O Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Arquidiocese de Londrina disponibilizou, para o mês de maio, um Terço Vocacional pedindo a intercessão de Nossa Senhora para as vocações em nossa arquidiocese. “Neste ano no qual o Papa Francisco nos convida a oração, a fim de nos preparar para o Jubileu de 2025, nós, reunidos como ‘família de Deus’ (Ef 2, 19), junto de Maria Santíssima, nossa Mãe, suplicamos ao Pai Eterno a graça de novas e santas vocações para a Igreja de Londrina e do mundo”, convida o documento encaminhado às paróquias e comunidades da arquidiocese.

Os mistérios do Terço Vocacional contemplam os passos da caminhada vocacional, desde o chamado até a fidelidade ao convite do Senhor. E cada dezena pede especialmente por um grupo de pessoas: pelos jovens que estão discernindo a vocação; pelas pessoas que já descobriram sua vocação; pelos vocacionados ao matrimônio; pelos vocacionados ao sacramento da Ordem; e pelos vocacionados à vida consagrada.

O roteiro do terço pode ser acessado no <link>.

A verdadeira devoção brota da verdadeira fé, que conduz a reconhecer a dignidade da Mãe de Deus, a nutrir sentimentos de filial amor por ela, a imitar a sua generosa união com Cristo, porque isto é o que de fato importa; esta deve ser para todos a norma suprema de toda devoção na Santa Igreja de Deus.

Para responder à pergunta “Como a Igreja cultua Nossa Senhora?”, vamos nos servir dos números 66 e 67 da LUMEN GENTIUM, que são dedicados respectivamente a focalizar a natureza e o fundamento do culto à Virgem e as normas pastorais.

No número 66 se sublinha três argumentos (teológico, histórico, bíblico) que demonstram como a devoção a Maria é plenamente legítima e assim se adentra nos deveres religiosos do povo de Deus.

A Virgem Maria é honrada na Igreja “com culto especial”, em razão da função a ela confiada, enquanto “Mãe de Deus”, e que se apresentou no plano da salvação: “Maria toma parte nos mistérios da vida de Cristo”. O texto se limita às palavras da mais antiga oração em honra de Maria, ou seja, o “Sub tuum praesidium”, invocação que remonta o século III, no qual se encontra o título “Theotokos” – Mãe de Deus.

O documento destaca quatro adjetivos do culto mariano: Veneração, amor, invocação e imitação. A veneração está intimamente ligada ao amor, enquanto que a invocação se alinha com a imitação de suas virtudes. Do culto reservado à Mãe de Deus, se afirma que difere essencialmente do “culto de adoração, prestado ao Verbo encarnado, assim como ao Pai e ao Espírito Santo”. Cristo é Deus por natureza; Maria, ao contrário, é criatura. A Cristo é devido o culto de adoração, a ela o culto de veneração, ainda que imensamente superior ao culto tributado aos anjos e santos.

O número 67 traduz em diretrizes concretas os grandes princípios doutrinais:

– Em primeiro lugar são chamados a “promover generosamente o culto, especialmente litúrgico, à Beata Virgem. O culto à Beata Virgem Maria em geral, especialmente o litúrgico, deve ser generosamente promovido e realizado por todos.

– Em segundo lugar, são convocados a terem em grande estima “as práticas e os exercícios de piedade recomendados durante séculos pela Igreja. O fundamento e a finalidade do culto à Mãe de Deus faz parte da doutrina católica: doutrina que o concílio mesmo deliberadamente ensina.

– Em terceiro lugar, são exortados a observar quanto no passado foi estabelecido acerca do culto das imagens de Cristo, da beata Virgem e dos santos.

São chamados a deixarem-se guiar pelas fontes da fé: A Sagrada Escritura; os santos Padres; os doutores e as liturgias da Igreja (seja oriental ou ocidental); o magistério, a estudar e conhecer a reta interpretação da doutrina eclesial.

Portanto, trata-se de educar os fiéis a cultivarem a devoção a Maria, abstendo-se do sentimento estéril e transitório fechados em si mesmos, bem como da vã e supersticiosa credulidade, fruto da ignorância e do erro.

