O arcebispo de Londrina Dom Geremias Steinmetz chegou nesta sexta-feira (28/2) da Visita Ad limina, que fez, junto com os bispos do Paraná, ao Papa Francisco, aos túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo e às principais basílicas e dicastérios da Cúria Romana.

 

Foram 10 dias de visitas em que os bispos paranaenses puderam conhecer e trocar experiências com os padres que trabalham nos dicastérios e rezar diante dos túmulos dos apóstolos escolhidos por Cristo para conduzir a Igreja.

 

Mas o ponto alto da visita foi o encontro com o Papa Francisco, no dia 24 de fevereiro. Foram três horas de conversas, onde os bispos falaram da realidade na Igreja do Paraná. “A visita ao Santo Padre foi uma experiência muito rica, tivemos tempo suficiente para entender suas ideias, o modo como ele conduz a Igreja e os grandes desafios que ele sente no trabalho da Igreja”, afirmou dom Geremias, durante coletiva de imprensa na sexta-feira.

 

Como presidente do Regional Sul 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geremias fez um discurso ao Papa Francisco, em nome dos bispos paranaenses. Ele apresentou o Regional Sul 2, que conta com 18 dioceses e eparquias de rito ucraniano. O arcebispo iniciou falando dos pontos positivos como o crescimento no número de padres no Estado, o grande número de seminaristas e o aumento da quantidade de paróquias.

 

“Falamos da boa organização nas pastorais sociais, como, por exemplo, a Pastoral da Criança, que nasceu no Paraná. Falamos sobre o trabalho missionário e a missão São Paulo VI de Guiné Bissau e a atuação do laicato. A grande participação dos leigos, no CPP (Conselho Paroquial Pastoral), na Catequese. Hoje temos mais de 30 mil ministros”, comentou o arcebispo.

 

Ele também falou do trabalho das escolas de diáconos. Mas não dosou a pílula ao falar dos desafios da Igreja do Paraná. “Falei dos desafios como a formação que é dada aos padres que estão chegando e a dificuldade de envio de missionários para as regiões de missão”, exemplificou dom Geremias.

 

O arcebispo contou que o Santo Padre falou com eles em três perspectivas diferentes. “Ele tem noção do que é a Igreja no mundo. Se acontece alguma coisa em Londrina, ele sabe, se acontece alguma coisa na Alemanha, ele sabe. É um homem de visão de Igreja impressionante. Depois ele fala da perspectiva teológica, como o bispo e padre têm que se colocar e depois da questão pastoral. A igreja que tem que correr atrás das periferias existencial. Tem que ser uma Igreja em Saída”, contou dom Geremias.

 

DICASTÉRIOS

As visitas aos dicastérios também foram momentos importantes. Os bispos estiveram, por exemplo, no Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida; para o serviço do desenvolvimento integral; para a comunicação e para a Promoção da Nova Evangelização.

 

No dicastério para a nova evangelização os bispos discutiram a evangelização nos nossos tempos, sobre a questão das tecnologias, a evangelização da cultura urbana, sobre os desafios que vão aparecendo na juventude, por conta dessa mudança de época. “Um novo jeito de pensar e ser. A comunicação de ponta a ponta é simultânea e instantânea e isso vai gerar um novo modo de nos expressar. Essa é uma questão e um desafio para compreendermos isso cada vez mais”, afirmou o arcebispo de Londrina.

 

EXPERIÊNCIA PESSOAL

A Visita Ad limina representou um passo profundo no episcopado de dom Geremias Steinmetz. Ele não havia participado de uma Visita Ad limina. “É a segunda diocese em que trabalho e não tinha feito Visita Ad limina e parecia uma coisa que estava faltando. Me preparei bastante para essa viagem. Foi, também, uma tentativa de fazer o nosso povo participasse deste momento”, compartilho.

 

Também foi um momento significativo para a Igreja do Paraná. “A gente volta fortalecido, com uma nova energia e ânimo para continuar o nosso trabalho”, afirmou o presidente do Regional Sul 2 da CNBB.

