O arcebispo dom Geremias Steinmetz emitiu nesta segunda-feira, 23 de julho, um Manifesto Público de repúdio ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as razões apresentadas na ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 442, proposta pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), e a sua tentativa de descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação. A ministra Rosa Weber, relatora do caso no STF, convocou audiência pública para discutir o caso no dia 6 de agosto.
A Igreja Particular de Londrina se une aos bispos, reforçando os argumentos já apresentados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 11 de abril de 2017, e repudia as atitudes e posturas antidemocráticas que, passando por cima do Congresso Nacional, exigem do STF uma função que não lhe corresponde.
A arquidiocese se mostra ciente e compreende de coração aberto que a agressão contra a mulher é cada vez maior em nossa sociedade, mas destaca que não se pode responder a um gesto de violência com outra violência. “Devemos trabalhar incansavelmente para alcançar a Paz e transformar a cultura da morte em cultura da vida”.
No manifesto, a arquidiocese é contundente ao afirmar que o aborto provocado é uma maldade moral e que o direito à vida é inalienável, sendo que os direitos da pessoa humana devem ser reconhecidos pela sociedade e autoridade política desde o primeiro momento de sua existência. Reforça também que quando uma lei priva uma categoria de seres humanos da proteção que deveria lhes garantir, o estado nega a igualdade de todos perante a lei. O manifesta também reforça a dignidade e a sacralidade da vida humana, em todas as suas instâncias, independente de credo, condições sociais, políticas ou culturais. “A vida é o mais fundamental de todos os direitos e por isso mesmo deve ser protegido, tutelado e defendido”. Diante disso, a arquidiocese apoia todas as iniciativas da sociedade, igrejas e grupos que são contra o aborto e defendem “eficazmente a vida da mulher, do casal, da criança, do idoso, dos adolescentes vulneráveis, dos jovens e das minorias”.
Leia a nota na íntegra:
“MANIFESTO PÚBLICO DE REPÚDIO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,
CONTRA AS RAZÕES DA ADPF 442 E CONTRA O SEU INTENTO DE DESCRIMINALIZAR O
ABORTO ATÉ A DÉCIMA SEGUNDA SEMANA DE GESTAÇÃO,
MEDIANTE VIA JUDICIAL”
A Igreja particular que está em Londrina — PR, por meio do seu arcebispo, Dom Geremias Steinmetz, vem manifestar publicamente o seu repúdio as razões expostas pela ADPF 442. Unidos a todos os bispos do Brasil reiterando os argumentos que foram apresentados pela CNBB em 11 de abril de 2017.
A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 442), está com pedido de medida cautelar, proposta pelo Partido Socialismo e Liberdade — PSOL, tendo por objeto os artigos 124 e 126 do Código Penal (Decreto-Lei no 2.848, de 07 de dezembro de 1940), sobre a descriminalização do Aborto.
Sendo assim, defendemos e proclamamos:
1 – A integralidade da vida humana. Sua inviolabilidade desde a concepção até o dia da morte natural;
2 – Reconhecemos a Dignidade da vida de todas as pessoas. Só assim poderemos superar quaisquer tipo de violência. A ninguém pode ser dado o direito de eliminar a vida de outra pessoa;
3 – Repudiamos atitudes e posturas antidemocráticas que, passando por cima do Congresso Nacional, exigem do STF uma função que não lhe corresponde;
4 – Fortalecemos mais uma vez a sacralidade da vida humana, independentemente ao credo, as condições sociais, políticas ou culturais. A vida é o mais fundamental de todos os direitos e por isso mesmo deve ser protegido, tutelado e defendido;
5 – Apoiamos todas as iniciativas da sociedade, das igrejas e dos grupos que defendem a vida das pessoas, que são contra o aborto e que eficazmente defendem a vida da mulher, do casal, da criança, do idoso, dos adolescentes vulneráveis, dos jovens e das minorias.
Diante disso, afirmamos de forma contundente:
1 – O aborto provocado é uma maldade moral. O direito a vida é inalienável. Os direitos inalienáveis da pessoa devem ser reconhecidos e respeitados pela sociedade civil e pela autoridade política;
2 – No momento em que uma lei civil priva uma categoria de seres humanos da proteção que a legislação civil lhes deve dar, o estado nega a igualdade de todos perante a lei;
3 – A vida humana deve ser protegida e respeitada de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa (Cfr. Donum vitae; 1).
Somos cientes das dificuldades que muitas pessoas possuem, sabemos da dor pela que uma mulher pode passar ao ser violentada na sua dignidade, compreendemos de coração aberto que na nossa sociedade a agressão contra a mulher é cada vez maior, mas não podemos responder a um gesto de violência com outro. Devemos trabalhar incansavelmente para alcançar a Paz e transformar a cultura da morte em cultura da vida.
Assim como diz o profeta: “Antes mesmo de te formares no ventre materno, eu te conheci, te consagrei” (Jr 1,5).
Confiamos a São José de Nazaré e a Virgem Maria todas as Famílias Brasileiras, todas as gestantes e todos os nascituros para que possam ser acolhidos na ternura e aconchego do lar.
Londrina, 23 de julho de 2018.
Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano de Londrina – PR
Louvado seja Deus pela manifestação da Igreja de Londrina na pessoa de D. Geremias, contra a cultura de morte e sacrifício de inocentes.
Não podemos ficar calados e permitir que a nossa Nação aprove tal lei que contraria a verdade pregada por Jesus Cristo no Evangelho.
É mais que direito , é o dever de todo cristão levantar esta bandeira à favor da vida.
Tenho um neto que recebeu o nome Lucas com 12 semanas de gravidez, através de um ultrassom soubemos que era um menino e ficou registrado com o nome escolhido.
Não matarás. Eu concordo com este manifesto.
Absurdo uma mãe matar um filho!
Tdos os cristãos repudiam tal prática!
Que Jesus tenha misericórdia desses bebês e dessas mães!
Parabéns!!! Todos que abraçaram a causa, em defesa dos inocentes.
Parabéns Igreja Católica Apostólica Romana que fala, que testemunha, que pratica, que orienta, que denuncia…
Boa noite, sou filha adotiva e, a única coisa que sei a respeito de minha mãe biológica foi que ela não quis me ver, pedindo que a parteira doasse. Só por este gesto serei eternamente grata por ela ter me dado a vida. Hoje tenho minha família adotiva que amo muito e sou muito amada. Tenho marido e três filhos. Somos uma família que ama e segue a Cristo. Fazemos parte da pastoral Familiar do SANTUÁRIO Nossa Senhora Aparecida de Londrina. Trabalhamos em prol da família e da vida. Por que o desejo de um precisa sobrepor ao direito do outro que é mais FRÁGIL? Isso é uma violência tão grande quanto a que nós mulheres sofremos… sinto profunda tristeza vendo as pessoas se acharem mais importantes e que sua vida vale mais que a de outros… Entregar uma criança para adoção não é crime. Sendo assim, tanto a criança que a mãe não deseja quanto a família que sonha em adotar terão a chance de um encontro que reacenderá o nascer do mais puro e sincero amor. Sinto esse amor e meus amigos me veem como alguém amorosa, pois sou fruto do amor que recebi…
Sim a vida, não ao aborto.
O feto é um ser humano completo. Com todas as suas características definidas. Só falta crescer e aparecer. Portanto, merece ser respeitado como qualquer um de nós.
Louvo esta atitude da Arquidiocese de Londrina. A Igreja precisa ir à luta.
Sou contra a Lei de morte contra aquelas vidas que não tem voz nem defesa. Contra o aborto..