Padre Valdomiro Rodrigues da Silva
Mestre em Mariologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Marianum, de Roma, Itália
Diretor Espiritual do Seminário Paulo VI

O Santuário Nacional de Aparecida vai representar o Brasil na “maratona” de oração convocada pelo Papa Francisco pelo fim de pandemia durante o mês de maio. Esta jornada de oração envolverá 30 santuários marianos do mundo. Hoje, dia 6 de maio, a partir das 11h, a oração do terço será rezada nesta intenção na Basílica de Aparecida (SP). A iniciativa está sendo realizada à luz da expressão bíblica: “De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus” (At 12,5). “Rezar com o Papa Francisco é rezar com a Igreja. Num gesto de eclesialidade e comunhão com o Santo Padre, o Santuário Nacional se une às famílias enlutadas. Só existe luto onde houve amor. Com esperança e fé recorremos à proteção da Santa Mãe de Deus, pelo fim da pandemia”, afirma o reitor da Basílica de Aparecida, padre Eduardo Catalfo.

 

O momento oracional será transmitido ao vivo pelas redes sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pelas redes sociais do Santuário Nacional (Facebook e YouTube), TV Aparecida, TV ao Vivo no A12 e Aplicativo Aparecida. Os canais oficiais da Santa Sé vão exibir a celebração às 13h, com tradução ao português, no horário de Brasília, 18h de Roma.

 

O templo que abriga a Imagem da Padroeira do Brasil vai se unir a um conjunto de 30 santuários dedicados à Virgem Maria em todo o mundo, que ao longo do mês de maio, elevarão preces pelo “término do contágio da Covid-19 e pela retomada das atividades sociais e do trabalho”, conforme destaca a nota emitida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, organizador do evento a nível mundial. A jornada de orações tem como tema em todos os santuários a expressão bíblica: “De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus” (At 12,5).

 

Além das intenções gerais, a celebração em Aparecida também rezará pelos jovens. Eles terão participação ativa na cerimônia, realizando as orações que compõem o terço. A cerimônia será presidida pelo arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes. As canções serão executadas por músicos do Projeto de Educação Musical do Santuário de Aparecida (PEMSA), um dos projetos sociais mantidos pelo Santuário Nacional.

 

Por orientação do Vaticano, a celebração será aberta aos fiéis que desejarem participar de forma presencial no interior da Basílica. Porém, as vagas no interior do templo serão restritas a capacidade atual do local, limitada a apenas dois fiéis por banco.

 

O ingresso será feito próximo à Capela da Ressurreição, na Esplanada São João Paulo II. No local, é realizada uma triagem com aferição de temperatura corporal e higienização das mãos. Só é permitida a entrada com uso de máscara, que deve ser utilizada durante todo o rito e em todo o complexo de acolhida.

 

Início da Jornada de Oração em Roma

O próprio Papa quem abriu o calendário de orações no último sábado, 1º de maio. O pontífice rezou na Capela Gregoriana da Basílica de São Pedro, diante de um ícone da Virgem Maria, venerado na Basílica Vaticana desde o século VII.

 

No final do Terço o Santo Padre proferiu uma oração da qual transcrevemos um trecho: “Sob vossa proteção buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus, na dramática situação atual, carregada de sofrimentos e angústias que oprimem o mundo inteiro, recorremos a Vós, Mãe de Deus e nossa Mãe, refugiando-nos sob a vossa proteção. Ó Virgem Maria, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos nesta pandemia do coronavírus e confortai a quantos se sentem perdidos e choram pelos seus familiares mortos e, por vezes, sepultados de uma maneira que fere a alma”.

 

Na ocasião, Francisco abençoou terços que serão enviados aos trinta santuários diretamente envolvidos na ação. Sendo que uma parcela deles será destinada ao Santuário de Aparecida, como presente do chefe da Igreja Católica ao maior centro de peregrinação do Brasil. Bergoglio também encerrará o calendário de preces rezando nos Jardins do Vaticano no dia 31 de maio. Os detalhes desta cerimônia ainda serão definidos e informados pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

 

CNBB