 

A visita é realizada de cinco em cinco anos por todos os bispos do mundo inteiro, divididos por países ou regionais.Apesar de ser prevista no Código de Direito Canônico a cada cinco anos, a última Visita Ad Limina dos bispos do Paraná foi realizada em 2010. Participaram da peregrinação 22 bispos, de 18 dioceses e duas eparquias de rito ucraniano do Paraná.

Aline Machado Parodi
PASCOM Arquidiocesana

 

Fotos: Tiago Queiroz

 

Congregação para os Bispos, Congregação para a Doutrina da fé, Tribunal da Rota Romana, Congregação para a Evangelização dos Povos e o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos foram visitados pelos bispos paranaenses nesta terça-feira

 

Na manhã desta terça-feira, 25 de fevereiro, a Visita Ad Limina dos Bispos do Paraná iniciou com a missa na Capela do Colégio Pio Brasileiro, presidida por Dom Edgar Xavier Ertl, bispo de Palmas e Francisco Beltrão, ladeado por Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e Presidente da CNBB Sul 2, e Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba e vice-presidente da CNBB Sul 2.

 

 

Durante a manhã, os bispos realizaram duas visitas: à Congregação para os Bispos, onde onde Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba e vice-presidente da CNBB Sul 2, proferiu o discurso em nome dos bispos, e à Congregação para a Doutrina da fé, onde quem fez o pronunciamento foi Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e Presidente da CNBB Sul 2.

 

No vídeo a seguir, Dom Celso Antônio Marchiori, bispo de São José dos Pinhais, comenta as duas visitas

 

 

 

Durante a tarde, os bispos podiam escolher entre três lugares de visita: o Tribunal da Rota Romana, a Congregação para a Evangelização dos Povos ou o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos.

No Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Dom Manoel João Francisco, Bispo de Cornélio Procópio e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo da CNBB, proferiu o discurso em nome dos bispos. Ele apresentou um panorama da realidade a respeito dos esforços em favor do Ecumenismo e do Diálogo Inter Religioso, com seus avanços e desafios. A reunião durou pouco mais de 1 hora. “Saímos de lá felizes. Mais conscientes dos passos que estão sendo dados no caminho da comunhão entre as Igrejas e do diálogo com as religiões”, disse Dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá.

No Tribunal da Rota Romana, Dom Carlos José de Oliveira, bispo de Apucarana, foi o responsável pelo discurso. O bispo de Paranavaí, Dom Mário Spaki, contou que puderam conversar, especialmente, sobre os tribunais eclesiásticos presentes nas dioceses, onde chegam os casais em segunda união, para verificar se existem elementos para declarar nulo o primeiro casamento e poder contrair novo matrimônio. “Foi um diálogo bonito, de muito esclarecimento para nós bispos, que precisamos trabalhar com esses casos nas dioceses. Também foi possível tocar com a mão toda a responsabilidade que recai sobre os bispos quando se trata desse assunto tão delicado”, afirmou.

Na Congregação para a Evangelização dos Povos, o bispo responsável pelo discurso foi Dom João Seneme, bispo de Toledo. Essa Congregação está ligada diretamente ao Papa Francisco para facilitar, sobretudo, a evangelização, a propagação da fé. “Eu comentei sobre a crise do ardor missionário, quer seja entre entre os padres, nas congregações religiosas, nas juventudes, e perguntei se há algum programa para fazer suscitar essa chama e esse ardor. E foi lembrado que sem fé não há missão e a fé se faz por atração”, disse Dom Amilton Manoel da Silva, bispo auxiliar de Curitiba e secretário da CNBB Sul 2.

Congregação para a Evangelização dos Povos

Amanhã, penúltimo dia da Visita Ad limina, os bispos visitarão, na parte da manhã, a Congregação para a Educação Católica e o Tribunal da Assinatura Apostólica. À tarde, participarão da Missa de Cinzas presidida pelo Papa Francisco, na Basílica de Santa Sabina.

