A Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Londrina reuniu padres, diáconos, coordenadores, agentes de pastoral e o novo assessor arquidiocesano, padre Ailton Brito, no dia 23 de setembro, para o Encontro Arquidiocesano da Pastoral do Dízimo, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Um dos objetivos do encontro, que reuniu 270 agentes, foi tornar conhecido o documento 106: “O Dízimo na Comunidade de Fé: orientações e propostas”, lançado recentemente pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Padre Ailton, novo assessor da Pastoral do Dízimo

No encontro, padre Ailton explicou as quatro dimensões do dízimo: religiosa (trata-se da relação do fiel com Deus), eclesial; missionária; e caritativa (se manifesta no cuidado com os mais pobres e necessitados). “Ser dizimista é viver a partilha, ser misericordioso. Tendo Jesus sempre no centro, pois tudo é por Jesus”, destacou o padre.

O encontro também contou com um momento de oração, com a exposição do Santíssimo Sacramento.

Divididos em grupos, os participantes compartilharam experiências e sugestões para a pastoral. Padre Ailton explicou que as ideias serão levadas para um estudo em vista de produzir o plano de ação da Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Londrina.

No encerramento do encontro, a equipe apresentou um vídeo sobre o sentido do dízimo.

Deus ama quem dá com alegria (2 Cor 9,7)

Edvaldo Zanutto, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, está na Pastoral do Dízimo há 17 anos. Ele participou da formação, a primeira após a pandemia, e volta para o cotidiano paroquial cheio de esperança.

Antônio e Graziela Santos são da Paróquia Nossa Senhora da Luz e coordenam a Pastoral do Dízimo há dois anos. Segundo eles, a formação proporcionou a conscientização do que é o dízimo e o verdadeiro sentido de ser dizimista. “É uma forma de gratidão a Deus pelo que Ele proporciona ao seu povo”, destacou o casal.

Márcia Regina Pereira Weisheimer
Pascom

Fotos: Ernani Roberto

De 7 a 13 de setembro, o Decanato Cambé realizou a Semana de Conscientização sobre o Dízimo, com lives diárias abordando o significado, a fundamentação bíblica e a destinação do dízimo nas paróquias. A missa de encerramento no dia 13 de setembro foi presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz e concelebrada pelo padre Josenildo Dias SF, na Paróquia Cristo Rei.

 

As lives alcançaram mais de 8 mil visualizações no Facebook e tiveram como convidados o diácono Marcos Noel (Paróquia Nossa Senhora de Fátima), Antônio Edson (Coordenador Pastoral do Dizimo Paróquia Santo Antônio) Padre Rodrigo Favero Celeste (Paróquia São Francisco Xavier) e Leles Alves Ferreira (Paróquia Santo Antônio, Decanato Sul).

 

O evento foi um convite aos fiéis para compreenderem a importância de ser dizimista, possibilitando que a evangelização possa se fortalecer cada dia mais. Foi abordado que o Dízimo é resultado de uma consciência madura e cristã, de quem se sente parte da comunidade da igreja formada por Cristo, para ser nossa família.

 

Também foi abordado o que é o Dízimo na Igreja Católica, dízimo como ato de fé, de gratidão e de confiança em Deus. Todos são chamados a ser dizimistas, sem exceção: ministros ordenados, lideranças, a própria Pastoral do Dízimo, todos os cristão são chamados a manifestar a fé através da devolução da partilha do dízimo.

 

Escrituras

Dentro das escrituras, passando do Antigo Testamento até o Novo Testamento em Jesus, o Dízimo vem dos nossos primeiros pais da fé. No Antigo Testamento, este tema mostra o rigor da lei sobre o Dízimo. Também vemos um povo que não cumpriu com essa lei e Deus vem com seus profetas alertar o povo a ser fiel. Entrando no Novo Testamento, Jesus nos liberta do peso da lei e nos convence que devolver o Dízimo precisa ser de coração: dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus (Mt 22,21). São Paulo na Segunda Carta aos Coríntios (9,7) diz: dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento, Deus ama o que dá com alegria, ou seja, estamos libertos do peso da lei, porém precisamos de um coração convertido para praticar esse gesto de fé.

