Retiro anual reuniu 11 comunidades do Núcleo de Londrina e abordou também a evangelização durante a pandemia, necessidade de comprometimento maior com os Sacramentos e a criatividade para se chegar às pessoas pelos meios digitais

 

Cerca de 150 membros de dez Novas Comunidades (NC) da Arquidiocese de Londrina participaram nos dias 28 e 29 de agosto, do Retiro Anual das Comunidades, realizado de forma híbrida, devido às restrições da pandemia. Uma parte participou na Capela Sagrada Família (no Jardim São Fernando), que pertence à Paróquia Santa Rita de Cássia, Decanato Leste, e os demais acompanharam pelo Youtube.

 

Na capela, os membros se revezaram nos vários momentos e puderam aproveitar melhor as formações e duas missas presenciais presididas pelo padre Arlon Cristian, da Comunidade Canção Nova (SP) – convidado para o retiro – e pelo padre Edivan Santos, assessor do Núcleo das NC da Arquidiocese.

 

Integram hoje o Núcleo Arquidiocesano de Londrina 11 comunidades: Missão Filhos de Maria, Santa Edwiges, Cefas, Santa Rita de Cássia, Filhos da Luz (Rolândia), Sara a Tobias, Javé Chamá (Ibiporã), além do segundo elo da Canção Nova e a Obra da Comunidade Shalom. Este ano, duas novas comunidades ingressaram: “Casa do Oleiro” e “Kairós”.

 

O retiro trouxe reflexões sobre a evangelização durante a pandemia, a criatividade para se chegar às pessoas também pelos meios digitais, o comprometimento dos membros em meio ao distanciamento das pessoas dos Sacramentos, causado em parte pela pandemia, e abordou também a vida do missionário em suas comunidades. Padre Arlon ressaltou a importância do carisma e de se cumprir as “Regras de Vida” de cada uma, sem se desviar delas. “Meu carisma e as minhas regras de vida são a porta para que eu chegue ao céu”, enfatizou.

 

NOITE DE ORAÇÃO PARA CASAIS

Aproveitando sua presença em Londrina, a Comunidade Sara e Tobias (que trabalha com casais) convidou padre Arlon para falar na Noite de Oração mensal, no dia 28 de agosto, realizada no espaço Dom Bosco, da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, e também transmitida pelas redes sociais. Arlon falou sobre as peculiaridades e a beleza da vocação matrimonial, as diferenças inerentes ao homem e à mulher e que é preciso estar atento para a história de vida que cada um traz do período anterior ao casamento, para não dificultar a vida a dois. Conhecer melhor para melhor amar o outro.

 

MOMENTOS DO ENCONTRO (Padre Arlon):

1. OS TALENTOS QUE DEUS DÁ A CADA UM – A liturgia do dia 28/8 chamava a atenção para a Parábola dos Talentos: “A primeira coisa é pensar que não temos talentos iguais. A analogia de que somos uma ‘companhia de pesca’ ajuda muito… Um joga as redes, outro limpa o peixe, o outro vende o peixe. Cada um tem um talento, que não é maior, nem menor que outro. Nas Novas Comunidades todos temos um dom para ser colocado a serviço: o de cozinhar, acolher, falar, ouvir, servir, interceder, ajudar os outros por meio da música, da palavra… Quando vivemos esses dons juntos, somos uma comunidade. Que as nossas comunidades possam viver essa graça. Primeiro de entender que o talento é de Deus! Os santos tinham isso muito claro dentro deles. Saber que é Deus quem faz e nós somos apenas canais”.

 

2. JESUS É O PADRÃO, É O NOSSO MODELO – “Quando trabalhei na Terra Santa, eu tinha um amigo, o Frei Pascoal, que tinha uma cruz muito grande no peito e nessa cruz havia as seguintes iniciais: ‘O que Jesus faria no meu lugar, agora’. Isso é colocar Jesus como padrão. Se alguém me machuca, se alguém me decepciona, eu normalmente quero ignorar, quero ser indiferente, mas o que Jesus faria no meu lugar nesse momento? Ele perdoaria, amaria… Esse deve ser o nosso padrão como consagrados de uma comunidade: não é o que eu penso, o que eu quero ou o que eu devo fazer… E sim o que que Jesus faria no meu lugar nesse momento”.