(Texto, fotos e vídeo: Karina de Carvalho – Assessora de comunicação)

Nesta manhã, dia 24 de fevereiro, os bispos do Paraná tiveram o esperado encontro com o Papa Francisco, no Palácio Apostólico, no Vaticano. Dom Geremias conta sobre os assuntos tratados nas três horas de conversa com o Santo Padre e deixa sua bênção aos fiéis da Arquidiocese de Londrina: “A mesma bênção que nós recebemos há pouco do Papa Francisco eu quero também abençoar a cada um de vocês”.

 

Assista o vídeo:

A audiência com o Santo Padre durou mais de três horas e foi definida como uma “conversa franca e muito bonita”

A Visita Ad Limina Apostolorum do episcopado paranaense entrou na segunda semana de atividades, com o compromisso mais esperado pelos bispos: a audiência com o Santo Padre, o Papa Francisco. No início da manhã dessa segunda-feira, 24 de fevereiro, os bispos celebraram a missa na cripta da Basílica de São Pedro, junto ao túmulo do Apóstolo. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo de Guarapuava, foi o presidente da celebração, ladeado por Dom Bruno Elizeu Versari, bispo de Campo Mourão, e Dom João Mamede Filho, bispo de Umuarama.

Após a missa, os bispos foram chamados para se dirigirem ao Palácio Apostólico. Apesar de faltar mais de uma hora para o horário marcado, o Papa já os aguardava. O encontro, que estava marcado para as 10h30 iniciou às 9h30 e durou mais de três horas. Ao saírem da audiência, os bispos estavam felizes pelo encontro, que foi marcado pela proximidade do Papa como um irmão entre eles. Alguns bispos expressaram o sentimento após o encontro:

“Nós estamos muito felizes, porque tivemos simplesmente três horas com o Papa Francisco nesta manhã. Uma conversa muito franca e bonita, na qual todos os bispos que quiseram, puderam fazer perguntas ao Santo Padre” (Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e Presidente do Regional Sul 2 da CNBB).

“O encontro com o Santo Padre significou para mim, o encontro com a fé, com aquele que, ajudando-nos a discernir, nos faz fiéis à fé em Jesus” (Dom Carlos José de Oliveira, bispo de Apucarana).

“Como sempre, o Papa Francisco foi muito gentil, muito acolhedor. Um momento profundo, no qual o Papa foi um irmão entre irmãos, falando para o episcopado” (Dom Amilton Manoel da Silva, bispo auxiliar de Curitiba e secretário da CNBB Sul 2).

“Posso dizer que foram 3 horas de Pentecostes, de um Cenáculo, de uma explosão de manifestação de Deus naquele encontro. Foi maravilhoso. Saí emocionado, porque foi muito forte” (Dom Mário Spaki, bispo de Paranavaí).

“Algo inexplicável. Uma experiência inédita na vida de qualquer pessoa e para nós, os bispos, mais ainda. Um irmão entre os irmãos” (Dom Bruno Elizeu Versari, bispo de Campo Mourão).

No vídeo, Dom Amilton Manoel da Silva, fala sobre o encontro com o Papa

 

 

No final da tarde, os bispos participaram de uma reunião na residência do Embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Sr. Henrique da Silveira Sardinha Pinto. Dom Antônio Braz Benevente, bispo de Jacarezinho, fez o discurso em nome dos bispos. Em sua fala, Dom Antônio ressaltou a importância do diálogo, em vista de construir a cultura do encontro, como pede o Papa Francisco: “Possibilitar que as relações entre as nações sejam fundadas no diálogo e na Verdade. Neste sentido, os trabalhos realizados pelo corpo diplomático representante das nações soberanas, exerce papel essencial para edificação desta cultura do encontro e da paz”. Após o discurso, os bispos conversaram com o embaixador sobre questões diplomáticas entre a Santa Sé e o Brasil.

Amanhã, na parte da manhã, os bispos visitarão a Congregação para o Clero e a Congregação para a Doutrina da Fé. À tarde, o grupo se dividirá, para visitar: o Tribunal da Rota Romana, a Congregação para a Evangelização dos Povos e o Pontifício Conselho para a promoção da unidade dos cristãos.

