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O Dia Mundial dos Pobres, em sua sexta edição, será realizado, este ano, no dia 13 de novembro. O Papa Francisco em sua mensagem escolheu o texto bíblico para motivar a reflexão: “Jesus Cristo fez-se pobre por vós” (cf. 2 Cor 8, 9).  A intenção com o convite – tomado do apóstolo Paulo – é manter o olhar fixo em Jesus, que, “sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza”. Já o tema escolhido pela Igreja do Brasil para animar esta VI Jornada é: “Dai-lhes vós mesmos de comer!”, em consonância com a Campanha da Fraternidade 2023, que traz o tema “Fraternidade e fome”, e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).

Na Arquidiocese de Londrina estão previstas ações em várias paróquias e comunidades e uma ação centralizada organizada pelo Núcleo das Pastorais Sociais e pela Paróquia Ambiental na Ocupação Barcelona, no Parque Ouro Verde, pertencente ao território da Paróquia Nossa Senhora da Glória, Decanato Norte, às 10h.

Logo cedo, a Catedral de Londrina, em parceria com a Toca de Assis e outros movimentos da Igreja, oferecerão um café da manhã para população em situação de rua. A partir das 10h, o Núcleo das Pastorais Sociais e a Paróquia Ambiental realizará uma celebração da Palavra, seguida de um café da manhã e um gesto concreto de distribuição de cestas às 45 famílias da Ocupação Barcelona, no Parque Ouro Verde. Além da ação em si, o objetivo é estimular a reflexão sobre a condição de pobreza e a relação campo cidade. Serão dois tipos de cestas oferecidas às famílias, uma cesta básica e uma cesta camponesa, proveniente de áreas de reforma agrária.

À noite, a Pastoral de Rua do Santuário Nossa Senhora Aparecida, Decanato Leste, oferecerá refeição a pessoas em situação de rua.

Reflexão

O Papa Francisco divulgou sua mensagem para o VI Dia Mundial dos Pobres em junho, quando voltou a condenar a guerra na Ucrânia e a sua “insensatez” com uma “‘superpotência’ que pretende impor a sua vontade contra o princípio da autodeterminação dos povos’, gerando novas formas de pobreza e afetando “as pessoas indefesas e frágeis”. Francisco ainda fez um apelo para que, “diante dos pobres, não serve retórica, mas arregaçar as mangas”, com uma advertência contra o dinheiro que não pode se tornar “um absoluto”, porque “ofusca o olhar”.

Já na última edição da data, no ano passado, o Papa Francisco exortou para que o Dia Mundial dos Pobres “possa radicar-se cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão”:

“Não podemos ficar à espera que batam à nossa porta; é urgente ir às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento.”

A história da Jornada Mundial dos Pobres

No dia 20 de novembro de 2016, na conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Pobres. Na mensagem de lançamento ele disse: “Este dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.

No Brasil, nos primeiros anos, a CNBB confiou à Cáritas Brasileira a animação e a mobilização do Dia Mundial dos Pobres. A entidade, nesse período, já realizava a Semana da Solidariedade – para pensar e agir por um país justo, fraterno, igualitário, solidário e amoroso, por ocasião de seu aniversário de fundação, 12 de novembro de 1956. A partir da III Jornada Mundial dos Pobres, as Pastorais e Organismos Sociais ligados à Cepast-CNBB assumiram coletivamente a animação e mobilização da data.

Informações: CNBB e Vatican News

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