Irmã Dulce, a primeira mulher nascida no Brasil a tornar-se santa, foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019, em uma celebração presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano. O Vaticano anunciou a canonização de Irmã Dulce em maio deste ano, quando um segundo milagre – a cura de uma pessoa cega – atribuído à religiosa, conhecida como “O Anjo bom da Bahia”, foi reconhecido por meio de decreto.

 

A beata recebeu o nome de Santa Dulce dos Pobres. O seu dia litúrgico será celebrado no dia 13 de agosto, a partir de 2020.

 

O milagre intriga médico. Mesmo após voltar a enxergar, os exames do homem apontam lesões que deveriam impedir a visão. Além desses dois milagres reconhecidos,  há mais de 10 mil relatos feitos por fiéis do mundo inteiro armazenados pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador (BA). Há depoimentos de cura de câncer, superação de vício em drogas, conquista de emprego, solução de dívidas e problemas familiares, sobrevivência a acidentes graves.

 

Segundo o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, trata-se da primeira santa brasileira desta época. “Irmã Dulce veio nos dizer que cada época tem seus santos, mas em uma coisa todos os santos são semelhantes: no amor a Deus e no amor e dedicação ao próximo, especialmente aos preferidos de Jesus, os mais pequeninos”, disse dom Murilo, durante uma coletiva de imprensa.

 

Para o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, a bem-aventurada Irmã Dulce é exemplar na vivência do amor cristão. O presidente da CNBB ressalta que se todos pudessem cultivar a fraternidade, a proximidade, com atitudes efetivas de amparo aos mais pobres, espelhando-se na vida de Irmã Dulce, o mundo se tornaria muito melhor.

 

PROCESSO

O processo de canonização de Irmã Dulce foi o terceiro mais rápido da Igreja Católica. O primeiro foi o do Papa São João Paulo II, que foi canonizado nove anos após a sua morte; depois, madre Tereza de Calcutá, que foi canonizada 19 anos após a sua morte; e agora Santa Dulce dos Pobres, canonizada após 27 anos de sua morte.

 

A arquidiocese de São Salvador criou a Comissão Arquidiocesana para a Celebração Pós-Canonização da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres com a tarefa de pensar uma grande celebração marcada para o dia 20 de outubro, na Arena Fonte Nova. Cerca de 500 crianças do Centro Educacional Santo Antônio contarão a história dos 60 anos das Obras Sociais da religiosa. 

 

O MILAGRE 

O maestro José Maurício Bragança Moreira, 50 anos, recebeu por intercessão de Irmã Dulce a graça da cura para um problema de glaucoma, voltando a enxergar mesmo não sendo considerado curado pela medicina.

 

“No dia do milagre, 10 de dezembro de 2014, passei a noite sem conseguir dormir e por volta das 4horas peguei a imagem de Irmã Dulce, que fica na cabeceira da minha cama, a coloquei nos meus olhos e pedi que ela aliviasse a minha dor. Quando eu acordei de manhã, a minha esposa me deu umas compressas de gelo e foi quando eu comecei a enxergar o gelo e a ver a minha mão, e aos poucos a visão foi voltando. O momento que começou o retorno da visão foi pouco tempo depois da oração. É um milagre”, afirmou.

Luciana Maia Hessel
PASCOM Arquidiocesana

 

 

Fotos: Arquivo

 

 

 

O Papa Francisco presidiu, nesta segunda-feira (1º/07), na Sala Clementina, no Vaticano, o Consistório Ordinário Público para a Canonização de cinco Beatos, dentre os quais Irmã Dulce Lopes Pontes.

 

Durante o Consistório, o Santo Padre anunciou a data de canonização dos cinco beatos. Será no domingo, 13 de outubro próximo.

 

Além de Irmã Dulce, serão canonizados os seguintes beatos: John Henry Newman, cardeal, fundador do Oratório de São Filipe Néri na Inglaterra; Giuseppina Vannini (no século Giuditta Adelaide Agata), fundadora das Filhas de São Camilo;  Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, fundadora da Congregação das Irmãs da Sagrada Família e Margherita Bays, Virgem, da Ordem Terceira de São Francisco de Assis

 

Irmã Dulce, cujo nome de batismo era Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, é recordada por sua obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados. Após canonização, a beata levará o nome santo de Santa Dulce dos Pobres e seu dia será celebrado sempre no dia 13 de agosto, a partir de 2020.

 

O Segundo Milagre

O Vaticano anunciou a canonização de Irmã Dulce em maio deste ano, quando um segundo milagre atribuído à intercessão da religiosa, também conhecida como “O Anjo bom da Bahia”, foi reconhecido por meio de decreto. A pessoa agraciada é um homem que morava na Bahia e foi curado após passar 14 anos cego. Ele participou da coletiva nesta segunda-feira.

 

O milagre teria ocorrido após o homem pedir a Irmã Dulce para interceder por ele, por conta de uma conjuntivite, pouco antes de dormir. Quando acordou, no dia seguinte, o homem havia melhorado da doença e voltado a enxergar, segundo a Arquidiocese de Salvador.

 

O milagre intriga médicos, pois, mesmo após voltar a enxergar, os exames do homem apontam lesões que deveriam impedir que ele tivesse o sentido.

 

Além desses dois milagres reconhecidos, mais de 10 mil outros relatos feitos por fiéis do mundo inteiro são armazenados pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador. Há depoimentos de cura de câncer, superação de vício em drogas, conquista de emprego, solução de dívidas e problemas familiares, sobrevivência a acidentes graves.

Com informações Vatican News