Neste domingo, 3 de julho, o Conselho Missionário Arquidiocesano de Londrina (COMIDI), teve a alegria de acolher a missionária Helena Wegrzyn, da Diocese de Jacarezinho, que retornou da Missão São Paulo VI, do Regional Sul 2 da CNBB na Guiné Bissau. Helena chegou ao aeroporto de Londrina e foi recebida por familiares, membros do COMIDI de Jacarezinho e pelo padre Marco Antônio Rosim, coordenador da Ação Evangelizadora daquela diocese. “Celebramos a chegada da missionária em ação de graça, nos animando para continuar trabalhando na retomada da ação missionária a favor desta missão”, destacou irmã Maria Fernanda Godoy, MC, coordenador do COMIDI de Londrina.

O Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) mantém, desde 2014, a Missão São Paulo VI, na Guiné-Bissau, um dos países africanos mais pobres do mundo.  Desde o seu início já foram enviados vários missionários e missionárias para colaborar nas tarefas de evangelização, vivendo no meio do povo, partilhando as alegrias e dores da comunidade.

A missão atua em três áreas: evangelização, saúde e educação. Para que se mantenha é preciso que toda a Igreja do Paraná abrace a missão. É possível colaborar de três formas: indo em missão, rezando pela missão e contribuindo materialmente com a missão. “Nem todos podem ir, mas todos podem rezar e contribuir! Os missionários precisam continuar com a ação evangelizadora em favor das crianças e famílias. A missão continua e podemos fazer parte sempre”, finaliza irmã Fernanda.

Pascom Arquidiocesana

Fotos: Guto Honjo

Na noite dessa última quarta feira, 4 de maio, na Paróquia São José Operário, Decanato Oeste, foi realizada a Santa Missa de envio do padre Sebastião Benedito de Souza, atual pároco da Paroquia Nossa Senhora da Luz. A celebração foi presidida pelo padre Dirceu Reis, decano, e concelebrada pelos padre Cesar Braga, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, padre Olívio Gerônimo, pároco da Paróquia São Judas Tadeu, padre Antônio Golfetti, pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua e o padre Pedro Gonçalves da Congregação dos Oblatos de São José.

O padre Sebastião Benedito de Souza iniciará uma nova missão na Diocese de Bom Jesus do Gurguéia no Estado do Piauí a partir do dia 9 de maio. A Santa Missa foi em ação de graças pela sua presença e trabalho junto ao Decanato Oeste. O padre Dirceu Reis, durante a homilia, destacou o entusiasmo do padre Sebastião para experiências missionárias que leva a tantas comunidades a alegria do Ressuscitado. Ao final da celebração o padre Sebastião foi homenageado e em suas palavras de agradecimento destacou sua trajetória pelas paróquias da Arquidiocese de Londrina, seu acompanhamento com os jovens dessas comunidades e seu desejo de continuar servindo a Igreja no ministério sacerdotal.

O Decanato Oeste se une em oração pelo padre Sebastião Benedito de Souza para que seja conduzido pela força do Espírito Santo no anúncio do Evangelho nessa nova experiência missionária.

Pascom

Fotos: Paulo Henrique Bonatti

No próximo fim de semana, dias 23 e 24 de outubro, as paróquias de todo o mundo farão a coleta missionária, gesto concreto do mês dedicado às missões. Todo dinheiro arrecadado nas coletas das missas será destinado às missões que a Igreja Católica apoia no mundo, especialmente na Ásia e na África.
 
Oitenta por cento dos recursos são enviados à Congregação para Evangelização dos Povos que faz circular um fundo universal de solidariedade, mantendo 1.050 dioceses nas periferias mais necessitadas do mundo. Os vinte por cento restantes ficam no Brasil e mantém os trabalhos das Pontifícias Obras Missionárias, compondo uma rede mundial de oração e caridade a serviço do Papa e da Missão da Igreja.
 
Colaborando na sua comunidade você irá ajudar a sustentar a missão além fronteiras.
 
