Em reunião com os padres por videoconferência, o arcebispo debateu sobre a situação da pandemia na arquidiocese

 

O clero da Arquidiocese de Londrina se reuniu neste dia 13 de maio, por videoconferência, para discutir a possibilidade de uma abertura gradual das igrejas para realização de missas com a presença de fiéis em Londrina e como as paróquias poderão se organizar para que todos os protocolos sanitários sejam observados em vista de uma possível autorização do poder público. A legislação estadual permite a abertura das igrejas para atendimento individual. Porém, a abertura para realização de celebrações presenciais depende de uma regulamentação municipal, que ainda não existe em Londrina, diferente de outros municípios, explica padre Vandemir Araujo, ecônomo da arquidiocese e pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Decanato Centro.

 

Foi encaminhada ao Coesp (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública), nesta quinta-feira, 14 de maio, uma solicitação de avaliação sobre a possibilidade da realização de celebrações com fiéis. O Coesp é o grupo de especialistas responsável por sugerir as medidas adotadas pelo poder público em Londrina para contenção da pandemia do novo coronavírus.

 

“É uma proposta concreta para o Coesp nos comprometendo a algumas atitudes de segurança [na possível retomada das celebrações presenciais] e tentando clarear um pouco mais essa questão da legislação”, explica o arcebispo dom Geremias Steinmetz. “Quanto à resposta, não sabemos quanto tempo demora.” A partir da avaliação do Coesp, os padres se reunirão novamente com o arcebispo para decidir as medidas a serem adotadas e as orientações aos fiéis.

 

Dom Geremias destacou que não é apenas a abertura das igrejas que preocupa o clero, mas também contribuir para que a pandemia não se desenvolva. “A Igreja é defensora da vida, a vida está em primeiro lugar”, apontou padre Rafael Solano, vigário geral da arquidiocese e pároco da Catedral do Sagrado Coração de Jesus. “A Arquidiocese de Londrina respeita as decisões da ciência que estão sendo muito acertadas e vamos seguir cuidadosamente e prudentemente os passos que devem ser dados com muita tranquilidade sem nenhum tipo de pressa”, explica o padre.

 

Videoconferência

 

A reunião por videoconferência teve a participação de cerca de 63 padres remotamente e outros 20 que acompanharam pelo auditório do Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor. Iniciou com uma apresentação do arcebispo sobre a situação atual e logo após foi aberto para os debates e colocações.

 

“O ideal da reunião é o presencial, mas considerando o momento em que nós estamos vivendo, até mesmo pelo tamanho da nossa arquidiocese, alguns padres são do grupo de risco, tem que se evitar aglomerações, é uma opção positiva”, afirma padre Vandemir.

 

Quanto à participação e envolvimento do clero na reunião, o padre considera excelente. “Tanto na escuta quanto no posicionamento, na colocação das opiniões, tiveram várias manifestações, então foi muito rico, realmente, o fato de ouvir, de poder falar.”

 

“Os padres tiveram a oportunidade de se expressar e dar suas opiniões”, acrescenta o padre Alessandro Bobinton, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Paz, Decanato Leste, e vigário judicial da Arquidiocese de Londrina.  “Claro que há divergências naturais, mas o debate é sempre salutar”, afirma. “O modelo virtual é o caminho para muitas atividades, novas formas de se reunir, estudar, debater, enfim, usar tudo isso também para nossa evangelização e serviço do Reino.”

 

Pós pandemia

 

Outra questão que começou a ser tratada na reunião foi o como agir quando a pandemia acabar. “Tem que se perguntar se a gente vai voltar simplesmente ao trabalho da Igreja como estava antes, com todo aquele atropelo, com todo aquele acúmulo de atividades, ou a gente já vai conseguir fazer uma síntese e ver aquilo que talvez a pandemia nos faz superar, ou aquilo que sugere que continuemos ou iniciemos no trabalho pastoral”, conclui dom Geremias.

