O arcebispo dom Geremias Steinmetz publicou nesta sexta-feira, 9 de junho uma nota de esclarecimento sobre o “Santuário São Bento” e o padre Pedro Henrique de Souza Batista.

Leia na íntegra:


NOTA DE ESCLARECIMENTO

CONSIDERANDO que têm chegado à Cúria Metropolitana de Londrina diversos pedidos de esclarecimentos acerca do padre Pedro Henrique de Souza Batista e do “Santuário São Bento” em Londrina, a Arquidiocese de Londrina ESCLARECE aos fiéis Católicos e a sociedade em geral o quanto segue:

  1. O padre Pedro Henrique de Souza Batista não é padre da Arquidiocese de Londrina, não pertence à Igreja Católica Apostólica Romana;
  2. O referido é padre ortodoxo e pertence à Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia no Brasil, uma denominação cristã oriental autocéfala que não está em comunhão com o Santo Padre, o Papa Francisco e com este Arcebispado. Em um esclarecimento por ele mesmo dado nas mídias sociais, afirma ser “padre ordenado da Igreja Católica Ortodoxa”;
  3. Tal Igreja se autocompreende a partir de duas vertentes: uma denominada “Igreja de colônia” ou “tradicional” destinada aos sírios ortodoxos e seus descendentes que aqui chegaram com o objetivo de preservar suas tradições religiosas e outra denominada “Missionária”, voltada à evangelização de brasileiros;
  4. O “Santuário São Bento” não pertence à Igreja Católica Apostólica Romana e não é reconhecido pela Arquidiocese de Londrina, pois a aprovação de santuários no território da Arquidiocese é competência do Arcebispo (cf. cân. 1230). Sendo assim, cabe ressaltar que não aprovei nenhum santuário dedicado a São Bento na cidade de Londrina;
  5. Respeitando as variadas manifestações da fé cristã, recordamos que devemos evitar qualquer confusão ou risco de indução ao erro, pois o uso das palavras ‘católico’, ‘santuário’, ‘padre’, bem como, a incorporação de posturas e práticas de devoção popular do catolicismo Romano, tem levado alguns fiéis à confusão a respeito de sua verdadeira identidade. Sendo assim, julgamos importante alertar à população que os atos (batizados, missas, casamentos, bênçãos, novenas, exorcismos, etc.) realizados, não têm efeito sacramental ou canônico; desta forma não são reconhecidos pela Arquidiocese de Londrina;
  6. Por fim, que Cristo, nossa Paz, fortaleça nossa união, “para que do que era dividido, Ela faça uma unidade” (cf. Ef 2,14a). Que se publique e dê informação sobre este esclarecimento.

Londrina, 09 de junho de 2023.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano de Londrina

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na manhã desta quarta-feira, 18 de janeiro, uma nota na qual manifesta reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto a exemplo das últimas medidas do Ministério da Saúde, constantes da Portaria GM/MS de nº 13, publicada no último dia 13. 

A portaria permitiu a desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra e a revogação de outra portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais. A Nota da CNBB pede esclarecimento do Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha.

No documento, a CNBB reitera que “a hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz e reforça que é preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social”. Confira, abaixo, a íntegra do documento e aqui a nota em PDF. 

A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR

Nota da CNBB

“Diante de vós, a vida e a morte. Escolhe a vida!” (cf. Dt 30,19)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não concorda e manifesta sua reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto. Assim, as últimas medidas, a exemplo da desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra e a revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais, precisam ser esclarecidas pelo Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha.

A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz. É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social.

A Igreja, sem vínculo com partido ou ideologia, fiel ao seu Mestre, clama para que todos se unam na defesa e na proteção da vida em todas as suas etapas – missão que exige compromisso com os pobres, com as gestantes e suas famílias, especialmente com a vida indefesa em gestação.


Não, contundente, ao aborto!


Possamos estar unidos na promoção da dignidade de todo ser humano.

Brasília-DF, 18 de janeiro de 2023

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB