Rezemos para que as pessoas que vivem à margem da sociedade, em condições de vida desumanas, não sejam esquecidas pelas instituições e jamais sejam consideradas descartáveis.
Reflexão
Esta intenção de oração do Papa pede para que as pessoas à margem da sociedade não sejam esquecidas nem descartadas. Neste sentido, somos convidados a rezar pela integração dos marginalizados, de quem vive sem as condições mínimas de dignidade que cada ser humano merece ter.
As desigualdades sociais geram pobrezas de várias ordens e criam atitudes de exclusão, tornando os pobres indiferentes e esquecidos, apenas números abstratos e estatísticas sem rosto. A «globalização da indiferença», de quem fecha o coração ao que sucede ao seu redor, tem de ser transformada na «globalização da solidariedade». Lembra o Papa Francisco que «é decisivo dar vida a processos de desenvolvimento onde se valorizem as capacidades de todos, para que a complementaridade das competências e a diversidade das funções conduzam a um recurso comum de participação. Há muitas pobrezas dos “ricos” que poderiam ser curadas pela riqueza dos “pobres”, bastando para isso encontrarem-se e conhecerem-se». A solidariedade é uma escola de partilha e de fraternidade.
Esta intenção convida os governos e as instituições a adotarem uma abordagem diferente em relação à pobreza. É preciso acolher as pessoas marginalizadas a partir da sua situação concreta, proporcionando-lhes condições para que participem da sociedade e possam potenciar as suas capacidades. Esta é também uma experiência sinodal, de acolhimento dos mais pobres e necessitados, para caminharmos todos juntos como filhos de Deus.
Oração
Espírito Santo, Pai dos pobres.
Como se poderá dar uma solução real e concreta
aos milhões de pobres que, tantas vezes,
só encontram indiferença
ou até irritação como resposta?
Que caminho percorrer
para que se superem as desigualdades sociais
e se restabeleça a dignidade humana,
tantas vezes espezinhada?
Derruba o nosso individualismo cúmplice
e ajuda-nos a dar vida a processos de desenvolvimento
em que as capacidades de todos sejam reconhecidas,
em que a complementaridade de competências
e a diversidade de carismas
criem um projeto comum de ação.
Amém.
Desafios
– Integrar os marginalizados: Viver a compaixão pelos mais pobres.
– Ver e escutar: Ter o olhar e escuta compassivos de Jesus.
– Atender à riqueza do outro: Dar valor aos talentos das irmãs e dos irmãos.
– Dar lugar: Abrir a comunidade e integrar os mais vulneráveis na missão.
– Ajuda mútua: Viver a solidariedade com espírito de entre ajuda.