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24º Grito dos Excluídos teve como tema “Vida em primeiro lugar” e lema “Desigualdade gera violência: “Basta de privilégios!”

Cerca de 200 pessoas participaram no dia 7 de setembro do 24º Grito dos Excluídos. Dentre eles, membros de pastorais e movimentos, padres, diáconos e religiosas. O grito acontece em âmbito nacional e foi organizado em Londrina pelas pastorais e movimentos sociais, populares, sindicais, e Arquidiocese de Londrina.

O evento começou com um café partilhado na praça Dom Pedro entre participantes e moradores de rua. Depois de um momento de espiritualidade que fez memória dos gritos anteriores, os participantes seguiram até a avenida Leste Oeste, por onde passava o Desfile Cívico de 7 de setembro. “Em frente ao palanque representantes dos movimentos sociais e populares fizeram seu grito em forma de denúncia e apelo aos poderes executivo e legislativo que lá estavam relacionados à moradia, saúde, educação, assistência social”, explicou Lenir de Assis, da coordenação do evento.

A celebração encerrou com a partilha simbólica de uma laranja, que demonstrou que é possível não haver concentração e privilégios, explicou Lenir. “A partilha e a democratização dos bens é necessária para que não haja violência como mostra a Campanha da Fratenidade 2018”, completa.

Desfile de 7 de setembro
Os participantes do Grito dos Excluídos adentraram ao Desfile de 7 de setembro na Avenida Leste Oeste como forma de contrapor a lógica do dia que lembra a independência do Brasil. “Os excluídos e excluídas, neste dia, dão seu grito denunciando a dependência do estado para suprir suas necessidades. Como ser independente um país que especialmente nos últimos anos retira direitos dos trabalhadores, congelam por 20 anos os recursos para saúde, educação, assitência social? Um dos países que mais concentra renda, terra e entrega suas riquezas naturais aos interesses das multinacionais?”, questiona Lenir.

Ela lembra que o grito nas ruas traz a mensagem de que um outro estado é necessário. “Que devolva os direitos aos trabalhadores e aos mais pobres e que respeite a dignidade das pessoas, combatendo a desigualdade social geradora de todas as formas de violência

Fotos: Júlia Silvério / Amauri Farias

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