Texto e fotos: Karina de Carvalho
Assessora de comunicação

Os bispos realizaram duas visitas pela manhã e celebraram a missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros à tarde

O quarto dia de Visita Ad Limina Apostolorum dos bispos do Paraná iniciou com a oração das laudes na capela do Colégio Pio Brasileiro. Entre as tantas intenções, o episcopado paranaense rendeu graças pelos 21 anos de ordenação episcopal de Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio. A fraternidade entre os bispos tem se manifestado nos momentos de convivência, nas orações, nas partilhas das alegrias e dos desafios da vida e da missão.

Após o café, os bispos fizeram a visita ao Dicastério para a Comunicação, onde foram recebidos pelo Prefeito Paolo Ruffini e seus assessores. Dom Mário Spaki, bispo de Paranavaí e referencial para a comunicação no Paraná, falou em nome dos bispos, apresentando a realidade da comunicação no Paraná, com suas conquistas e desafios. “Falamos sobre todas as rádios que temos no Paraná, todos os meios de comunicação, com os sites, as revistas, os jornais, todas as partes onde é anunciado o Evangelho. Nós temos um conteúdo maravilhoso, que é o Evangelho, e é anunciado em toda parte”, disse dom Mário.

Em seguida, no mesmo prédio, os bispos visitaram o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. Dom Mário Spaki também fez o discurso em nome dos bispos. Segundo ele, esse Pontifício Conselho trata-se de “um grupo que está pensando em como levarmos a evangelização de uma forma bonita e contagiante na nova cultura de hoje”.

No vídeo, Dom Mário faz uma catequese sobre a importância da cidade de Roma para a fé cristã e comenta as visitas deste dia.

 

 

Na parte da tarde, os bispos celebraram a Missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. O bispo de Ponta Grossa, Dom Sergio Arthur Braschi foi o presidente da celebração, ladeado por Dom Antônio Braz Benevente, bispo de Jacarezinho, e Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio. Ao final da celebração, os bispos desceram até o túmulo do Apóstolo Paulo, para um momento de oração, no qual leram um trecho do “Hino ao amor” (1 Cor 13). Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba, fez uma breve reflexão.

Neste fim de semana, 22 e 23 de fevereiro, os bispos tem a agenda livre. Na segunda-feira, 24 de fevereiro, acontecerá o encontro com o Papa Francisco.

Texto, fotos e vídeo: Karina de Carvalho
Assessora de comunicação

Celebração na Catedral do Papa e quatro visitas marcaram o dia do episcopado paranaense

A Basílica de São João do Latrão, conhecida como a primeira Igreja de Roma e a Catedral do Papa, foi o local onde os bispos do Paraná celebraram a missa no início da manhã desta quinta-feira, 20 de fevereiro. Presidida por Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba e vice-presidente da CNBB Sul 2, e ladeada por Dom Volodemer Koubetch, arcebispo metropolita ucraniano, e Dom João Seneme, bispo de Toledo, a missa expressou o amor, a comunhão e a unidade do episcopado paranaense com o Santo Padre.

Ao final da celebração, os bispos gravaram um vídeo com uma mensagem ao povo do Paraná

 

Após a missa, os bispos seguiram para o Vaticano, onde visitaram , primeiramente, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá e Presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia e o Canto da CNBB, proferiu o discurso de apresentação em nome dos bispos.

“Uma coisa foi muito importante: foi valorizada a teologia do Concílio Vaticano II, onde os batizados feito povo sacerdotal celebram e o ministro ordenado serve a esse povo sacerdotal. Liturgia e eclesiologia caminham juntas. Saí muito feliz deste encontro, porque fomos felizes em nossa reflexão e fomos ouvidos e ouvimos e o diálogo fraterno nos impulsionou  a termos mais coragem, disposição, critérios para viver os desafios da liturgia no nosso Paraná”, disse Dom Edmar.

O segundo lugar de visita ficava no andar de cima do mesmo prédio, a Congregação para a Causa dos Santos. Dom Celso Antônio Marchiori, bispo de São José dos Pinhais, foi o responsável pelo discurso. Além de apresentar a realidade da Igreja do Paraná, os bispos tiveram ocasião de conversar com o prefeito para a causa dos santos sobre o processo de beatificação da Madre Leoni Milito, fundadora das Irmãs Claretianas, em Londrina; e também sobre o processo aberto na diocese de Palmas e Francisco Beltrão do Frei Ângelo Carù, da Ordem dos Agostinianos Descalços.