 

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

 

 

Cerca de 20 padres acompanharam a reunião por videoconferência no auditório do Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor / Foto: Tiago Queiroz – Pascom Arquidiocesana

 

 

Foto de destaque: Missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátina, Decanato Cambé, 13/05/2020 | Terumi Sakai

A relevância e a importância das celebrações dentro do 14º Intereclesial

A celebração de abertura do 14º Intereclesial, consiste em ser o momento em que a arquidiocese, a cidade de Londrina se abre para acolher os participantes, visitantes, convidados  e observadores. É também o momento para as nossas comunidades paroquiais fazerem a grande acolhida a quem chega. A celebração de abertura tem o caráter de mostrar o rosto identitário do Paraná, de Londrina. É o momento também de colocarmos os elementos simbólicos, litúrgicos e os elementos da relação com o sagrado na perspectiva celebrativa.

Apresentação da Orquestra de Viola na abertura

Teremos na celebração, a acolhida, música, cantos, dança, elementos simbólicos e sígnicos que expressam a nossa cultura. É o momento de presentificarmos os grupos participantes do encontro, as regiões do Brasil. Presentificarmos os colaboradores, os convidados que vêm de várias partes do mundo e que estão antenados e conectados com o 14º  Intereclesial. É também o momento de tomarmos a cidade: a praça como lugar do encontro, da partilha, da alegria, do reencontro. Então, a praça, “monumento da Bíblia” se transforma, no dia 23, às 19hs, quando vamos começar, com uma bela apresentação da orquestra de viola, no momento de encontro na praça.

Celebração dos Mártires e defensores da vida no aterro do Igapó

Na sexta feira, dia 26, a celebração tem um cunho de fazermos a lembrança daqueles e daquelas que na história do povo, na caminhada do povo e da Igreja no Brasil, doaram a sua vida pela causa do reino, são os nossos Mártires, mas também vamos lembrar e presentificar centenas de pessoas defensoras da vida, de causas ecológicas, ambientais, de causas gerais, humanitárias.

Vamos fazer este momento de recordar, fazer memória daqueles e daquelas que fazem parte do coro dos iluminados, dos encantados que animaram e fizeram referência na comunidade. Teremos também um momento celebrativo, dentro do Intereclesial, macro ecumênico. Vamos exercitar nesta celebração o diálogo inter-religioso. Tomam parte nesta celebração pessoas, grupos, de outras igrejas, de outras confissões religiosas e também, não necessariamente de confissões religiosas, mas de  sonhos humanitários e ideológicos que possam somar e refletir uma espiritualidade libertadora daquilo que são os elementos constitutivos da defesa da vida.

Caminhada do Povo de Deus

Esta celebração será precedida de uma caminhada. A caminhada do povo de Deus, caminhar dentro da história do povo de Deus tem um significado, caminhar é estar a caminho, é estar atento para aquilo que precisa ser feito. Vamos levar as flâmulas, bandeiras, estandartes com os nomes dos mártires, dos defensores da vida. Será uma forma de externar os valores da defesa da vida e das causas humanitárias que nós como cristãos, e pessoas participantes deste momento histórico para o Brasil, defendemos.

Celebração eucarística de encerramento

No Moringão no dia 27, a celebração tem um caráter de ser a grande celebração do Encontro, então ela não esta ainda constituída. Será durante o encontro que a equipe de Liturgia, equipes de coordenação e as assessorias vão nos ajudando a pensar como vamos colocar dentro do rito litúrgico, da celebração eucarística, alguns elementos que nós queremos celebrar: as alegrias, as realizações do encontro, mas também apresentar o Agir, o pensar, o futuro. A Celebração tem também o caráter de envio, seja dos participantes do 14º para as comunidades de origem, seja daqueles que, nos seus espaços, que vão incrementar o que estudamos e refletimos: “os desafios do mundo urbano”. Além disso, a celebração será para  o envio para a próxima diocese regional que vai celebrar o 15º. Então a celebração Eucarística tem também este envio, estamos enviando em missão, em trabalho, em serviço, a próxima diocese que se prepara para receber o 15º. Vai ser um momento também de festa e de partilha. Celebrarmos a riqueza do que foi estes dias. Será uma celebração com elementos coloridos, festivos, para explicitar que na caminhada da vida de fé, tem também a comensalidade a festa da alegria e da partilha daquilo que foi experimentado nos cinco dias de encontro.