 

Finalidade         

O Dízimo precisa em tudo ser usado para a evangelização, dentro de todas as suas dimensões religiosa, eclesial, missionária e caritativa. Dentro das finalidades temos as despesas do templo (paróquias e comunidades) como água, luz, o vinho, as partículas, entre outras. Também a formação dos padres e seminaristas, as formações dos leigos dentro dos ministérios de serviço da igreja, a ajuda que a arquidiocese dá a outras dioceses, sendo uma igreja irmã e enviando padres missionários, e a dimensão caritativa, ajudando as pastorais sociais. Padre Rodrigo Favero Celeste, pároco da Paróquia São Francisco Xavier, Decanato Cambé explicou que partilhar o Dízimo é se tornar uma família com a comunidade, pois a partilha maior é dentro de nossas casas. “Quando partilhamos o Dízimo nos tornamos família dentro da Igreja.”

 

Pascom Arquidiocesana

Com informações: Anderson Okada – Coordenador da Pastoral do Dízimo -Decanato Cambé

Nesse vídeo temos a emocionante experiência de generosidade e partilha. A Paróquia São José Operário, Decanato Oeste, mensalmente atende famílias e pessoas em vulnerabilidade social. Essa ação é possível graças a generosidade dos dizimistas e doadores que testemunham a virtude da partilha.

 

Uma missão que se fortalece com o passar da história. Com o testemunho dos vicentinos, das famílias e do padre nossa comunidade é sinal de esperança e alegria a tantos corações. Desde a arrecadação de alimentos até a entrega tudo é realizado com carinho e esperança.

PASCOM Paróquia São José Operário

 

Assista:

 

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO
R. Ruy Virmond Carnascialli, 486 – Londrina – PR
Tel: (43) 3338 5333 / WhatsApp (43) 98808 4825

Construção do Centro Catequético da Selva recebeu R$ 100 mil (Foto divulgação)

Dinheiro da contribuição mensal com o dízimo e oferta é partilhado com as paróquias e capelas mais necessitadas

 

Criado em 2002, o Fundo Arquidiocesano da Partilha (FAP) conta com 100% de adesão das paróquias da Arquidiocese de Londrina. Desde a menor comunidade, até a maior, colaboram com essa dimensão missionária e social. Com a contribuição de agosto deste ano foram atendidas cerca de 30 paróquias.
A contribuição, administrada por profissionais da Mitra, é destinada mensalmente para projetos e ajuda a comunidades, padres e irmãs. Existe comunidade que contribui com R$ 35 por mês e outras, com melhores condições, que participam até com R$ 10 mil. Um levantamento, feito pela comissão responsável pelo FAP, calcula que a média de arrecadação é de 167 mil reais e o valor partilhado de 2002 a 2019 chega a quase R$ 12 milhões.

 

A coordenadora da comissão do FAP, Marilda Carvalho Dias, explica que o fundo se destina aos auxílios fixos e eventuais. Os auxílios fixos, segundo ela, correspondem a cerca de 25 % da arrecadação mensal. São para as despesas dos párocos, diáconos permanentes, religiosas, que atuam em comunidades da periferia de Londrina.

 

Os auxílios eventuais são para as reformas e construções, projetos que são entregues mensalmente à comissão. São necessidades temporárias de construções e reformas de igrejas, centros comunitários e salas de catequese. O FAP também já atendeu necessidades emergenciais como a casa do Bom Samaritano, várias paróquias das dioceses- irmãs de Oeiras -Floriano, no Piauí; e Macapá, no Amapá.

 

Em 2018, o Fundo ajudou a construir o centro catequético da Selva. Foram cedidos R$ 100 mil distribuídos em dez parcelas. A comunidade é muito antiga e nunca teve espaço para os encontros da catequese. Com a colaboração do FAP foi possível fazer quatro salas, dois banheiros e uma área para acolhida.
Na Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Km 9 (Decanato Sul), duas comunidades já receberam dinheiro do Fundo. Na comunidade São Sebastião foram construídas as salas da catequese e no distrito de Maravilha, o FAP investiu R$ 60 mil na reforma do telhado da capela Nossa Senhora de Fátima.

 

Em Laranjal do Jari, no Amapá, a contribuição ajudou a construir uma sala de pastoral na Paróquia Santo Antônio do Jari. Ela atenderá, ainda, a Paróquia de Vitória do Jari. Ao todo, 40 comunidades na região que utilizarão a sala.

 

Comissão analisa os projetos beneficiados

A comissão do FAP se reúne mensalmente para analisar projetos e solicitações de contribuição do fundo. Faz se uma planilha da arrecadação mensal, divide-se para as contribuições fixas, avaliando as paróquias com o valor mensal do dízimo e ofertas inferior a 30 salários mínimos.

 

Posteriormente, faz se a divisão para as contribuições eventuais, conforme a solicitação dos interessados. Segundo Marilda, para a divisão, leva-se em consideração as comunidades cujo valor de ofertas e dízimo não ultrapassem 49 salários mínimos, tendo prioridade as que possuem o maior número de capelas. “Uma vez dentro dos critérios, o atendimento aos pedidos de auxílio será feito por ordem de chegada das solicitações e da disponibilidade de caixa”, enfatiza Marilda.

 

Além da análise do ponto de vista financeiro, os pedidos devem conter uma carta de solicitação com justificativa e valor pedido, além de anexar três orçamentos e cópia do projeto arquitetônico em caso de reforma ou construção. Para os pedidos de construção, o projeto, antes de ser encaminhado à comissão do FAP, precisa passar por análise da comissão de Arquitetura e Arte Sacra.

 

Na análise dos pedidos, a comissão leva em conta as seguintes prioridades: construção de prédios para capelas ou sedes de paróquias em áreas pobres onde não haja um prédio da arquidiocese para realização de celebrações; reformas de capelas, reparo na estrutura, pinturas e manutenção; construção de salas para pastorais, principalmente salas de catequese; e compra de terrenos para capelas e salas para as pastorais.

 

FAP estipula percentual de contribuição

O Fundo Arquidiocesano da Partilha foi criado no início de 2002 a partir do Plano de Ação Evangelizadora da arquidiocese. O Objetivo era colocar em prática ações efetivas diante de vários desafios apresentados durante a assembleia arquidiocesana.

 

Na época, foi formada uma comissão para discutir a prática do FAP. Participaram do projeto inicial, cinco leigos assessorados pelo padre Sebastião Benedito de Souza e tendo como orientador o frei Adelino Frigo, então secretário de Pastoral da Arquidiocese. A implantação do FAP também contou com o apoio do padre Romão Antonio Martins, ecônomo na época.

 

A comissão recebeu o apoio de dom Albano Cavallin, arcebispo de Londrina na época, e começou a organizar e estudar planilhas de todas as capelas e paróquias da arquidiocese. Como as contribuições com o dízimo e ofertas eram muito diferentes, na época entre de R$ 500 a R$ 35 mil por mês, foi estipulada uma contribuição para o FAP de três, cinco ou sete por cento do valor das ofertas e dízimo de cada comunidade.

 

A primeira arrecadação ocorreu em maio de 2002, das 67 paróquias na época, 28 participaram no primeiro mês, 12 estavam isentas porque já colaboravam com o projeto Igreja Irmãs, bancando comunidades mais pobres da arquidiocese. O valor da primeira arrecadação foi de pouco mais de R$ 7.500.

 

Segundo Marilda Carvalho Dias, coordenadora da comissão, aos poucos a arrecadação das paróquias foi melhorando e o projeto foi se mostrando realmente necessário e ganhando a confiança dos párocos de toda a Igreja de Londrina.

Flora Neves – Pascom Paroquial
Matéria publicada na edição de outubro do Jornal da Comunidade da Arquidiocese de Londrina

 

Sala pastoral em Laranjal do Jari, no Amapá, vai atender 40 comunidade (Foto divulgação)