Aconteceu na Catedral de Londrina, nos dias 26 e 27 de fevereiro, a formação sobre o ano do Laicato, com o tema “Teologia do Laicato”. Essa formação aconteceu dentro da programação do ano nacional do laicato que tem como tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”.
Este, também marcou o início do ano letivo das escolas de Teologia para leigos e leigas da Arquidiocese.
A formação, no primeiro dia, foi assessorada pela leiga Sueli Oliveira, doutoranda em Direito Canônico, que trabalhou o tema: “direitos e deveres dos leigos na Igreja”. No segundo dia, a formação foi conduzida pelo Pe. José Cristiano Bento dos Santos, que trabalhou o documento 105 da CNBB “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”.
A próxima formação será nos dias 30 e 31 de julho.

Paulo Tardivo
Coordenação SMP

Fotos: Edna Vieira/PASCOM

Nos dias 26 e 27 de fevereiro acontecerá o curso “Teologia do Laicato” em consonância com o Ano Nacional do Laicato. Também marca a abertura do ano letivo das Escolas de Teologia para Leigos e Leigas da Arquidiocese de Londrina. O curso é destinado para todo o povo de Deus que deseja aprofundar na reflexão do tema.

curso teologia laicato (1)

Dias: 26 e 27 de fevereiro;
Horário: 19h30 às 21h45;
Local: Catedral Metropolitana de Londrina;
Curso gratuito.

O protagonismo do leigo

De 26 de Novembro de 2017 a 25 de Novembro de 2018 a Igreja no Brasil celebra o Ano do Laicato. O tema que anima a mística do Ano do Laicato é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14. Segundo o bispo de Caçador (SC), dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato, pretende-se trabalhar a mística do apaixonamento e seguimento a Jesus Cristo. “Isto leva o cristão leigo a tornar-se, de fato, um missionário na família e no trabalho, onde estiver vivendo”.
Há muitas formas de trabalhar a compreensão do laicato na Igreja e no Mundo. O Papa Francisco, na sua Evangelii Nuntiandi, sugere alguns critérios que nos iluminam na resposta aos apelos da Nova Evangelização: Primeiramente mostra que a ação evangelizadora inclui sempre a Igreja, a sociedade e cada sujeito individual. Esse critério geral exige que toda a ação do Povo de Deus, sujeito coletivo que evangeliza, considere esses três espaços tanto como lugares e destinatários concretos da evangelização. Observa ainda que é essencial o discernimento das realidades concretas. O mundo é uma realidade a ser constantemente discernida. Este discernimento vincula a Igreja ao mundo. Não deve ocorrer uma assunção ou rejeição do mundo de maneira automática. Este discernimento precisa ser feito a partir do Reino de Deus.

Outro ponto lembra que “a ação é preferível à estabilidade e à estagnação” (EG, 20). Todos somos convidados a sair da própria comodidade e a alcançar as periferias que precisam da luz do Evangelho. Mais adiante o Papa chama atenção: Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças (EG 49). A ação evangelizadora precisa ter um foco: a opção pelos pobres. É mandato do próprio Jesus a solidariedade e a defesa da vida humana, sobretudo onde ela é negada. Esta espiritualidade encarnada brota do imperativo da encarnação (EG 24). É determinante para a nossa fé e a nossa ação que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

Outro aspecto fundamental lembrado pelo Santo Padre Francisco é o diálogo. O diálogo com os mais diferentes setores, seja social, cultural, religioso e ecumênico deve promover a cultura do encontro e a inclusão do outro na vivência da fraternidade (cf. EG 238). Não serve mais pensar a Igreja, o mundo, a sociedade de maneira isolada. Ninguém mais cresce isoladamente ou prescindindo do diálogo. Mas em todos os aspectos a ação deve considerar a “primazia do humano”, antes de qualquer outra, sob o risco de cair em idolatrias (EG 55). Esta é sempre a finalidade ou o objetivo da ação evangelizadora que provoca os leigos a serem protagonistas na Igreja e no mundo. Aliás, são o mundo no coração da Igreja e a Igreja no coração do mundo.

Que o laicato da Arquidiocese de Londrina se sinta incentivado a acreditar na própria vocação como sujeitos de uma missão específica. “A sociedade humana em construção e a Igreja em missão precisam de cristãos convencidos da própria responsabilidade, dispostos a acolher desafios, alegres em abrir caminhos novos na construção do Reino do Senhor Jesus, reino da verdade e da vida, reino de justiça, do amor e da paz” (Prefácio da Festa de Cristo Rei).

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina