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Madre Leônia Milito, fundou a Congregação das Missionárias Claretianas

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Madre Leônia Milito, fundou a Congregação das Missionárias Claretianas, junto com Dom
Geraldo Fernandes, 1º Arcebispo de Londrina. Está em Roma o processo de sua
beatificação. Ela é uma grande teóloga como confirmam seus inúmeros escritos. Hoje
vamos refletir sobre a experiência do amor de Deus na sua vida e nos seus escritos.

Diz Madre Leônia que com Deus cada instante da vida é um instante de amor. Ele enxuga
lágrimas, escuta os gemidos e dá força aos fracos. Deus é nosso repouso. Só Deus basta.
“O amor de Deus é o meu bálsamo e consolação. Deus me ajudou a abraçar as provações,
as ingratidões, as incompreensões. Elas se tornaram o caminho do céu”, escreve.

Abandonemo-nos como argila nas mãos amorosas do oleiro, do artífice divino. Ele nos
recria e plasma. O amor de Deus nos dá forças para beijar as mãos de quem nos faz sofrer.
A fé no amor de Deus nos torna vitoriosos nas horas de miséria, de desilusão, de vazio.
Com Deus nada nos perturba, nem a vacuidade dos bens, nem as decepções. Pelo
contrário, conseguimos agradecer as cruzes. Onde há cruz Deus está perto.

Deus na sua bondade nos faz superiores a tudo que é caduco, falaz, enganador. Basta
abandonar-se como criança nos seus braços. É o amor de Deus que nos mostra as chagas
que não queremos ver, as culpas que não admitimos, os defeitos que escondemos, os
desejos ainda ocultos. Deus nos dá a sede de querer ser bons.

Desejo é ver as coisas com os olhos de Deus e combater pela vitória do amor. Ele dissipa a
fadiga, livra da banalidade, salva da mediocridade. Nele, respiro e por Ele suspiro. Eu sou
apenas pó que Deus transforma. É na máxima humildade que fazemos o máximo bem.
Quero irradiar Deus em todas as minhas ações. Como é bom e salutar descobrir que Ele é
tudo e nós nada. Todavia, Ele sabe fazer grande quem é pequeno.

Sem Deus nada é sólido, nada é forte, nada é fecundo. Não há nada mais belo,
glorioso,elevado e grande do que ser filho de Deus. Antes da criação do mundo fomos
concebidos no seu coração para sermos seus filhos amados. Não somos escravos, nem
empregados, somos filhos de Deus. A filiação divina é a nossa maior condecoração, a
máxima honra, a suprema elevação.

Quero consumir-me onde Deus me colocou. Tudo o que recebemos de Deus é para os
outros. O amor de predileção de Deus por nós é para que tenhamos amor de compaixão
para os irmãos. Nossos atos não terminam em nós, chegam aos outros. Somos amados
para amar. Sejamos pois peregrinos do amor. Somos amados com o amor que circula
entre pessoas Divinas. Deus está em nós amando. Mesmo quando caímos como o filho
pródigo estamos sempre no coração do Pai, que não esquece seus amados.

Minha ocupação na terra até a morte é a glória de Deus. Quero consumir-me de amor sem
reservas e sem rivais. Tudo é rico de valor onde há amor. Para mim, diz Madre Leônia, as
pessoas são raios do amor de Deus. Quero que minha morte seja um ato de amor como
desejo que minha vida seja também um ato contínuo de amor. Quero amar com o coração
e com os olhos de Deus. O amor me permite sorrir quando algo não vai bem e encontrar o
lado bom de todas as coisas.

O amor de Deus me encoraja a perdoar o imperdoável, a crer no incrível, a amar quando e
onde não sou amada, a esperar quando não há esperança. Quem não crê no amor de Deus
abandonou o sol, está cego e anda nas trevas, não tem o pão da vida que é o amor.

Crer no amor de Deus é um ato de humildade, pelo qual não fazemos mais concessões a
nós mesmos, abandonamos nossas preocupações, não damos espaço à tristeza, às
dúvidas, às incertezas. O amor nos faz triunfar, porque usufruímos da amizade, presença,
companhia e compaixão de Deus. Portanto, “amemos o Amor” e como São Francisco de
Assis choremos porque o Amor não é amado. É próprio do amor abaixar-se para elevar os
outros. O amor é a verdade que não passa.

 

 

img0723Orlando Brandes

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