Investimento de R$ 2,3 milhões do governo do Estado vai modernizar  mais de 50% do Hospital

A Santa Casa de Londrina entregou no início de novembro as obras de reforma de 15 leitos de UTI adulto. Com isso, praticamente metade do total de leitos de terapia intensiva do Hospital foi modernizado. Os outros 21 leitos de UTI entram em obras logo na sequência, assim que os pacientes forem transferidos para os novos leitos.

A reabertura depois de seis meses de obras, contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto. Esta é a primeira etapa das reformas da Santa Casa com verba de R$ 2.326.000,00 do governo do Estado.  Desse total, R$ 1.780.000,00 são para obras estruturais e R$ 546 mil para aquisição de equipamentos e mobiliários.

Os recursos vão possibilitar a readequação de cerca de 3.000 m² de área física do Hospital, incluindo todos os 36 leitos de UTI e 60 dos 155 leitos de internação. Entre os equipamentos e mobiliários estão mesas e focos cirúrgicos, camas hospitalares e equipamentos para o laboratório de análises clínicas do Hospital.

No começo do ano, ficam prontos 30 leitos de internação que já estão em obras. A previsão é que toda a reforma seja concluída ainda no primeiro semestre de 2018. Essa é a segunda grande reforma do Hospital desde a abertura do prédio há mais de 70 anos. A última foi em 2002.

“A gente precisa modernizar as instalações e qualificá-las de acordo com as exigências da Vigilância Sanitária”, afirmou o superintendente da Iscal (Irmandade da Santa Casa de Londrina), Fahd Haddad. “Essa ajuda do governo do Estado veio no momento certo”, destacou. Segundo Haddad, esta reforma representa mais de 50% das áreas destinadas ao atendimento direto ao paciente.

“Tão importante quanto investir em novos acessos é qualificar leitos já existentes e estratégicos como os da Santa Casa”, afirmou o secretário de Estado da Saúde,  Michele Caputo Neto. A Santa Casa é um hospital de alta complexidade e, de acordo com o superintendente, destina mais de 70% dos atendimentos a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).

A modernização das UTIs também tem recursos do governo Federal. Os ventiladores pulmonares foram adquiridos com verba de do Ministério da Saúde através de emenda parlamentar. Foram 43 respiradores – 32 para Santa Casa e 11 para o Hospital Infantil, unidade pediátrica da Iscal.

Honraria – Em reconhecimento ao “relevante trabalho pela saúde do Paraná”, a diretoria da Iscal concedeu ao secretário Michele Caputo Neto, a Comenda Saúde Iscal. A honraria, de acordo com Haddad, foi instituída na década de 1990 em comemoração aos 50 anos do Hospital.  

Edmara Michetti
Assessoria de Comunicação | ISCAL

Fotos: Elvira Alegre

Setembro verde

Uma super-heroína, auto-intitulada a ‘Super-Doadora’, é o centro do Setembro Verde nos hospitais da ISCAL (Irmandade da Santa Casa de Londrina). Incansável pelos super-poderes, ela é sucesso certo por onde passa, chamando a atenção de funcionários, visitantes e pacientes para a doação de órgãos. Posando para foto e descontraindo o ambiente, ela vai dando o recado: “Seja você também um super-herói para um dos 32 mil brasileiros que aguardam por transplante. Diga sim à doação”.

Ela é Telma Paula dos Santos, técnica de segurança do trabalho da Iscal, e sempre que a agenda permite, tem a companhia de Roger Necchi. Consultor de mercado, autônomo, Necchi se voluntariou pela causa na Iscal e dá vida ao “Super Doador”. A imagem dos dois também está estampada em portas e janelas dos três hospitais da Iscal e também em painéis para fotos, ao lado de mensagens de incentivo de transplantados e doadores.   

Os super-doadores têm o recado na ponta da língua: “Para ser doador precisa conversar com a família”. As enfermeiras da CIHDOTT (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) da Iscal, alertam que a decisão de doar ou não os órgãos de alguém no momento da morte é da família. A inscrição que muitos têm em documentos perdeu a validade. “O sim para a doação é mais fácil quando a família sabe o desejo do ente que morreu”, argumenta a coordenadora da CIHDOTT, Flávia Bussolo.

436 pacientes tiveram uma segunda chance ao receber um transplante na Santa Casa de Londrina, Mater Dei ou Hospital Infantil. Desses 379 receberam um novo rim e 57 receberam um novo coração. O primeiro transplante na Iscal foi de rim, em 1985. Os transplantes cardíacos começaram em 1994. A Santa Casa é o único hospital do norte do Paraná autorizado pelo Ministério da Saúde para a realização de transplantes cardíacos e único em Londrina a realizar transplante de dois órgãos sólidos.

Edmara Michetti
Assessoria de Comunicação | ISCAL