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A partir de um olhar atento à realidade dos irmãos que sofrem, a Campanha da Fraternidade (CF) deste ano: “Fraternidade e Vida: dom e compromisso”, quer chamar a atenção para o cuidado com a vida. Todos os anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe um tema para ser refletido e vivenciado na Quaresma. Neste ano, o personagem do Bom Samaritano é o exemplo que a Igreja do Brasil oferece para este tempo penitencial que se inicia no dia 26 de fevereiro, quarta-feira de cinzas.

 

Cada paróquia vai vivenciar a Campanha da Fraternidade a partir da sua própria realidade, identificando situações nas quais a vida ali está fragilidade. Por isso, uma formação no domingo, dia 2 de fevereiro, com o assessor da CF no Regional Sul 2 da CNBB, padre Danilo Vitor Pena, procurou capacitar lideranças paroquiais para a articulação da campanha.

 

A formação foi no Auditório do Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor e contou com a participação de cerca de 150 pessoas. “Quem participou se colocou à disposição de ser um multiplicador, para que as paróquias sejam protagonistas deste trabalho e levem para a sociedade, para as escolas, para as muitas instituições que cada território paroquial possui sob sua responsabilidade”, explica padre Danilo.

 

Uma responsabilidade que não é só para a Quaresma. A gerente da Cáritas Arquidiocesana de Londrina, Deusa Fávero, entidade responsável por articular a campanha na arquidiocese, explica que a formação para equipes paroquiais no dia 2 fevereiro tem a intenção de motivar a vivência da CF durante todo o ano. “Para que a gente se compadeça da dor do outro e possa conhecer, como paróquia, quais são os rostos da pobreza das nossas comunidades, seja de uma paróquia de centro, seja de uma paróquia de periferia”, explica a gerente.

 

O Bom Samaritano
São Lucas apresenta o Bom Samaritano como aquele homem que: “Viu, sentiu compaixão e cuidou” (10, 33-34). Por isso, o olhar sensível ao irmão que sofre é uma atitude essencial que a CF quer mostrar para o cuidado com a vida. “Essa talvez seja a escola mais difícil que a campanha queira gerar em nós, educar o nosso olhar à luz de Jesus”, explica o assessor da Campanha da Fraternidade no Regional Sul 2 da CNBB, padre Danilo Vitor Pena, que esteve em Londrina no dia 2 de fevereiro ministrando formação sobre a CF.

 

O termo apresentado no texto-base é “pedagogia da presença”, ou seja, uma atitude do presença, como o do próprio Cristo que não passa adiante quando vê o irmão que sofre. “Quantas vezes nós, enquanto Igreja, percebemos situações institucionalizadas de sofrimento e pensamos que isso não é assunto de Igreja, que isso não é assunto para a nossa evangelização? O que a campanha vem dizer é que é, porque Deus se encarnou em Jesus Cristo e a partir daí assumiu a nossa vida como um todo e por isso tudo o que há na vida é pauta para a evangelização”, continua padre Danilo.

 

Estampada no cartaz da campanha, Santa Dulce dos Pobres, brasileira canonizada em outubro passado, é exemplo de alguém que foi também samaritana. “Com a vida, com a obra, com o testemunho, com a solidariedade nos inspira sendo não só o Anjo Bom da Bahia, mas o Anjo Bom do Brasil. Seguindo seus passos nós queremos também ampliar sua grande sensibilidade com a campanha deste ano”, fala padre Danilo.

Juliana Mastelini Moyses
PASCOM Arquidiocesana

 

 

 

 

Fotos: Guto Honjo

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