#Compartilhe

A cada 25 anos a Igreja celebra um Jubileu, ano forte de peregrinações e de pregação intensa da Palavra de Deus, a partir de um tema proposto pelo Papa. Em 2025 viveremos um Jubileu, cujo tema é: “Peregrinos da esperança”, justamente porque os fatos acontecidos nos tempos que correm põem em risco a esperança, uma das virtudes teologais, essencial, por ser dada por Deus na graça de nosso batismo, para responder aos presentes desafios.
Ao preparar-nos para o Grande Jubileu, foi-nos proposto o ano de 2023, com o esforço para redescobrir o Concílio Vaticano II e suas consequências para a vida cristã. Já 2024, por proposta do Papa Francisco, é o Ano da Oração. O Santo Padre anunciou-o no domingo, 21 de janeiro, por ocasião do 5º Domingo da Palavra de Deus.
No Prefácio dos fascículos sobre a oração, chamados Cadernos sobre a Oração (Edições CNBB, 2024), o Papa Francisco quer dar o sentido exato do Ano da Oração como preparação para o Jubileu Ordinário de 2025: “De fato, em nosso tempo sentimos, cada vez mais forte, a necessidade de uma verdadeira espiritualidade, capaz de responder às grandes indagações que surgem diariamente em nossa vida, provocadas também por um cenário mundial não exatamente tranquilo. (…) Precisamos, portanto, de que a nossa oração suba com maior insistência ao Pai, para que ouça a voz daqueles que se voltam a Ele na confiança de serem atendidos”.
Eis algumas provocações que nos podem ajudar a viver esta SINFONIA DE ORAÇÃO:

  1. Conhecer os subsídios oferecidos pelo Dicastério para a Evangelização e traduzidos pelas Edições CNBB;
  2. Que todas as comunidades religiosas e paroquiais insiram em sua prática, a oração pelo Jubileu 2025;
  3. Realizar bênçãos do Santíssimo, terços, celebrações penitenciais agradecendo pelos frutos do Concílio Vaticano II;
  4. De forma especial, solicitamos ao Setor Juvenil que ofereça estas experiências aos jovens da Arquidiocese de Londrina;
  5. Sendo a Eucaristia a oração por excelência, multipliquem-se as celebrações das Missas nos setores ou outras formas de organização do território paroquial;
  6. A Pastoral da Comunicação, que se envolve na transmissão de celebrações litúrgicas e outras atividades, utilizando as plataformas digitais disponíveis, para o Ano da Oração, pode pensar em programas especiais com tempos de oração, como o Rosário Meditado, a serviço das paróquias e da arquidiocese;
  7. Os movimentos que têm grupos de oração saibam redescobri-los e valorizá-los, dando-lhes um novo e corajoso impulso ao inseri-los nesta retomada do Concilio Vaticano II.
  8. Nossas paróquias se empenhem em valorizar os cristãos católicos que frequentam habitualmente cada uma delas. São preciosas sua participação na Liturgia e sua capacidade de envolver capilarmente os mais distantes, com um convite à participação na Santa Missa Dominical;
  9. São impressionantes os frutos das celebrações nas ruas, bem-preparadas e participadas, nas paróquias que já utilizam este método apostólico.
    Nas últimas frases da Bula de Proclamação do Jubileu de 2025, Spes non confundit (Rm 5,5), o Santo Padre ainda manifesta um desejo: O próximo Jubileu há de ser um Ano Santo caracterizado pela esperança que não conhece ocaso, a esperança em Deus. Que nos ajude também a reencontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade, no relacionamento interpessoal, nas relações internacionais, na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação. Que o testemunho crente seja fermento de esperança genuína no mundo, anúncio de novos céus e nova terra (cf. 2Pd 3,13), onde habite a justiça e a harmonia entre os povos, visando a realização da promessa do Senhor”.
    Vamos aderir com toda a nossa força a essa “sinfonia de oração”!

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrinas

Foto: Renilson Guimarães

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.