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Jean e Molienne

Um Grupo de Trabalho (GT) liderado pela Caritas em parceria com a Pastoral do Migrante se reúne mensalmente no Centro Arquidiocesano de Pastoral de Londrina com representantes de serviços públicos, universidades, entidades de direitos humanos, legislativo, defensoria pública e agentes pastorais. O objetivo em foco é dialogar, refletir e encaminhar ações pontuais relacionadas ao acolhimento e integração dos imigrantes que residem em Londrina e região. Atualmente o fenômeno das migrações alcança cidades, países e continentes em maior ou menor escala em todo planeta. Seres humanos em movimento, muitas vezes em desespero, em busca de refúgio, de paz e de condições dignas para viver na Casa Comum. É uma pequena amostra da humanidade amada por Deus bem próxima de nós. Na reunião do dia 21 de setembro foram convidados dois imigrantes de origem haitiana que resumidamente contaram sua história e seus anseios.

Molienne Jean Baptiste Borgelin, 35 anos, casada, tem um filho de 13 anos que está no Haiti. Há dois anos vive no Brasil na cidade de Rolândia e faz 10 meses que está desempregada. “Perdi meus pais, minha mãe morreu por causa dos diabetes e meu pai faleceu por causa do terremoto.  Gosto muito daqui, mas há 10 meses que estou desempregada e preciso de dinheiro pra poder pagar aluguel, alimentar e ir buscar meu filho para vir morar no Brasil. Uma única coisa que peço é um trabalho, não penso mais voltar para o Haiti, lá não tem trabalho é muito difícil, o Brasil é muito bom” completou.

Jean Nehemie Jerome, 33 anos, casado, há três anos vivendo no Brasil, professor de música  e de língua francesa e inglesa. Está desempregado há 5 meses. “As três coisas que acho importante na vida: servir a Deus, trabalhar e cuidar da família; estou no Brasil eu e minha esposa, não temos filhos, mas pretendemos ter. No momento preciso ter um trabalho, mas está difícil encontrar. Quando cheguei aqui estava fácil e a primeira empresa que procurei foi a Big Frango e imediatamente me contrataram e ainda precisavam de mais pessoas, porém na atualidade está difícil. Tomei um susto quando fui ao SINE (Sistema Nacional de Emprego) atrás de uma vaga, mas só estavam disponibilizando para os brasileiros e acabei saindo com as mãos vazias. O trabalho é um direito para todos, sendo brasileiro ou não, todos nós precisamos viver” finalizou.

Ir. Inês Facioli, mscs
Pastoral do Migrante

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