O ano de 2021 está fechando as suas portas. Foi um ano atípico por causa da pandemia do coronavírus e suas consequências que atingiram a vida de todos. Ela nos fez mudar costumes, melhorar hábitos, criar novas rotinas, dialogar mais, ser mais resistentes, transparentes, criativos, autênticos, cuidadosos com saúde, alimentação, sono, etc.
Nos trabalhos da Igreja e das comunidades pudemos registrar um caminho de busca da normalidade, mas com todos os cuidados possíveis para oferecer mais segurança, tranquilidade nas celebrações e nos serviços que as pessoas procuram nas pastorais, nos movimentos. Todos também fizemos um esforço de criatividade para estarmos presentes na vida das pessoas com formas que não nos eram usuais. Os diáconos, catequistas, padres, lideranças e, inclusive, nas secretarias paroquiais, na Cúria Arquidiocesana e na pessoa do arcebispo, muitos elementos precisaram ser repensados em vista do serviço ao povo de Deus.
Observamos o esforço nos trabalhos de apostolado dos nossos catequistas, Ministros da Eucaristia e da Palavra, os Ministros da Esperança, da Pastoral da Comunicação, o esforço por orientar os Grupos Bíblicos de Reflexão, o ensino da Sagrada Escritura. Os Conselhos Econômicos também fizeram um esforço imenso para deixar todas as coisas e contas em dia, para que o trabalho de evangelização não precisasse ser paralisado. Fizemos um esforço grande para reconstruir espaços comunitários e, com alegria, viver a solidariedade e a partilha, etc.
Em muitas ocasiões também pudemos registrar um medo excessivo diante das diversas situações. Por vezes a pandemia foi usada como desculpa especialmente econômica, política, social. Alastrou-se a violência contra mulheres, crianças, populações de rua, etc. Precisou-se fazer grandes esforços para conter conflitos internos e nos entendermos como parte da sociedade, e a cidadania exigia de nós respostas duras, as vezes não agradáveis a todos.
O mundo segue o seu curso e tendo presente as experiências positivas e negativas da pandemia, o ano de 2022 está aí para ser vivido e aproveitado da melhor forma para o nosso bem, o bem da humanidade e para o bem da Igreja e sua Missão. E ele se apresenta com muitas coisas lindas e animadoras. Inicio falando das ordenações sacerdotais que já estão previstas e marcadas, em número de cinco. Também cinco outros candidatos em ritmo de finalização do processo de preparação para a ordenação diaconal e sacerdotal.
Além disso, temos um grande grupo de homens casados, pais de família, profissionais de diversas áreas que estão finalizando a preparação para o Diaconato Permanente. Alegro-me com o trabalho de dedicação mais profunda a algumas realidades que precisam da presença da Igreja: Santa Casa, Hospital Universitário, Hospital do Câncer, as Corporações de Segurança Pública: Guarda Municipal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, etc. Também as periferias da cidade de Londrina, com as suas organizações, precisam de ainda mais atenção tendo em vista a presença da Igreja com a sua Doutrina Social, sempre iluminadora das lutas da população por trabalho, teto, terra, etc.
Com alegria e expectativa desejamos retomar as visitas pastorais que foram interrompidas com o advento da pandemia do coronavírus. Isto tudo somado ao imenso trabalho que se apresenta normalmente no dia a dia da vida Igreja e das paróquias na Arquidiocese de Londrina.
Que Nossa Senhora Aparecida e o Sagrado Coração de Jesus nos acompanhem, iluminem no discernimento e direcionem tudo para a maior glória de Deus e a salvação de todos.
Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina
Artigo publicado na Revista Comunidade edição dezembro 2021
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