 

Ainda na parte da manhã, os bispos dirigiram-se até o Palácio do Governo do Vaticano, onde visitaram a Secretaria de Estado Segunda Seção, recebidos pelo Cardeal Pietro Parolin. Dom Sérgio de Deus Borges, bispo de Foz do Iguaçu, fez o pronunciamento em nome dos bispos. No vídeo abaixo, Dom Sérgio fala sobre esse Dicastério da Cúria Romana.

 

 

No período da tarde, aconteceu a visita à Congregação para as Igrejas Orientais, onde Dom Volodemer Koubetch, arcebispo eparca, foi o responsável pelo discurso. Ele partilhou sobre a dificuldade de se manter a identidade cristã ucraniana e o senso de pertença às comunidades paroquiais do rito ucraniano.


Dom Volodemer Koubetch

No vídeo, Dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá, faz um resumo sobre as atividades da Visita Ad Limina nesta quarta-feira, dia 20 de fevereiro.

 

 

Amanhã, 21 de fevereiro, pela manhã os bispos visitarão o Dicastério para a Comunicação e o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, à tarde celebrarão a eucaristia na Basílica de são Paulo Fora dos Muros.

Texto, fotos e vídeos: Karina de Carvalho
Assessora de comunicação

Congregação para o Clero, Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e a Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores foram visitadas pelos bispos do Paraná no segundo dia da Visita Ad Limina

O Segundo dia da Visita Ad Limina dos Bispos do Paraná, nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, iniciou com a missa na capela do Colégio Pio Brasileiro. O arcebispo emérito de Maringá, Dom Anuar Battisti, foi o presidente da celebração, ladeado por Dom Edmar Perón, bispo de Paranaguá, e Dom Sérgio de Deus Borges, bispo de Foz do Iguaçu. Na celebração, os bispos renderam graças pelo aniversário natalício de Dom Anuar Battisti.  

Após o café, os bispos se dirigiram até a Congregação para o Clero, localizada próximo à Praça São Pedro, no Vaticano. O bispo responsável pelo discurso foi Dom Walter Jorge Pinto, bispo de união da Vitória e referencial para os presbíteros do Paraná. Em sua fala, Dom Walter recordou a ação evangelizadora: “Cada comunidade uma nova vocação”. “Podemos, hoje, constatar que o envolvimento das comunidades nesta ação está sendo vibrante e tem contribuído para fortalecer uma cultura vocacional, um dos grandes objetivos dessa ação, que envolve o clero e o laicato”, disse Dom Walter.

 

Ao final do encontro, o Arcebispo Secretário para os Seminários, Dom Jorge Carlos Patrón Wong, gravou uma mensagem aos seminaristas, na qual disse: “todos os dias eu rezo diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida, porque tenho vocês queridos amigos sacerdotes do Brasil e seminaristas no coração. Rezem por mim, que eu rezo por vocês. Obrigado”.

 

Mensagem para os padres e seminaristas do Brasil – Dom Jorge Carlos Patrón Wong

 

No mesmo prédio, os bispos seguiram para a Congregação dos Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica, onde foram acolhidos calorosamente pelo cardeal brasileiro, Dom João Braz de Aviz, prefeito da congregação. Devido à proximidade com o prefeito, que também é paranaense, a reunião foi realizada em português, com tradução simultânea para os seus assessores. Dom João, após o encontro falou de sua alegria em receber o episcopado paranaense. “Foi para mim um momento de grande alegria, de gratidão a Deus por rever tantos amigos bispos. Alguns são colegas de muito tempo de trabalho no Paraná, outros foram alunos da gente e fico muito feliz em vê-los trabalhando pela Igreja”, disse Dom João.