 

3. É PRECISO SER SANTO, NO NOSSO INTERIOR – o Evangelho do dia 29/8 falava da lei nova, comparada à antiga: “Eu preciso ser santo, a partir do meu interior, e não fazer coisas exteriores, como julgavam os fariseus. Os judeus podiam fazer coisas boas, mas terem más intenções. Jesus nos chama a essa interioridade: quando de dentro saem coisas boas, com certeza há santidade nas ações. Então, é necessário haver essa união entre o ‘ser’ e o ‘fazer’. Entre o ser bom e o testemunhar isso. Peço a bênção do Deus todo poderoso a todos os consagrados, àqueles que dão as suas vidas por Deus, principalmente aqueles anônimos, que ninguém conhece, mas que estão ali e fazem parte dessa obra de Deus, desse grande jardim de flores, que é a Igreja!”, finalizou padre Arlon.

 

Jaime Kaster
Comunidade Sara e Tobias

O mês de setembro é especial para os membros consagrados da Comunidade Missão Filhos de Maria. No dia 15 celebra-se a Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da comunidade, ocasião na qual é realizado o retiro anual de consagração e renovação dos votos de consagração, e no dia 23, São Pe. Pio de Pietrelcina, patrono desta obra de evangelização.

 

No último domingo, dia 13 de setembro, vários membros consagrados puderam renovar os seus votos de consagração e também a missionária Maria Lucia Caleffi de Jesus deu o segundo passo de consagração no caminho formativo da comunidade recebendo o segundo sinal visível, durante missa solene presidida pelo Pe. Antônio Golfeti, pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua, no Jardim Messiânico, Decanato Oeste.

 

Rosangela Camargo Goanais, fundadora da comunidade, explicou que cada membro tem seu chamado particular como cristão batizado. “Um chamado feito por Deus e eleitos por Nossa Senhora das Dores”, lembrando sobre o chamado que Deus a fez para fundar a comunidade.

 

Jefferson de Almeida, membro consagrado da comunidade, explica que a renovação dos votos foi um momento de agradecer a Deus pela vocação e missão confiada por Deus para a Comunidade. “A renovação dos votos é uma aliança infindável do amor Divino comigo e com os meus irmãos de Comunidade, completa.

 

A Comunidade Missão Filhos de Maria existe há 8 anos com o carisma de viver e propagar a devoção a Nossa Senhora das Dores, as Sete Dores de Nossa Senhora e os atendimentos de oração. Atualmente a comunidade realiza os trabalhos pastorais e sociais junto à Paróquia Santo Antônio de Pádua, Decanato Oeste.

 

O Pe. Antonio Golfeti, pároco e presidente da celebração ressaltou em sua homília a importância de ser fiel e do compromisso da aliança que se firma com o próprio Cristo e Nossa Senhora das Dores ao se consagrar.

 

Novas comunidades

Os membros das Novas Comunidades são leigos que consagram suas vidas a Deus, assumindo na promessa de consagração obrigações como as regras de vida e os estatutos. Eles devem permanecer como leigos empenhados nos valores seculares próprios e peculiares do laicato, através da consagração.

 

Cleverson Pavaneli
Comunidade Missão Filhos de Maria

Membros das comunidades de aliança da Arquidiocese tiverem formação focada no carisma e nas regras de vida de cada uma

 

Às vésperas da festa de Pentecostes, cerca de 300 membros de dez comunidades de aliança do Núcleo das Novas Comunidades (NC) da Arquidiocese de Londrina se reuniram nos dias 25 e 26 de maio, para o Retiro Anual das NC, que este ano teve como formadora a missionária da Comunidade Canção Nova (SP), Marelena Cardoso Ribeiro. Ela integra o Conselho Geral da instituição, fundada em Cachoeira Paulista, em 1978, tendo sido a primeira das NC implantadas no Brasil. As novas comunidades são um sopro do Espírito Santo a que o papa João Paulo II chamou de “umas das primaveras da Igreja”.