Na Revista Comunidade deste mês, trazemos uma matéria completa sobre a coleta da campanha missionária e onde são aplicados os recursos. Acesse a edição completa no <link>.
Campanha Missionária 2021 – Jesus Cristo é missão
 
 

Representantes de Londrina se encontraram no Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor e participaram do evento híbrido, transmitido de Curitiba, com participação de outras dioceses do Paraná

 

O Conselho Missionário Regional (COMIRE) da Igreja do Paraná se reuniu nos dias 3 e 4 de setembro para a assembleia anual. Formado por representantes das entidades missionárias que atuam no regional e pelos coordenadores dos Conselhos Missionários Diocesanos (COMIDIs), em 2020 o COMIRI não realizou a assembleia por conta da pandemia da COVID-19.

 

O evento foi coordenado a partir de Curitiba e transmitido para as demais dioceses do Paraná, onde pequenos grupos diocesanos se reuniram para participar do evento de forma híbrida. Londrina reuniu certa de 25 pessoas representando os diversos movimentos missionários da arquidiocese: Infância e Adolescência Missionária (IAM), Juventude Missionária (JM), Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Missões Permanentes e Gurpos Bíblicos de Reflexão (GBR). O arcebispo dom Geremias Steinmetz também participou do encontro.

 

Na assembleia, foi avaliado o caminho trilhado no campo missionário pelas dioceses e apresentado o material para o Mês Missionário, preparado pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM). “A assembleia foi excelente”, destacou irmã Maria Fernanda Godoy, MC. “Para renovar as nossas forças missioneiras e para organizar o mês missionário.”

 

Durante a assembleia, foram enviadas duas missionárias para a Missão São Paulo VI, na Guiné-Bissau, África: Helena Wegrzyn, da Diocese de Jacarezinho, e Maiane Martins, da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão. A São Paulo VI é a missão ad gentes que a Igreja do Paraná mantém na África desde o ano de 2014, atuando nos âmbitos da evangelização, saúde e educação.

 

Pascom Arquidiocesana

Fotos: Daniel Kanki

 

Valor arrecadado sustenta obras missionárias em todo mundo através do fundo internacional de solidariedade

 

A coleta Missionária realizada no penúltimo final de semana de outubro (17 e 18) se mantém, uma vez que foi confirmada pela Congregação para Evangelização dos Povos. Neste ano, junto com o material da campanha, foi enviada a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, com prestação de contas da coleta missionária de 2019. O fundo internacional de solidariedade ajudou na formação, animação e cooperação missionária em diferentes projetos nos cinco continentes: catequese, obras sociais, hospitais, leprosários, asilos, orfanatos, postos de saúde, centros de saúde mental, escolas, atendimentos à família, formação missionária ad gentes, etc. O Brasil na última campanha contribuiu para este fundo com o valor de R$8.854.027,18.

 

De acordo com o Papa Francisco, “celebrar o Dia Mundial das Missões também significa reafirmar como a oração, a reflexão e a ajuda material de suas ofertas são oportunidades para participar ativamente da missão de Jesus em sua Igreja. A caridade, expressa nas coletas das celebrações litúrgicas do terceiro domingo de outubro, destina-se a apoiar o trabalho missionário realizado em meu nome pelas Obras Missionárias Pontifícias, a fim de atender às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas, em todo o mundo, para a salvação de todos”.

 

Para facilitar as doações em tempos de pandemia, doações espontâneas podem ser feitas a partir de um QR Code, não excluindo os repasses que cada Igreja local envia para as Pontifícias Obras Missionárias para serem repassados ao fundo internacional de solidariedade, administrado pela Congregação para Evangelização do Povos.

 

 

A seguir, entenda onde são aplicados os recursos levantados com a Coleta Missionária:

 


POM

Novena missionária, realizada todos os anos nas paróquias, será on-line em âmbito arquidiocesano

 

Com o tema deste ano “A Vida é Missão”, a Igreja do Brasil celebra em outubro o mês missionário. Uma missa na Catedral de Londrina na sexta-feira, 2, marcou a abertura do período que busca renovar o espírito missionário das comunidades. A celebração foi presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz e concelebrada pelo padre Alexandre Alves Filho, coordenador da Ação Evangelizadora, padre Michel da Rocha SX e padre João Giomo PIME.

 

Neste ano, a novena missionária, realizada sempre nas próprias paróquias, acontece em âmbito arquidiocesano, com transmissão pelas mídias sociais da arquidiocese, a cada dia de uma paróquia diferente. Confira a programação <aqui>.