 

 

Alguns dos temas abordados no encontro, segundo o Cardeal Aviz, foi o cuidado com  formação na Vida Consagrada; o cuidado com a vida fraterna em comunidade; a reforma da maneira de valorizar a pessoa humana, na questão da sensibilidade, da emoção, da educação afetiva, do respeito pela pessoa; a renovação da relação autoridade e obediência, que é um serviço e também a questão do uso e da gestão dos bens da Igreja. “Foi um momento precioso para nós e para os bispos e que gerou grande alegria para ambos”, afirmou Dom João.   

 

Dom Amilton Manoel da Silva e Dom João Cardeal de Aviz falaram sobre o encontro

 

Na parte da tarde, os bispos visitaram a Pontifícia Comissão para a tutela de menores, onde Dom Meron Mazur, bispo Eparca, realizou o discurso em nome dos bispos.

À noite, os bispos foram recepcionados para o jantar na casa da “Obra da Igreja”. Instituto que oferece o translado aos bispos durante toda a Visita Ad Limina. Um momento de confraternização, gratidão e contato com essa obra que tem por missão servir a Igreja e seus pastores. 

 

No vídeo, Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e Presidente do Regional Sul 2 da CNBB, faz um balanço dos dois primeiros dias da Visita Ad Limina.

 

Amanhã, a agenda de atividades dos bispos será aberta com a Missa na Basílica de São João de Latrão, presidida por Dom José Antônio Peruzzo. Em seguida, visitarão a Congregação para ao Culto Divino e a Disciplina dos Sacramnetos, a Congregação para a Causa dos Santos, a Secretaria de Estado e Segunda Seção e a Congregação para as Igrejas Orientais. 

Texto, fotos e vídeos: Karina de Carvalho
Assessora de comunicação

Celebração na Basílica de Santa Maria Maior e visita a dois Dicastérios e um Tribunal marcaram o primeiro dia de Visita Ad Limina dos Bispos do Paraná

Os bispos do Paraná abriram a agenda de atividades neste primeiro dia da Visita Ad Limina Apostolorum com uma missa na Basílica de Santa Maria Maior às 7h30. Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e presidente do Regional Sul 2 da CNBB, presidiu a celebração, que aconteceu numa das capelas laterais da imensa basílica. Em sua homilia, Dom Geremias recordou a importância deste lugar sagrado que é a primeira basílica do Ocidente dedicada à Nossa Senhora, construída no ano de 432 d.C., um ano após ser proclamado o dogma da Maria Mãe de Deus (Theotókos), no Concílio de Éfeso.  

“Por esse motivo ela é a maior igreja mariana de Roma. É uma das quatro basílicas romanas que nós iremos visitar e celebrar nesta Visita Ad Limina. Que nós possamos colocar nesta peregrinação pelas basílicas tudo aquilo que nós vivemos como Igreja, colocar tudo nas mãos de Nossa Senhora, que sempre nos acompanha”, disse Dom Geremias.

Após a celebração, os bispos seguiram para o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, onde foram acolhidos pelo Card. Kevin Farrell e sua equipe. O bispo de Campo Mourão, Dom Bruno Elizeu Versari, que é referencial para a Pastoral Familiar no Paraná e membro da Comissão Episcopal Vida e Família da CNBB, fez o discurso de apresentação do Regional Sul 2 da CNBB. “Falei da preocupação com a evangelização em relação a família e de quanto bem os leigos tem feito na missão de evangelizar nas comunidades, nas paróquias, como fazem frente a esse grande desafio quer seja nas pastorais, quer seja nos serviços à Igreja”, afirmou Dom Bruno.

O Dicastério do Serviço de Desenvolvimento Integral, localizado no mesmo prédio, foi o segundo lugar de visita dos bispos. O discurso de apresentação foi proferido por Dom Francisco Cota de Oliveira, bispo auxiliar de Curitiba, referencial para as pastorais sociais no Paraná e membro da Comissão Episcopal da Ação Sóciotransformadora da CNBB. Dom Francisco destacou o trabalho realizado pelas várias pastorais sociais do Regional Sul 2.

