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Sínodo da família, chaves de abertura

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  1. A chave da consulta mundial. A primeira manifestação da abertura do Papa
    Francisco sobre as questões familiares foram os questionários enviados ao mundo
    inteiro. Todos tivemos oportunidade de participar na preparação do Sínodo da
    família. As respostas provenientes de todos os continentes foram sintetizados pela
    Secretaria do Sínodo e chegaram até os Padres Sinodais através de um texto base.
  2. A chave do magistério do Papa Francisco. Os ensinamentos do Papa muito
    contribuíram para que o Sínodo fosse fiel às verdades fundamentais do sacramento
    do matrimônio e ao mesmo tempo abrisse as portas para a necessidade de opções
    pastorais corajosas. A finalidade não era repetir a doutrina de sempre e já bem
    conhecida, mas encontrar novos caminhos, abrir portas, oferecer soluções.
  3. A chave da liberdade. O Papa insistiu com os padres sinodais para que falassem
    com franqueza, com coragem e sem medo, as suas convicções a respeito da família
    no contexto da nova evangelização. Pediu que dissessem a verdade mas com
    caridade.
  4. A chave da afetividade. O Sínodo apontou para a importância da psicologia, dos
    sentimentos, das emoções, dos afetos na família. Isso facilita a compreensão das
    crises, feridas e fragilidades do casal e da família. Problemas psicológicos profundos
    podem influir na declaração de nulidade de um matrimônio como também, diminuir
    a culpa moral das pessoas e de seus atos, por causa dos condicionamentos
    psicológicos.
  5. A chave das “famílias feridas”. A situações e casos difíceis como separação,
    divórcio, segundas núpcias, matrimônio civil foram contempladas na ótica da
    misericórdia. O enfoque não foi a situação irregular destas famílias, nem um juízo
    moral condenatório a priori, mas, um olhar humano, sensível, pastoral para as
    feridas que precisam ser curadas. A Igreja é como um “hospital de campanha”
    chamada a curar e cuidar das “famílias feridas”.
  6. A chave da simplificação dos trâmites jurídicos. Desde há muito tempo se deseja
    melhor agilidade dos Tribunais Eclesiásticos para os problemas da família. As coisas
    acabaram ficando no papel. No Sínodo, porém, foi solicitado a extinção dos
    Tribunais de Segunda Instância, a maior jurisdição do Bispo Diocesano nas causas
    matrimoniais e a criação de Tribunais Especiais para as questões familiares.
  7. A chave da abertura a questões polêmicas. O Sínodo não se omitiu a respeito dos
    seguintes fatos: das uniões homoafetivas, dos casais em segunda união, do
    matrimônio nas diferentes culturas, das famílias monoparentais, dos matrimônios
    mistos. Para estas questões foi solicitado o remédio da misericórdia e a fidelidade à
    verdade. A Igreja precisa tratar estas realidades com a “ternura da mãe e a clareza
    da mestra”.
  8. A chave do respeito pelas pessoas com tendência homoafetiva. Elas merecem
    atenção pastoral e ser acolhidas com respeito e sensibilidade. Qualquer
    discriminação deve ser rejeitada. Todavia as uniões homoafetivas não são
    equivalentes ao matrimônio ou casamento, nem à família.
  9. A chave de novos horizontes para a pastoral familiar. Os matrimônios, os
    casamentos em etapas, as uniões livres sejam consideradas pela Pastoral Familiar.
    Quando estas experiências alcançam estabilidade, vínculo publico, profundidade
    afetiva, responsabilidade com os filhos, precisam ser acompanhadas como um
    desenvolvimento em relação ao sacramento do matrimônio.
  10. A chave das novas forças de ajuda à família. A crise de fé está na origem da crise
    da família. A espiritualidade conjugal e familiar deve ser despertada desde o
    namoro, noivado, etc. Nos seminários seja oferecida formação sobre a pastoral
    familiar para os futuros padres, Diáconos, catequistas, agentes de pastoral recebam
    formação adequada sobre as questões familiares. Os casais novos sejam
    acompanhados nos primeiros anos de vida matrimonial. A preparação para o
    casamento ofereça formação sobre as virtudes cristãs e a consciência da
    participação na comunidade eclesial.

Sejamos agradecidos ao Papa Francisco por dar prioridade à família convocando dois
Sínodos em favor da pastoral familiar. Leiamos os discursos do Papa no Encontro
Mundial das Famílias que aconteceu nos Estados Unidos em setembro, como também
as catequeses do Santo Padre sobre a família.

 

 

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