Em 25 de março de 1995, o Papa São João Paulo II instituiu o dia da Sagrado Coração de Jesus como Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, assumindo uma proposta da Congregação para o Clero. São João Paulo II era devoto do Sagrado Coração e conhecia muito bem a espiritualidade de Santa Faustina Kowalska, santa que difundiu a devoção à Divina Misericórdia.

O Papa quis que essa iniciativa ajudasse os sacerdotes a cada vez mais conformar-se com o coração do Bom Pastor. O Bom Pastor é aquele que vai em busca, que vai atrás, que acolhe. Algo que nós precisamos muito hoje com a sociedade marcada por divisões, por ideologias, por verdadeiras separações, até mesmo com pessoas de mal umas com as outras dentro da própria família.

A iniciativa é anualmente retomada e tem contribuído para alargar no coração do povo a estima e a oração pelos seus sacerdotes. Portanto, a ideia é que o povo de Deus compreenda a humanidade dos sacerdotes, mas ao mesmo tempo o esforço que fazem para viver bem o seu ministério.

Temos que perceber que Cristo é o sumo e eterno sacerdote, é dEle que deriva o sacerdócio ministerial. O padre não foi feito apenas para celebrar missa e ministrar os sacramentos, mas o principal ministério do sacerdócio é o anúncio explícito do evangelho de Jesus. Portanto, seu ministério é feito com a vida, no dia a dia, e também nas celebrações.

O padre não pode dizer “eu sou padre apenas quando estou diante do altar”. Mas ele é chamado a uma vida inteira de testemunho, a uma vida inteira de entrega. E como consequência, ele ministra os sacramentos, despertado pela palavra de Deus e pela ação ministerial e missionária da pregação da palavra.

Olhar para o Coração de Jesus não é simplesmente evocar uma piedade, mas olhar para o Cristo como o único e verdadeiro sacerdote, de onde emana o sacerdócio ministerial em toda a Igreja.

A comunidade é chamada a sempre interceder pelos párocos, pelos vigários, pelos padres, para que possam compreender que apesar de todos os defeitos, fragilidades, fracassos humanos, o sacerdócio nasce do coração do Cristo.

Como diz São Paulo, o padre é acima de tudo chamado a ter os mesmos sentimentos de Cristo. Por isso o povo de Deus é convidado a rezar pelos sacerdotes, para que eles tenham essa força e nunca desistam do desejo de vida que assumiram no dia da ordenação, para o qual foram formados nos seminários, que disseram sim, e que continuamente são animados. Vivendo uma vida de misericórdia, de doação total, doando a própria vida para que muitas pessoas possam ter vida e vida em plenitude em Jesus Cristo.

A Igreja é toda ministerial, com ministérios que brotam do próprio batismo. Cada cristão escolhe seu modo de vida, mas nunca deixa de escolher junto com isso um aprofundamento do próprio batismo. Portanto, quem se casa, vai aprofundando seu batismo através do matrimônio. Vai se santificar através dos sacrifícios que isso impõem, das alegrias que isso também traz, certamente do trabalho que isso significa, para que a pessoa possa realizar a sua felicidade, a sua vida como cristão batizado.

Com o padre não é diferente, o padre é um batizado, eleito do meio do povo de Deus pelo próprio Cristo para realizar a sua vida de maneira mais profunda, fazendo com que ela seja um trabalho de evangelização, de aprofundamento da fé e, enfim, um trabalho de santificação. Essa é a fé que professamos.

O padre tem ainda essa atitude privilegiada de santificar-se pelo seu próprio trabalho e santificar os outros por aquilo que faz, administrando os sacramentos, recebendo as confissões das pessoas, cuidando dos doentes, ensinando, conhecendo bem o Catecismo da Igreja Católica. Isso é sempre um sinal da graça de Deus.

Em Londrina, temos uma missa no dia do padroeiro em que reunimos todos os padres da arquidiocese para rezar com o povo pela santificação dos sacerdotes. O dia do Sagrado Coração de Jesus terá uma programação bonita na Catedral. Às 8h30 estará dom Orlando Brandes, que o povo de Londrina gosta muito. Às 10h30, eu com todos os presbíteros. E às 15h30, dom Marcos José dos Santos, que volta para casa para celebrar com o nosso povo essa festa tão importante da nossa fé. Celebre conosco e reze pela santificação dos nossos padres.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina

Foto: Missa do Sagrado Coração de Jesus com os padres da Arquidiocese de Londrina em 2022/ Crédito: Terumi Sakai

No próximo dia 2 de fevereiro, sob o mote central “Manter a luz da Esperança”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza o Dia de Oração diante da pandemia da covid-19. Na liturgia da Igreja, o dia marca a festa da Apresentação de Jesus no templo e também é dedicado à memória de Nossa Senhora da Luz.
Segundo o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a data foi escolhida pela entidade para pedir a intercessão da virgem Maria e de São José para fortalecer a esperança dos brasileiros frente às incertezas provocadas pelo contexto imposto ao mundo pelo novo Coronavírus. “Queremos, com este dia de Oração, pedir a Deus para alimentar a nossa esperança e ânimo para nos mantermos firmes no enfrentamento à pandemia”, disse.

 

Como símbolo e para estar em comunhão, a CNBB pede que, durante a programação do dia, os fiéis acendam uma vela. À noite, durante a oração do terço, pede-se que a vela, protegida contra o vento, seja colocada em um lugar visível, em uma janela, por exemplo. A ideia, segundo dom Joel, é que, ainda que pequena, a luz se irradie para as outras pessoas como sinal de esperança. Pode-se compartilhar, nas redes sociais, uma foto com a hashtag #LuzdaEsperança.

 

Programação do Dia de Oração

A programação tem início às 9h, com uma Missa no Santuário Nossa Senhora da Piedade, na capital mineira, presidida pelo arcebispo da arquidiocese de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Às 17h, a CNBB realiza uma live que buscará refletir sobre as fontes que alimentam o ânimo e a esperança neste tempo de pandemia.

 

Participam desta live, o frei Paulo Batista, membro da Fraternidade São Francisco de Assis na providência de Deus; Salésio e Angelita, casal da Pastoral da Família de Santa Catarina; Mariana Azevedo, da Pastoral dos Surdos; Artur Vinícius e Estephany Maria da Silva, adolescentes da Infância Missionária; e a Cristiane Araújo Queiroz, secretária executiva do Regional Norte 2 da CNBB. O momento poderá ser acompanhado pelas redes sociais da CNBB.

 

Direto do Santuário Nacional de Aparecida (SP), às 19h, será realizado o Terço. Para este momento, a CNBB pede que em cada casa seja, dentro do possível, colocada uma vela acesa em uma das janelas. A oração do terço será transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida. A programação encerra-se às 21h, com a Oração da Noite, rezada da Capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, em Brasília, pelo secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado e convidados. A atividade será transmitida ao vivo pelas redes sociais.

 

MOMENTOS DE ORAÇÃO:

• 9h – MISSA do Santuário Nossa Senhora da Piedade, presidida pelo presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, gerada pela TV Horizonte e retransmitida pelas tvs católicas Evangelizar, Nazaré e Pai Eterno.

• 17h – LIVE sobre as fontes de ânimo em tempo de pandemia, com transmissão pelas redes sociais da CNBB.

• 19h – TERÇO do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, transmitido pela TV Aparecida. Para este terço, a CNBB pede que em cada casa seja, dentro do possível, colocada uma vela acesa em uma das janelas, de modo que, ainda que pequena, a luz irradie para as outras pessoas.

• 21h – ORAÇÃO DA NOITE, da Capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, em Brasília, com transmissão pelas redes sociais da CNBB.

 

SERVIÇO:
Dia de Oração diante da pandemia: “Manter a luz Esperança”
Data: 2 de fevereiro de 2021, terça-feira
Horários: Às 9h, 17h, 19h e 21h.

 

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