A audiência com o Santo Padre durou mais de três horas e foi definida como uma “conversa franca e muito bonita”
A Visita Ad Limina Apostolorum do episcopado paranaense entrou na segunda semana de atividades, com o compromisso mais esperado pelos bispos: a audiência com o Santo Padre, o Papa Francisco. No início da manhã dessa segunda-feira, 24 de fevereiro, os bispos celebraram a missa na cripta da Basílica de São Pedro, junto ao túmulo do Apóstolo. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo de Guarapuava, foi o presidente da celebração, ladeado por Dom Bruno Elizeu Versari, bispo de Campo Mourão, e Dom João Mamede Filho, bispo de Umuarama.
Após a missa, os bispos foram chamados para se dirigirem ao Palácio Apostólico. Apesar de faltar mais de uma hora para o horário marcado, o Papa já os aguardava. O encontro, que estava marcado para as 10h30 iniciou às 9h30 e durou mais de três horas. Ao saírem da audiência, os bispos estavam felizes pelo encontro, que foi marcado pela proximidade do Papa como um irmão entre eles. Alguns bispos expressaram o sentimento após o encontro:
“Nós estamos muito felizes, porque tivemos simplesmente três horas com o Papa Francisco nesta manhã. Uma conversa muito franca e bonita, na qual todos os bispos que quiseram, puderam fazer perguntas ao Santo Padre” (Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e Presidente do Regional Sul 2 da CNBB).
“O encontro com o Santo Padre significou para mim, o encontro com a fé, com aquele que, ajudando-nos a discernir, nos faz fiéis à fé em Jesus” (Dom Carlos José de Oliveira, bispo de Apucarana).
“Como sempre, o Papa Francisco foi muito gentil, muito acolhedor. Um momento profundo, no qual o Papa foi um irmão entre irmãos, falando para o episcopado” (Dom Amilton Manoel da Silva, bispo auxiliar de Curitiba e secretário da CNBB Sul 2).
“Posso dizer que foram 3 horas de Pentecostes, de um Cenáculo, de uma explosão de manifestação de Deus naquele encontro. Foi maravilhoso. Saí emocionado, porque foi muito forte” (Dom Mário Spaki, bispo de Paranavaí).
“Algo inexplicável. Uma experiência inédita na vida de qualquer pessoa e para nós, os bispos, mais ainda. Um irmão entre os irmãos” (Dom Bruno Elizeu Versari, bispo de Campo Mourão).
No vídeo, Dom Amilton Manoel da Silva, fala sobre o encontro com o Papa
No final da tarde, os bispos participaram de uma reunião na residência do Embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Sr. Henrique da Silveira Sardinha Pinto. Dom Antônio Braz Benevente, bispo de Jacarezinho, fez o discurso em nome dos bispos. Em sua fala, Dom Antônio ressaltou a importância do diálogo, em vista de construir a cultura do encontro, como pede o Papa Francisco: “Possibilitar que as relações entre as nações sejam fundadas no diálogo e na Verdade. Neste sentido, os trabalhos realizados pelo corpo diplomático representante das nações soberanas, exerce papel essencial para edificação desta cultura do encontro e da paz”. Após o discurso, os bispos conversaram com o embaixador sobre questões diplomáticas entre a Santa Sé e o Brasil.
Amanhã, na parte da manhã, os bispos visitarão a Congregação para o Clero e a Congregação para a Doutrina da Fé. À tarde, o grupo se dividirá, para visitar: o Tribunal da Rota Romana, a Congregação para a Evangelização dos Povos e o Pontifício Conselho para a promoção da unidade dos cristãos.
Texto e fotos: Karina de Carvalho
Assessora de comunicação