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[dropcap]G[/dropcap]eralmente chamamos de Irmão ou Irmã aqueles nos quais correm o mesmo sangue, ou que temos uma afinidade de coração, como se costuma dizer: “irmão do coração”. E isso significa que aquela pessoa tem importância em minha vida e que eu a amo. Mas, numa dinâmica maior, Jesus vai dizer que é “meu irmão e minha irmã” todo aquele que faz a vontade do Pai que está no Céu. Fazer a vontade de Deus nos coloca numa condição de filhos e irmãos.

Francisco de Assis, que celebramos dia 04 de outubro, foi um jovem de inspiração harmoniosa intensa, tendo presente sempre: Deus-Humanidade-Criação. Nasceu em 1182, mas seu exemplo de vida ressoa até os dias de hoje e nos aponta para uma integração que nos ajude a viver com consciência a nossa humanidade, a sermos mais humanos. Tanto que São Francisco nos pede para chamar a todos de “Irmão” e “Irmã”, não simplesmente por uma questão de tratamento, mas elevando a nossa consciência, o nosso modo de viver e agir. Até mesmo as Criaturas deveriam ser chamadas de Irmão ou Irmã. Basta exercitar, olhar para as águas do Lago Igapó e saudá-las: Irmã Água; ou olhar para a noite de céu estrelado e de Lua exuberante e dizer: Irmã Estrela, Irmã Lua; e no amanhecer: Irmão Sol; e ainda, Irmã Chuva, Irmão Vento, Irmão Fogo, Mãe Terra… São nossos Irmãos e nossas Irmãs, que inspiram cuidados.

Francisco nos ensina muito… até chamar a morte de Irmã Morte, “da qual nenhum de nós podemos escapar”. Acho que podemos saudar o Irmão que chega até nós nas adversidades da vida… Assim vamos encontrando também a “Perfeita Alegria”.

Frei Wainer Queiroz FMM
Pároco Paróquia Nossa Senhora da Piedade – Decanato Oeste

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