Assembleia Geral dos ramos carismáticos no final de semana, 7 a 9 de setembro, reuniu pessoas de diversos países onde a missão está presentes
A Congregação das Irmãs Missionárias Claretianas celebrou no final de semana a terceira Assembléia Internacional dos ramos carismáticos da congregação, o ICLEM (Instituto Claretiano de Leigos Missionários) e a FEC (Fraternidade Eclesial Claretiana). A assembleia é realizada a cada dez anos e neste ano marca a comemoração dos 25 anos da fundação dos dois grupos. A Congregação das Claretianas foi criada em Londrina por dom Geraldo Fernandes e Madre Leônia Milito e neste ano completou 60 anos.
Os grupos de leigos claretianos vivem o carisma e a vocação da congregação no próprio ambiente onde estão inseridos, seja na família, no trabalho ou na sua paróquia. “O carisma é comum, e eles assumiram para viver do modo deles, na identidade deles essa vocação missionária”, explica a supervisora geral das claretianas, irmã Dulcinéa Ribeiro de Almeida .
Mais de 100 pessoas participaram da assembleia representando grupos de leigos de diversos estados do Brasil e também da Argentina, Chile, Itália e Costa do Marfim, na África. O tema do encontro convidou à reflexão do Ano do Laicato: “sal da terra e luz do mundo” (Mt. 5, 13), discípulos de Jesus Missionário e Redentor em uma Igreja em saída. Além de avaliar a caminhada, o encontro também tem o objetivo de se projetar para o futuro.
A assembléia teve início com a Santa Missa presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz na sexta-feira, dia 7 de setembro, pela manhã. Na sexta-feira, foi realizada a Noite Cultural, momento em que os grupos apresentaram um pouco da sua realidade e trabalho. Durante os outros dias, tiveram palestras, formações, orações e visitas aos locais históricos da congregação.
Para a supervisora geral, a celebração dos 25 anos dos ramos carismáticos é sinal de fecundidade do carisma missionário de Madre Leônia e dom Geraldo.
“Nos reunirmos significa vivermos juntos uma vocação missionária, que é a mesma para todos, mas cada um é chamado a viver dentro da sua identidade. É uma alegria muito grande porque a gente vê a fecundidade, grupos que nasceram ao lado das irmãs em diversos lugares e que partilham uma vocação comum. A missão é diferenciada, seja porque são leigos, seja consagradas, seja porque vivemos em realidade diferentes. H á uma comunhão muito grande, não é uma comunhão de simpatia, mas uma comunhão espiritual”, explica a irmã.
FEC
A Fraternidade Eclesial Claretiana (FEC) foi criada no Chile em 9 de fevereiro de 1993, como uma forma de leigas se consagrarem e viverem o carisma das missionárias claretianas mas na própria família, inseridas na sociedade. As consagradas se ocupam de trabalhos profissionais comuns, mas fazem os votos de pobreza, obediência e caridade.
“Celebrar 25 anos é uma alegria, chegamos à fase adulta. E estamos celebrando mais ainda porque estamos na casa de origem, junto com as nossas mães. O arcebispo dom Geremias foi muito feliz quando na Missa nos chamou todos de ‘claretianos’, é assim que a gente se sente”, destaca a coordenadora geral da FEC, Luci Cleide da Silva, de Palmeira dos Índios (AL).
ICLEM
O Instituto Claretiano de Leigos Missionários (ICLEM) surgiu em Londrina em 8 de dezembro de 1993 por iniciativa do professor José Garcia Gonzales Neto e de um grupo de pessoas que, conhecendo a obra de Madre Leônia Milito e dom Geraldo Fernandes, solicitaram a permissão para viver os valores essenciais do carisma dentro de suas famílias.
Professor Garcia esteve na assembleia e contou sobre a inciativa de criar o ICLEM. No final da década de 1980, ele foi pela Madre Tarcísia, superiora na época, a escrever um livro contando a história da congregação. Durante os três anos de pesquisa, ele se encantou pela congregação e conversando com as irmãs, decidiram fundar um ramo leigo da congregação. “Aí foi se espalhando por toda parte. Onde as irmãs têm casa, elas levam [o instituto]. É uma grata satisfação participar desta comemoração de 25 anos”, conta o professor.
Juliana Mastelini Moyses
Arquidiocese de Londrina
Fotos: Ir. Mariza Rosseto MC/AGMSAMC