 

“Começamos o Mês Missionário renovando nosso compromisso batismal, sendo uma Igreja missionária”, falou dom Geremias em sua homilia. “Consagrados e ungidos por Deus no batismo somos convocados a dizer ‘sim’ à missão, anunciando, testemunhando a Boa Notícia, que não é nossa, mas é recebida de Deus.”

 

O arcebispo destacou que a conversão do cristão deve ser permanente, é um colocar-se a serviço do Reino do Pai, com os mesmos sentimentos que o próprio Jesus apresentava. “Por isso o tema deste mês Missionário: ‘A vida é missão’, e o lema ‘Eis-me aqui, envia-me’, nos ajudarão no crescimento pessoal e comunitário da consciência missionária.”

 

“Toda vida, especialmente a vida humana, tem sempre um objetivo”, completa o arcebispo. “Ninguém está aqui por acaso. A vocação é justamente descobrir o objetivo que Deus tem para a nossa vida, para a vida das pessoas. Ser discípulo missionário não é apenas cumprir tarefas ou fazer coisas. O Papa Francisco diz que a missão não é uma parte da minha vida. A vida é missão”, conclui dom Geremias.

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Guto Honjo

Nos dias 14 a 17 de novembro, 31 missionários, entre adolescentes, jovens e adultos, de diversas partes da arquidiocese se reuniram para uma evangelização na Comunidade Santo Antônio do Acampamento Fidel Castro, em Centenário do Sul. Eles compõem o Ministério de Teatro Ame, um grupo de amigos que assumiram a missão de anunciar o Evangelho através da arte.

 

A evangelização na Comunidade Santo Antônio foi a primeira ação do grupo, apoiada pelo pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Centenário do Sul, padre Marcos José dos Santos. A programação contou com oração, visita nas casas, teatro, momento mariano e terço encenado, adoração e Santa Missa. A missão encerrou com um almoço comunitário com as famílias.

 

Durante os dias de atividade, os missionários se hospedaram na Paróquia Nossa Senhora das Graças. De manhã se dirigiam para o acampamento e à noite voltavam para a paróquia.

 

A preparação para a missão começou em abril deste ano, quando o grupo foi criado. “Fizemos muitos momentos de oração (adorações, oração, terço, jejum, penitência, confissão, etc.) e convivência (luau) para fortalecer os laços de amizade entre nós e Deus”, conta o seminarista Alex Aparecido Barboza, um dos coordenadores do grupo. Em julho, eles começaram os ensaios dos teatros, músicas e danças, e a organização de figurinos e lembrancinhas. “Como gesto concreto, fizemos uma arrecadação de roupas para levar até o acampamento.”

 

Continuidade
A ideia do grupo é continuar a missão por toda a arquidiocese. Padres e lideranças que se interessarem podem entrar em contato através das redes sociais: @missãoame e agendar uma conversa. “Estamos à disposição para, na medida do possível, sermos cada vez mais uma Igreja em saída levando o amor de Deus a todos os lugares”, conclui Alex.

PASCOM Arquidiocesana

 

 

Fotos Arquivo

 

 

Irmãs claretianas atuam na Península de Zamboanga, no sul das Filipinas, região de perseguição aos cristãos

 

“Os cristãos são minorias nessa região e são perseguidos, de modo especial missionários estrangeiros, ou de congregações estrangeiras, visando um retorno econômico. Então, não é nem questão de fé. Só vivendo lá eu entendi.” Irmã Dulcinéa Ribeiro de Almeida, supervisora geral das claretianas em Londrina, viveu por oito anos nas Filipinas, de 2002 a 2010. O país é de maioria cristã (90%), porém apresenta uma região ao sul onde os muçulmanos rebeldes são maioria e perseguem os cristãos como forma de mostrar força. Em entrevista ao JC, irmã Dulcinéa conta sua experiência e o que mantém os missionários no trabalho, mesmo em situação de tensão e perigo constantes.