O retiro foi realizado na Capela Sagrada Família, localizada no Jardim São Fernando (Londrina), que pertence à Paróquia Santa Rita de Cássia, cujo pároco é o padre Edivan Santos, assessor arquidiocesano do Núcleo das NC. Além de ser uma oportunidade para se encontrarem e trocarem experiências, o retiro anual tem como foco principal a formação e a renovação do compromisso de cada consagrado em torno do carisma específico da sua comunidade, que deve ser colocado sempre a serviço da Igreja.

Foi uma oportunidade de reflexão e de tomada de consciência sobre o perfil que deve ter um consagrado de comunidade de aliança, que é o caso das comunidades que integram o Núcleo de Londrina (a outra modalidade são as comunidades de vida, quando os integrantes passam a viver juntos e não exercem uma profissão fora do local de missão). Já os consagrados de aliança precisam aliar a sua missão com a vida em família e a vida secular, ou seja, o seu dia a dia e a atividade profissional, porém mantendo a obediência ao carisma e às regras de vida.

As comunidades ligadas ao Núcleo presentes ao retiro foram: Santa Edwiges, Filhos da Luz (Rolândia), Santa Rita de Cássia, Missão Filhos de Maria, Cefas, Sara e Tobias, Javé Chammá (Ibiporã), Obra Shalom, Dom de Deus e Pescadores de Homens. Todas são ligadas a uma ou mais paróquias da Arquidiocese.

 

Confira os depoimentos de lideranças sobre o retiro:

 

Comunidade Sara e Tobias
“O encontro foi uma grande graça para os membros das comunidades católicas de Londrina e, de modo especial, para a Comunidade Sara e Tobias. Participamos com os membros consagrados e também enviamos casais que estão fazendo o caminho vocacional. Para os consagrados, foi ocasião privilegiada de refletir sobre a responsabilidade que temos com o carisma que nos foi confiado. E para os do caminho vocacional, foi importante para entenderem a missão e a identidade das novas comunidades católicas, além de ajudar no discernimento de cada casal sobre sua vocação como Sara e Tobias. Além disso, foi um momento de unidade, no qual o Espírito Santo gerou comunhão entre os membros das Novas Comunidades.”
(Ronaldo e Márcia Paiva, casal fundador – Comunidade Sara e Tobias)

 

Comunidade Cefas
“Fiquei imensamente consolada com o encontro de formação, especialmente com a fundamentação das palestras realizadas pela consagrada da Canção Nova. Uma fala embasada nos documentos da Igreja, com profundidade e discernimento, considerando a realidade do leigo, as necessidades da Igreja, o compromisso necessário a um consagrado de comunidade e, principalmente, a exortação quanto ao envolvimento que todas as comunidades devem ter com suas paróquias. Sempre digo que a Cefas não seria a Cefas (com toda sua identidade) se não tivéssemos surgido da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Somos fruto dessa realidade paroquial e permanecemos nela. Além disso, a palestrante reforçou questões fundamentais para o dia a dia de uma comunidade. Diante do acesso facilitado a tantas fontes seguras de estudo e informação, como o próprio site do Vaticano, não há mais espaço para discursos imperativos e impositivos, diante de um papa que vem dando lições, com a própria vida, de humildade e misericórdia. O que tivemos neste encontro de formação foi uma aula de discernimento, coerência, unidade com a Igreja e unção.”
(Angela Tait – fundadora da Comunidade Cefas)

 

Javé Chammá
“O encontro foi imensamente produtivo, em todos os aspectos. Iniciando-se pela acolhida da paróquia, que com carinho e dedicação, nos proporcionou a sensação de estarmos em casa ou na nossa própria paróquia. O convívio com outras comunidades nos fez entender e a valorizar cada comunidade, cada carisma, entender que fomos escolhidos por Deus. Quanto à condução proporcionada pela missionária da Canção Nova, com conhecimento da palavra e principalmente, testemunhos, serviu para nos animar, nos colocar no caminho e nos ajudar a compreender o valor e importância da regra de vida e o quanto ela nos aproxima de Deus, da comunidade e nos entrelaça para cumprirmos a vontade de Deus. Cremos que o mais importante para nós foi entender que os membros servem ao mesmo carisma e propósito e todos devem se dedicar ao máximo pela comunidade e pela Igreja, mas cada um a seu tempo e da sua forma e devemos respeitar isso.”
(Flávio – membro da Comunidade Javé Chammá, de Ibiporã)

 

Dom de Deus
“Foi muito proveitoso o encontro e a pregadora conseguiu transmitir seu recado de forma clara, nos levando a reflexões profundas com relação ao nosso chamado e vocação. Para os membros de nossa comunidade, foi uma experiência nova ter participado pela primeira vez, podendo conhecer outros carismas de nossa Arquidiocese. ‘Oh, como é bom e agradável para irmãos unidos viverem juntos’ (Salmo 132,1).
(Marcelo Cerqueira Lima – fundador da Comunidade Dom de Deus)

 

Obra Shalom em Londrina
“A cada ano que passa o Retiro das Novas Comunidades vai estreitando os caminhos ao chamado a uma vocação, ao um carisma específico, dentro da Santa Mãe Igreja, na qual já podemos ver o florescer desta “nova primavera” na Arquidiocese de Londrina. A cada retiro, esse “jardim das Novas Comunidades” vem tomando cor e forma, cada um com seu carisma, seu jeitinho, suas regras de vida… De tudo que vivemos neste retiro é importante que tenhamos clareza da espiritualidade e as regras do carisma ao qual fomos chamados, para que possamos viver bem nossa vocação, pois só assim poderemos florescer e dar frutos. Frase marcante que ficou: ‘Se eu não ocupar o lugar que Deus me deu, ele ficará vago, pois Deus não substitui as pessoas. Habite o lugar em que Deus te plantou!”
(Kathia Santos – coordenadora da Obra de Difusão da Shalom)

 

Comunidade Santa Edwiges
“O encontro foi de grande importância, pois a pregadora soube compartilhar a sua experiência na sua comunidade, tanto na formação quanto na espiritualidade. Estes encontros tem sido também um momento único de fraternidade e partilha entre as comunidades.”
(Lucas Apolo de Carvalho – consagrado da Comunidade Santa Edwiges)

 

Comunidade Filhos de Maria
“Pudemos ver grandes ações de Deus, manifestando-se no nosso carisma, em nós como consagrados. A cada partilha e oração sempre encontramos e vimos um agir e Nossa Senhora instruindo os caminhos que vamos trilhar. E também alguns pontos que precisamos melhorar e intensificar as orações para que Deus venha em nosso auxílio no processo de construção da comunidade. Ter o testemunho da vivência e experiência desta missionária da Canção Nova reacendeu a certeza do chamado à vida em comunidade.”
(Rosangela Camargo Goanais – fundadora da Comunidade Filhos de Maria)

 

Comunidade Santa Rita de Cássia
“O encontro foi maravilhoso em todos os aspectos, surpreendente. O local, as músicas que, para mim em especial, remeteram ao início da minha caminhada, as orações, a pregadora, que tranquilidade, serenidade e docilidade nos fez rever muitas coisas em nossa comunidade. Com tudo que conseguimos coletar, nos fez questionamentos e gerou em nós muita reflexão. Em suma, foi um ótimo crescimento para nós e creio os frutos já estão visíveis na Comunidade Santa Rita de Cássia. Nosso especial agradecimento ao Núcleo, pelo empenho e dedicação. Deus lhes pague. Que venha 2020!”
(Fabiano Pires – fundador da Comunidade Santa Rita de Cássia)

Jaime Kaster
Comunidade Sara e Tobias

 

 

Fotos Jaime Kaster