Juventude do Decanato Centro realiza II Retiro das SMP Jovem
No último sábado de março, a juventude do Decanato Centro esteve reunida na Paróquia São Vicente de Paulo para se preparar em missão. Foi realizado o II Retiro Decanal das Santas Missões Populares (SMP) Jovem, com os temas “Convicção” e “Juventude e a Casa Comum”. Cerca de 250 jovens de 22 grupos de adolescentes e jovens diferentes estiveram no retiro. Cada grupo ficou responsável por um serviço: acolhida, cadastramento, venda de bombons, lembranças. Todos eles levaram o propósito de ser missionário onde Deus os colocar. “O segundo retiro chama os jovens a terem convicção da autoridade que Jesus nos dá para fazermos missão aqui, onde estamos, cuidando da casa comum e do próximo”, explica Juliana Alves, coordenadora das SMP Jovem do Decanato Centro.
Seguindo o roteiro aplicado em todos os decanatos, o gesto concreto deste segundo retiro foi o plantio de uma árvore. Cada grupo levou uma muda para ser plantada na sua paróquia. A proposta é que cada vez que os jovens passem por essa árvore, lembrem da sua vocação de ser missionário. “Às vezes a gente vive coisas bonitas aqui, mas quando volta pra realidade, esquece da missão. A ideia é que toda vez que o jovem passar pela árvore, caia em si: ‘hoje eu vou ser missionário’. E que isso se estenda. Além disso, a árvore representa o cuidado que devemos ter com a nossa casa comum”.
A coordenadora explica que uma grande preocupação são os frutos do retiro, que já começam a aparecer. “A própria união do Decanato Centro é um exemplo. Nosso decanato era muito disperso, com os retiros conseguimos nos unir mais, viver mais pra Deus, e o principal: trazer mais pessoas pra Deus”. Juliana encoraja a juventude a não desistir da missão, realizando o que Jesus pede um dia de cada vez, sem se preocupar com as dificuldades que podem aparecer. “A seu tempo, Jesus nos toca e nos molda para o que é preciso”.
A partir daqui, a coordenação das SMP Jovem do decanato vai visitar os grupos para animar os jovens em preparação para o terceiro retiro, que será em junho e terá como tema: “Quero ser um templo vivo e te levar comigo”. “O terceiro retiro é o pontapé para a missão realmente, e culmina no pós-retiro, no sair em missão, com atividades práticas nas comunidades, instituições, asilos, creches. Cada grupo vai definir o seu”, explica Juliana.
Um momento marcante do retiro foi a unção dos jovens missionários. Padre Rafael Solano, pároco da Paróquia São Vicente de Paulo, benzeu o óleo com o qual foram ungidos todos os jovens missionários presentes no retiro. Os coordenadores e responsáveis de grupos receberam a unção das mãos da coordenação do retiro, e cada um ungiu os jovens do seu grupo. Padre Rafael explicou que desde o Antigo Testamento, reis e rainhas eram ungidos com óleo, uma proteção contra os ataques do inimigo, assim como os lutadores, que passam óleo no corpo para que o golpe da luta não lhes cause danos graves.
Padre Rafael também surpreendeu os jovens ao fazer um pequeno exercício de missão. Fez um breve resumo de sua vida missionária falando nas línguas dos países em que já morou. O castelhano, língua da sua terra natal; inglês; francês; italiano e, finalmente, o português. O padre destacou que fazer missão necessariamente implica saída, não de um país ou de uma cidade, mas saída de si mesmo em direção ao próximo.
A vivência missionária
Giuliano Tadeu Mattos, do Grupo Yahweh Nessi, esteve em missão no Mato Grosso juntamente com os paroquianos da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, a qual pertence. Na primeira pregação do retiro, trouxe a sua experiência missionária. Falou da convicção que o missionário deve ter para possuir a certeza da missão e convencer os outros da verdade que ele testemunha. O jovem lembra de Jesus, nosso exemplo de missionário:
“Jesus andava com as pessoas que mais precisavam, escolheu inclusive doze discípulos imperfeitos para estarem com Ele. Isso nos mostra que nós devemos sair do comodismo e sermos missionários com as pessoas que mais precisam também. A pessoa que está do nosso lado muitas vezes precisa de nós tanto quanto aquelas pessoas dos lugares longe onde vamos fazer missão”.
Para Vinícius Tardem, do Grupo Dom Bosco Jr, a missão é como uma pulguinha, que incomoda e te move a fazer. “É sair todo dia do comodismo. Quando a gente volta da missão é um choque. Porque você vê que você está diferente, você deixou-se ser moldado por Deus, enquanto os outros continuam do mesmo jeito. O que a gente não enxerga quando está acomodado”. Vinícius lembra do tesouro que é ser missionário, vocação de cada cristão. “Temos que abraçar mais a vontade de Deus, deixar de oba oba. Nos deixar ser evangelizados para assumir e sair em missão”.
Juliana Mastelini
PASCOM Arquidiocesana