 

Presença das claretianas nas Filipinas

A comunidade das claretianas está presente nas Filipinas há 25 anos. É um país formado por ilhas e cada uma tinha uma religião. Quando o país se unificou, unificou-se como cristão. É considerado um país de maioria cristã. Mas o sul do país tem mulçumanos fundamentalistas. A nossa comunidade está na Península de Zamboanga. Nessa parte, os muçulmanos nunca aceitaram pertencer a um país denominado católico. Eles querem  a independência, porque as raízes deles são muçulmanas. Então,mesmo sendo de maioria católica, no sul é difícil continuar. Nesses conflitos existem perseguições, sequestros frequentes, inclusive padres claretianos, sobretudo estrangeiros. Os cristãos são minorias nessa região sul e são perseguidos, de modo especial missionários estrangeiros, ou missionários de uma congregação estrangeira. Visando um retorno econômico. Então não é nem questão de fé. Só vivendo lá eu entendi. Não é uma perseguição pela fé, mas política, porque são rebeldes.

 

Estrangeiros perseguidos

As irmãs vivem uma realidade vigiada. Por exemplo, ali onde a gente está não temos mais a comunidade permanente, porque as jovens filipinas são ainda estudantes, não poderiam permanecer sozinhas, e as irmãs mais velhas, por serem estrangeiras, eram mais perseguidas. A embaixada, os países não queriam que a gente permanecesse lá, porque o sequestro de uma missionária estrangeira se torna um caso internacional. 

 

Dia a dia vigiado

Na nossa casa, as irmãs iam o mínimo possível na cidade, porque ali é um povoado pequeno que todo mundo se conhece e protege as irmãs. Mas quando a irmã vai para a cidade, a mais ou menos 40 km, tem que passar nesse território onde facilmente tem os rebeldes, onde acontecem sequestros, perseguição. Então as irmãs vivem uma liberdade vigiada, mesmo quando recebe visitas. A partir das 17h não se sai mais de casa.

Me lembro a última vez que fui. Ia acompanhar uma irmã brasileira que estava indo morar lá. Como a gente chegou do aeroporto já era quase noite, fomos direto para casa. Passamos nos lugares de blocos de política que controlam quem chega e sai, como num lugar que tem guerra. Passamos, eles olharam o carro e pronto, autorizaram ir para casa. E fomos para casa pensando que no outro dia iríamos na delegacia para anunciar, dar os dados da irmã que chegou. Só que nós fomos na missa cedo, às 6h da manhã, daí 7h estávamos tomando café quando chegou um carro da polícia. Eles falaram que viram que tinha irmã estrangeira, porque ela é branquinha, eu eles pegavam sempre por filipina por causa da cor da pele. Daí eles queriam saber quem era porque iam vigiar. 

Às vezes estava tão acostumada com a liberdade que estava indo na igreja ou visitar uma família, falavam: “irmã, é hora de voltar para casa”. 

 

Na lista para serem sequestrados

Uma das nossas irmãs é brasileira, de Londrina, morou na Austrália, é bem branca, era formadora das estudantes. Num período ela frequentava a universidade. E funciona assim, quando a gente vai nos lugares, não pode passar na mesma rua, fazer o mesmo percurso sempre, tem algumas advertências. E como ela ia com certa frequência nessa universidade, começaram a persegui-la, descobriram que ela tinha cidadania australiana e começaram a persegui-la. Ela e um padre espanhol estavam na lista para serem sequestrados. As famílias que a gente conhece nos avisaram.

Tem muitas famílias que são famílias tranquilas, mas que são contratadas, como se fosse um trabalho, para vigiar e dar a notícia. Um dia ela estava na universidade e foram avisar que ela não podia voltar para casa. Ela tinha que ir para o aeroporto e sair da ilha. Mas ela era responsável pelas formandas, então foram com o carro pegar e foi direto para casa. Daí ficou dentro de casa, não saia, montaram guarda com pessoas armadas do lugar mesmo. Ela ficou bastante tempo em casa com as formandas porque ela tinha que terminar o ano. Só que ela quase não ia na cidade. Uma vez ou outra que ela ia e andava sempre com o guarda costa. 

Em casa, ela e as formandas dormiam todas vestidas, prontas para fugir se ouvissem algum barulho. Foi mais ou menos um mês que viveram essa situação. No povoado, os homens faziam turno, para vigiar se tinha algum movimento. Se tornou uma situação muito constrangedora.

 

Comunidades periódicas

Tínhamos uma casa de formação com  jovens indianas e filipinas. Vendo essa situação que ela não podia continuar, pois por causa dela estavam em perigo outras jovens também, a gente decidiu que se transferisse todo mundo para a capital. Temos comunidades periódicas lá. Vai uma, vive pouco tempo quando está mais tranquilo, sempre com essa liberdade vigiada.