Por fim, já no final da manhã, os bispos se dirigiram para o Tribunal da Penitenciaria Apostólica, o departamento da Igreja que cuida, especialmente, da questão das indulgências. Dom Sergio Braschi, bispo de Ponta Grossa, foi o responsável pelo discurso de apresentação. “No meu discurso, eu sobretudo agradeci, pois nos últimos anos a penitenciaria apostólica tem concedido muitas graças a toda comunidade brasileira e no mundo inteiro. É algo muito particular, que não se refere somente a nossa região, mas a dimensão universal da Igreja”, afirmou Dom Sergio.  

No final da tarde, os bispos realizaram uma reunião para tratar de assuntos da caminhada da Igreja do Paraná, como a Missão São Paulo VI na África e outros eventos programados em nível regional. No dia de amanhã, 19 de fevereiro, os bispos celebrarão a eucaristia na capela do Colégio Pio Brasileiro e visitarão a Congregação para o Clero, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica e a Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores.

Texto e fotos: Karina de Carvalho
Assessora de comunicação

Segue ao longo de 2020 a visita ad limina apostolorum da Conferência Episcopal do Brasil ao Vaticano. Depois dos bispos do regional centro-oeste, que já estiveram com o Papa essa semana, na próxima segunda-feira, 17, será a vez dos bispos do Paraná visitarem o Vaticano e se reunirem com o Pontífice. Eles ficarão 12 dias em Roma.

Quem conduzirá os bispo do Regional Sul 2 da CNBB é o presidente do grupo, Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina. Esta será a primeira vez dele em uma visita ad limina, já que foi nomeado bispo meses após a última visita, realizada em novembro de 2010. “Para mim é uma novidade, será um grande prazer”, revela.

Dom Geremias explica o que é e como é realizado este momento de visitação: “A Visita ad Limina Apostolorum é uma visita que os bispos são convidados a fazer a cada cinco anos em Roma. É uma visita ao Santo Padre e a outros dicastérios e congregações que sejam do interesse do episcopado. É uma visita obrigatória, todos os bispos fazem”.

O arcebispo esclarece que faz 10 anos que os bispos do Brasil não realizam esta visita devido a mudanças no papado ocorridas após a renúncia de Bento XVI e a eleição de Francisco. “Em 2013 o Papa Bento XVI renunciou, e a última visita havia sido feita em 2010. Depois veio o Papa Francisco com suas ocupações e uma agenda muito lotada e então ele não pôde iniciar as visitas pastorais. Então, agora, em 2020, tudo foi pensado e planejado para irmos até lá. Todos os bispos do Brasil farão essa visita no ano de 2020”.

 

Encontro com o Papa
O encontro com o Papa Francisco, a passagem pelos Sepulcros de São Pedro e São Paulo, pelas quatro basílicas principais de Roma e pelos diversos departamentos da administração central da Igreja fazem parte da programação da visita. Sobre o encontro com o Santo Padre, Dom Geremias comenta que é um dos pontos altos das atividades que serão realizadas pelos bispos do Regional Sul 2 da CNBB.

Para o arcebispo de Londrina, é muito bom poder conhecer, cumprimentar e estar com o Pontífice. “Ele é a cabeça da Igreja. (…) É uma pessoa muito agradável. Então essa visita traz o sentido de unidade do Papa com os bispos do mundo inteiro. Também é uma oportunidade de podermos ouvi-lo, fazer perguntas, para que ele possa responder de modo mais livre, sem tanto aparato teológico que seus pronunciamentos precisam ter. Esperamos que o momento dure aproximadamente duas horas”, contou.

É tradição que os bispos sejam recebidos pelo Papa e um cardeal, explica Dom Geremias. O arcebispo de Londrina afirma que na sequência uma apresentação é feita pelo cardeal que acompanha o grupo – com duração de 7 a 10 minutos –, que coloca o Santo Padre a par de quem são os bispos presentes na visita. Como presidente do Regional Sul 2 da CNBB, Dom Geremias também fará uso da palavra.

“Falarei sobre três pontos: primeiro irei agradecê-lo pelos documentos que publicou e que tanto têm iluminado o caminho da Igreja, principalmente na América Latina, e também por seu magistério, que tem sido de grande valia. Depois colocarei os positivos e avanços da Igreja no Brasil e em sequência explanarei sobre os pontos negativos, o que prejudica o trabalho da Igreja”. Sobre os pontos negativos, Dom Geremias esclareceu que não levará fofocas, mas questões culturais e reais que se apresentam na realidade da Igreja, como a cultura urbana, individualista e erotizada vivida no mundo atual. “Tudo isso fará com que ele reflita junto conosco”, complementou.