O Dia da Palavra  com as comunidades de todo o Brasil

O Dia da Palavra é um momento muito importante para a caminhada da nossa diocese que a tem como dinâmica, reflexão, estudo, modo de se reunir em comunidade, em torno da Palavra de Deus.  Cabe dizer que o Intereclçesial tem uma dinâmica e uma metodologia própria, mas tudo esta centrado e voltado para a luz da Palavra de Deus. Na nossa Diocese, como nós temos o “Dia da Palavra” como uma prática e metodologia  em torno da escuta, da Reflexão e do estudo da Palavra, nós queremos propiciar que todos os participantes do encontro do Intereclesial que estão hospedados nas 58 paróquias, entre Londrina, Cambé e Ibiporã, façam esta experiência, conheçam esta forma, este jeito.

O Dia da Palavra, que seria na primeira quinta feira do mês de fevereiro, em função deste momento, foi trazido para a última quinta feira de janeiro. O Dia da Palavra terá um material próprio com uma elaboração própria. As comunidades vão se reunir com este roteiro e terão um momento de partilha e convivência. As Paróquias que não vão hospedar também realizarão o Dia da Palavra com outro material dentro do livro dos  Grupos Bíblicos de Reflexão. O Dia da Palavra neste mês na nossa Diocese também está inserido no nosso Encontro, está em sintonia com o Lema: livro do Ex.3,7, “Eu vi e ouvi o clamor do meu Povo e desci para Libertá-lo”, então este é o tema motivador do Dia da Palavra.

O Cancioneiro: a música e a animação nas celebrações do 14º

Para compreendermos, também, a importância do canto, da música da musicalidade, da composição. As comunidades têm, na sua identidade, os artistas da caminhada, poetas e escritores, então o nosso livro de cantos, “ o cancioneiro” não é apenas uma lista de cantos ou de  música, ele busca reunir num conjunto de cantos, música, refrãos, mantras, letras que dizem respeito , que ajudam a gente não só a se animar, se alegrar, descontrair, mas a refletir. Vale lembrar que em cada plenária temática teremos uma equipe de canto que se esmerou em ensaiar, preparar e escolher as músicas e os cantos para aquele tempo. A música, portanto, não esta apenas para cobrir um intervalo, um vazio, para fazer o pessoal acordar, ela é complemento do estudo, da reflexão e da interpretação dos temas.

Os momentos Orantes foram preparados por uma grande região

Nós temos vários grupos compondo as grandes equipes de animação, que com seus instrumentos, vão ajudar e somar no grande coral das assembleias e grandes celebrações e também nas miniplenárias. Para a gente compreender que as músicas, o canto, ajudam a gente a refletir, se animar para a caminhada. Cabe destaque ainda, lembrar que em todas as manhãs nós temos a oração da manhã preparada por uma grande região, então este momento orante da manhã esta relacionado com o trabalho do dia. Nas três orações da manhã, do VER, JULGAR e AGIR, estão preparadas com muito carinho, cuidado e zêlo pelas equipes de liturgia das grandes regiões também para nos ajudar a motivar, não só para colocar no coração de Deus e diante do Espírito Santo nosso dia de trabalho, mas  a própria oração vai nos ajudando a pensar a dinâmica e a metodologia do trabalho daquele dia.

Equipe de Comunicação
14º Intereclesial

Foto destaque: Ampliada Nacional / Foto Facebook Jardel Neves Lopes.