A celebração da memória dos apóstolos Pedro e Paulo é uma oportunidade para refletirmos sobre o tema da autoridade em nossa vida, em nossas famílias, em nossso ambiente de trabalho, em nossas comunidades, em nossa Igreja e em nosso país.
Ao usar a palavra poder Jesus refere-se ao inferno: “o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). Ele não usa a palavra poder para referir-se a Pedro quando fala das chaves do Reino do Ceu. O poder não é evangélico, pois quando ele se converte transforma-se em autoridade.
A palavra autoridade vem de “augere”, em latim, que significa aumentar, acrescentar, fazer crescer. Pedro soube exercer esta autoridade na Igreja e, por isto, com naturalidade sua liderança foi reconhecida e respeitada. Paulo, o apóstolo incansável, vai até Cefas (Pedro) e os demais apóstolos, em Jerusalém, para obter deles a aprovação para sua pregação antes de iniciar sua missão.
Nas controvérsias sobre a missão entre os pagãos, Paulo recorre a Pedro e, juntos com os demais apóstolos e anciãos reuniram-se para tratar do assunto (At 15,6). Autoridade é humildade, serviço, amor. É conhecer-se para reconhecer os próprios dons. É reconhecer nos outros os seus dons e capacidades. É a dança singela de saber colocar-se, retirar-se, abrir-se, falar, escutar, liderar, apoiar e …sempre servir.
São Pedro e são Paulo, ajudai-nos no exercício da autoridade que aprendestes com o Cristo Servidor !
Diác. Geraldo Luiz (Dule)