 

Formamos um grupo de leigos no lugar, que ficam lá acompanhando as famílias, levando a frente a missão, inclusive tem a nossa casa que é colocada à disposição para os encontros, para tudo. Construímos também um salão polivalente, vai uma médica com alguns enfermeiros da cidade para atender o povo pobre. 

 

As noites não são tranquilas

A gente continua a missão, mas não conseguimos ter uma comunidade estável, as irmãs vão. Eu sei que tem uma irmã nossa agora que está lá. Vai, fica um mês, dois meses. Orientando, vivendo a missão, orientando os leigos que estão, encontrando as famílias. As famílias que a gente ajuda são famílias muito pobres. E você tem que viver uma liberdade controlada, eu mesmo ia com frequência lá, às vezes um pouco para deixar as irmãs mais tranquilas, passava um mês, dois meses com elas, porque minha missão era no norte, mas confesso que a noite não é tranquila. De dia sim, você está em casa, não sai muito, as irmãs, por exemplo, só na região próxima são impedidas de ir nas zonas rurais um pouco mais distante.

 

Como reconhecer a casa de um cristão

Parece brincadeira, mas a gente reconhece a casa dos cristãos se tem um porquinho no quintal, aí é cristão e também eu aprendi lá que o porco afasta cobra, então diz aqui é casa de cristão. Mas se você vê um cabritinho no quintal, você já sabe que naquela casa mora muçulmano. Eles não comem carne de porco.

Lá nas irmãs tinha um chiqueiro, parece brincadeira, mas elas falavam, que se chegasse gente aqui a primeira coisa que a gente iam fazer era se refugiar no chiqueiro, porque porco afasta, na religião deles, não pode se aproximar.

 

Pagos para colaborar com os sequestros

Por causa da pobreza da população, alguns muçulmanos, mesmo que não pertençam a grupos rebeldes, são pagos para, por exemplo, fazer espia. E a gente conhece muitas pessoas, famílias, que algum familiar se tornou guardião nos sequestros, não foi quem sequestrou, mas ganhou dinheiro vigiando. 

Eu trabalhei em Manila, numa prisão feminina, e a coisa que mais me fazia impressão, que entre as pessoas que estavam detidas tinha um certo número que tinha participado de seqüestro, ou para cuidar, acompanhar, disfarçar. É uma situação não só das Filipinas.

 

Ataques de bombas em festas religiosas

Outra questão que acontece muito é em período de Quaresma, Semana Santa, como aconteceu no Sri Lanka. É comum nas Filipinas, bombas na porta da igreja, na multidão, sobretudo no período das celebrações. As ameaças eram contínuas. Uma tensão, porque tem multidão, isso acontece nas cidades maiores das Filipinas. 

No período em que estive lá, tinha ameaça de bomba na capital. Uma igreja famosa que os cristãos frequentam muito era ameaçada. Essa irmã que era perseguida no sul estava para pegar o visto para ir para a Itália. Ela tinha ido na estação de ônibus para pegar o visto na embaixada num dia, no outro dia jogaram uma bomba lá. Então, já tinha medo do sul e chegou também na capital. Depois eu me acostumei.

 

Mídia internacional não noticia

Eu fico indignada porque não sai na imprensa mundial. A gente está aqui pensa que lá está tudo tranquilo, enquanto essas coisas são frequentes, entre as notícias são essas a respeito de bombas. O maior medo são as bombas onde tem multidões ou celebrações e a segunda preocupação são os sequestros. 

 

Leitura errada da religião

São países que têm essa situação de perseguição, mas, pessoalmente, a gente sabe que não é questão de religião. Embora tenha uma leitura errada da religião, porque quem mata um cristão ou se faz explodir é mártir, como se fizesse uma coisa boa para Deus na interpretação radical do Corão, que não é exata.

 

Fé e dedicação

A gente tem lá pessoas humanas, eles também se arriscam pela fé e precisam de assistência. A gente não pode pensar só em salvar a própria vida e certamente, eu digo isso, os missionários que estão lá estão lá por fé e dedicação. É uma missão que realmente comporta riscos. Como na África o maior risco para quem é missionário é a saúde, digo por experiência. Mas se tem todo esse risco, porque estão lá? É o amor de Deus, para servir, para ajuda.

