) retornam ao Brasil. A viagem de volta ocorreu na tarde da quinta-feira (noite na Europa), quando irmã Maria Irene Lopes, assessora da Comissão Episcopal para a Amazônia e secretária executiva da REPAM-Brasil, e dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), embarcaram em Roma para São Paulo.
A última atividade dos brasileiros foi um encontro com 70 religiosas, Filhas da Caridade, na comunidade da Capela Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em Paris, na tarde da última quarta-feira. O local, que é um dos grandes centros de peregrinações da França, costuma receber muitos brasileiros e as religiosas tiveram interesse em saber mais sobre o Sínodo Para a Amazônia.
De acordo com a irmã Maria Irene Lopes, o encontro foi uma oportunidade de partilhar as experiências vividas no processo Sinodal e sobre a Amazônia brasileira. “Elas se colocaram à disposição para orações em sintonia com o Sínodo e disseram que farão momentos específicos durante o Sínodo na Capela da Medalha Milagrosa”, acrescentou irmã Irene sobre o diálogo com as religiosas da Caridade.
Ainda em Paris, na quarta-feira,22, dom Roque e irmã Maria Irene estiveram na Conferência Episcopal da França para também partilhar sobre o Sínodo para a Amazônia e a realidade dos povos indígenas e comunidades tradicionais daquela região. Desde a semana passada, os religiosos brasileiros, acompanhados do padre Raimundo Vanthuy Neto, da diocese de Roraima e que atualmente reside em Lyon – França, visitaram diversas instituições francesas, participaram de reuniões estratégicas, conversaram com jornalistas e religiosos e rezaram com peregrinos.
Conselho Pré-Sinodal
A viagem começou, em Roma, com a reunião do Conselho Pré-Sinodal. Entre os dias 14 e 15 desse mês, membros do Conselho, consultores da Secretaria Geral, especialistas e convidados realizaram reunião para leitura, avaliação e aprovação do Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia.
O Documento aprovado na reunião, que servirá de base para as discussões da assembleia que será realizada em outubro, no Vaticano, foi dividido em três partes que abordam os seguintes temas: Voz da Amazônia, entendida como a escuta dos territórios; Ecologia Integral; e Igreja com rosto Amazônico.
A propostas é que o documento fique pronto ainda no mês de junho e seja encaminhado às Conferências Episcopais interessadas e demais organismos das Igreja que terão representantes no Sínodo. O Documento também será disponibilizado e divulgado para toda a Igreja de forma envolver o maior número de pessoas no processo e discussão desse Sínodo que é para a Amazônia e para toda a Igreja Universal.