 

Visita aos túmulos de São Pedro e São Paulo e aos Dicastérios Vaticanos
Durante sua estadia em Roma, os bispos do Regional Sul 2 da CNBB passarão pelos túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo. Os apóstolos são, para Dom Geremias, uma inspiração. “Entregaram suas vidas, mesmo que de forma diferente, como mártires, por causa da fé em Jesus Cristo. Pedro e Paulo têm uma grande importância na constituição da Igreja institucionalizada, ou seja, a Igreja enquanto instituição (que tem sua doutrina, orientações, organização no mundo inteiro)”.

 

Momento de Unidade
A Visita Ad Limina Apostolorum é um momento de ser Igreja e seu resultado será a unidade, afirma o arcebispo de Londrinha. “Somos igreja e queremos caminhar em unidade, queremos caminhar com o Santo Padre e ele certamente quer nos orientar. É um momento eclesial, mas também de cultura e encontro. Levaremos notícias da Igreja no Paraná para que o Papa saiba, conheça, e para que nós, apesar da distância do centro da cristandade (Roma), conheçamos sempre o que ele fala, o que ele pensa, para nos orientar na missão pastoral”, complementou.

O presidente do Regional Sul 2 da CNBB destacou, de modo particular: “É o momento de dizer claramente que estou com a Igreja, quero caminhar com ela, estou com o Papa e quero caminhar com ele”.

Julia Beck
Canção Nova

Foto destaque: Dom Geremias Steinmetz/Catedral de Londrina

Uma missa com a comunidade do Pontifício Colégio Pio Brasileiro marcou o início da Visita Ad Limina Apostolorum dos bispos do Paraná, que seguirá até o próximo dia 27 de fevereiro. A celebração foi presidida Dom Amilton Manoel da Silva, bispo auxiliar de Curitiba e secretário do Regional Sul 2 da CNBB, ladeada por Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e  presidente do Regional Sul 2, e Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba e vice-presidente do Regional Sul 2, concelebrada pelos demais bispos do Regional e os padres do colégio.

Durante os dez dias em Roma, os bispos ficarão hospedados no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, residência de padres brasileiros que vem para fazer especializações, mestrado ou doutorado em Roma. No início da missa, padre Geraldo Maia, reitor do Colégio, deu as boas-vindas aos bispos e padres do Paraná e apresentou a comunidade, que hoje tem 71 padres residentes, sendo 69 brasileiros e 2 de Cabo Verde.

“Para o nosso Colégio é muito importante acolher os bispos que vem para a Visita Ad Limina. Aqui passaram muitos padres que hoje são bispos, além disso, é um lugar especial pois acolhe padres que se aprimoram nos estudos e depois vão dar grande contribuição nas dioceses, sendo reitores de seminário, professores nas universidades e outras atividades. Essa relação de sintonia com os bispos é muito importante”, disse Pe. Geraldo.

Em sua homilia, Dom Amilton disse que a Visita Ad Limina é um grande sinal de Deus para todos e isso tem sido manifestado pela proximidade do povo com orações e manifestações de apoio. “Essa Visita deixa visível o grande sinal da colegialidade apostólica. Aqui estamos nós, pastores de um povo, em unidade com o pastor maior, o Papa. É um tempo de avaliação e também de nos fortalecer para continuar esse caminho de sinodalidade, proposto, sobretudo pelo Concílio Vaticano II, e para o qual o Papa Francisco tanto tem insistido”, disse Dom Amilton.   

Após o jantar, os bispos realizaram uma breve reunião para organizar as questões práticas desses dias de trabalho. Amanhã, 18 de fevereiro, a primeira atividade será a missa na Basílica de Santa Maria Maior, presidida pelo presidente do Regional Sul 2, Dom Geremias Steinmetz.

Texto e fotos: Karina de Carvalho
Assessora de Comunicação