 

Atendimento religioso e social

Nós temos nesses países não só questão da religião. Eles são pobres que precisam de evangelização, de pastoral, de visita, de consolo, de assistência, mas a pobreza é muito grande, é uma região pobre das Filipinas, não há recursos. Então, atende-se nos dois campos, social e religioso. É muito trabalho. Em certo aspecto até mais o social do que o religioso.

 

O trabalho social é aberto a todos. Por exemplo, o nosso centro de saúde onde atuam voluntários, médicos da cidade, vem pessoas do povoado, das montanhas em volta, colinas. Ninguém pergunta se é cristão ou não, vem por motivo de saúde e são assistidos. No social é a pessoa.

 

Perseguição aos cristãos no mundo

Em agosto a Igreja celebrou o dia de oração pelos cristãos perseguidos, no dia 6. <Clique aqui> para saber mais. 

 

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Matéria publicada na edição de setembro de 2019 do Jornal da Comunidade (JC), da Arquidiocese de Londrina

 

“Tudo por amor e nada fora do amor” (Madre Leônia Milito)

 

Ajude a missão das Irmãs Claretianas de Madre Leônia a ajudar povos carentes em Moçambique na África.

 

Chá beneficente – Eis me aqui Moçambique

Data: 24/08 (sábado)
Horário: 14h às 17h45
Local: Espaço Dom Bosco – Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (Decanato Centro)
Endereço: Rua Dom Bosco, 55 (esquina com Av. Maringá)
Informações: (43) 3339-0808 / 3337-7175 ou  pelo Whatsapp (43) 99673-8611

 

 

 

Entre os dias 1 e 6 de julho, acadêmicos de três campi da PUCPR participam de ações voluntárias que visam construir uma sociedade mais justa e fraterna

 

Neste ano, acontece a 11ª Edição da Missão Universitária Irmão Henri Vergés. Entre os dias 1 e 6 de julho, acadêmicos da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR), Câmpus de Londrina, Maringá e Toledo estarão na cidade de Jesuítas (PR) para compartilharem experiências de fé, solidariedade, espiritualidade. Ao todo serão 45 estudantes que estarão em Jesuítas durante alguns dias do período de férias acadêmicas. Eles serão divididos em grupos e irão participar de diversas atividades junto às instituições sociais e educacionais do município.

 

“Para desenvolver este projeto partimos da convicção de que o jovem universitário possui grande dinamismo e vontade de construir um mundo diferente daquele no qual se insere”, destaca o analista de Pastoral da PUCPR de Toledo, Alcione José Feix. “Essa vontade de transformação revela um ímpeto de querer envolver-se em experiências humanitárias que o desafiem a superar cada vez mais as suas limitações culturais e históricas”, completa.

 

A Missão Universitária Irmão Henri Vergès propõe ser uma experiência propulsora de reflexão sobre a dignidade humana que visa a educação para a vida e para os valores sociais. Sua principal motivação está na possibilidade de desenvolvimento de ações com a aplicação dos conhecimentos acadêmicos. Os alunos passam por um processo de seleção e 15 são selecionados entre os candidatos. Em Maringá, o maior grupo é o dos alunos do curso de Direito e os participantes têm entre 17 e 21 anos.

 

Para Marcos Tonassi, analista de Pastoral da PUCPR em Londrina, a experiência é marcante porque coloca os jovens em contato com uma realidade desconhecida para eles. O destino é escolhido para que as comunidades mais necessitadas recebem apoio, por isso ao chegar eles realizam diferentes trabalhos como ações de conscientização, visitas às famílias e apoiam ações solidárias da própria comunidade. “O envolvimento com as atividades, com outras pessoas de diferentes idades e realidades sociais, ajuda a moldar o caráter com uma postura mais solidária, mais humana. Ao retornarem da missão muitos se tornam líderes em suas comunidades, nas atléticas, centros acadêmicos e multiplicam essa nova visão de mundo”, avalia.

 

Os alunos irão ministrar palestras em escolas municipais e estaduais, visitar algumas famílias, realizar atividades com as crianças na praça e com os idosos em parceria com o CRAS, entre outras iniciativas. O grupo ficará hospedado na Paróquia Santo Inácio de Loyola, base para as ações comunitárias da missão.

PUCPR

 

Fotos Gustavo Ciolli