Na Bula sobre o Ano Santo da Misericórdia (08/12/2015 – 20/11/2016) encontramos doze
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Na Bula sobre o Ano Santo da Misericórdia (08/12/2015 – 20/11/2016) encontramos doze
propostas de ação, gestos bem concretos a serem realizados no Ano Santo. Estas
indicações são muito elucidativas porque apontam para meta a ser alcançada. Por outro
lado, evitam desvios pietistas, unilateralidades, preferências e gostos de pessoas e grupos.
Os dozes gestos são a palavra oficial da Igreja a respeito do jubileu.
O primeiro ponto é a “Porta Santa”. A teologia da porta é muito significativa e pertinente.
Jesus é a porta (cf Jo 10,7). Ele bate à porta de nossos corações (cf Ap. 3,20). Ele ordena a
que entremos pela porta estreita (Mt. 7,13). Aos pagãos foi aberta a porta da fé (cf Atos
14,27). O batismo é a porta de entrada na Igreja.
Em segundo lugar, o Papa Francisco pede que a Quaresma de 2016 seja vivida
comintensidade, profundidade, criatividade. Desde já precisamos planejar e preparar com
empenho e devoção o tempo quaresmal do próximo ano. O terceiro conselho do Papa é o
estudo, a prática, a vivência das Sete Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais. Eis um
tesouro inestimável e bastante esquecido. Sabemos que estas sete obras são um projeto
pessoal, comunitário e social de transformação e crescimento na fé e no amor. As sete
obras de misericórdia corporais são: dar de comer, beber, vestir, assistir os doentes, visitar
os presos, acolher estrangeiros, sepultar mortos. As obras espirituais são: dar conselho,
instruir ignorantes, admoestar pecadores, consolar aflitos, perdoar ofensas, suportar
injustiças, rezar pelos vivos e mortos.
O quarto gesto enfoca a misericórdia para com os pobres. Eis o pilar, a vértebra, o centro
do Ano Santo: cuidar da fragilidade. Tocar na realidade do povo sofrido. Curar feridas.
Vencer a indiferença. Ir às periferias. Os pobres são os privilegiados da misericórdia divina
e do Ano Santo. O quinto ponto é o sacramento da reconciliação. Os confessores sejam um
verdadeiro sinal da misericórdia e não esqueçam de ser penitentes. O padre é o servo do
perdão. Onde há confessores o povo forma grandes filas para receber a absolvição.
O sexto gesto são as peregrinações. Não se trata só de procissões, mas, da caminhada na
direção do irmão, dar o primeiro passo do perdão, buscar reconciliação. A peregrinação
começa dentro de nós mesmos quando abdicamos de julgar, condenar, excluir os outros. A
primeira peregrinação é sair de nós mesmos. A sétima proposta é a realização das Santa
Missões Populares. Elas haverão de marcar indelevelmente o Ano Santo, porque mexem,
sacodem, transformam, entusiasmam.
A oitava baliza são as indulgências. Pelo poder do sangue de Jesus, pelo ministério da
Igreja, as indulgências perdoam as consequências, as injustiças, os males, os prejuízos que
nossos pecados causaram aos outros, à Igreja, à sociedade. O perdão de Deus chega até às
ultimas consequências e profundezas do pecado.
A nona proposição é o diálogo com o Islamismo e o Judaísmo, como também o
ecumenismo. Sem misericórdia e perdão as religiões continuarão se digladiando e
prejudicando a paz, causando escândalo ao mundo. O jubileu da misericórdia quer
diálogo inter-religioso e crescimento na unidade dos cristãos. Cessem as guerras entre os
discípulos de Jesus, entre os cristãos.
O décimo ponto é surpreendente e exigente. O Papa Francisco quer aproximar-nos das
pessoas que pertencem ao crime organizado e dos cúmplices da corrupção para levar a
estas periferias o Evangelho da misericórdia. A undécima sugestão é a realização de vigília
conhecida como “as 24 horas para o Senhor”. Estas vigílias atraem de modo especial os
jovens.
Por fim, a décima segunda proposta consiste no envio de “missionários da misericórdia”
que terão autoridade de perdoar pecados reservados à Santa Sé. Vivamos jubilosamente e
com profundidade o Ano Santo.
O século 21 será o “século da misericórdia”. O remédio, o bálsamo, a medicina da
misericórdia é o antivírus para a cura de uma sociedade em decadência e moral ferida
pela violência, pela destruição do cosmos. Os moralmente perdidos e os socialmente
excluídos são os primeiros beneficiados. A misericórdia enche nossos corações de
esperança num mundo diferente e melhor.
Orlando Brandes
O ano da Misericordia é realmente um convite que o Sto Padre esse homem maravilhoso e de Deus nos faz para a Santidade,a conversão e o amor misericordioso de Deus.É o amor de Deus.É chegar mais perto de Deus.É confiar e acreditar nisericordia de Deus.