ver julgar agirOs desafios do Mundo Urbano: tema gerador do Encontro

As CEBs tem  um olhar, uma análise e tem posturas frente a realidade do mundo, por isso que no Intereclesial é de fundamental importância os momentos de estudo e  reflexão: esta é a parte que chamamos, de metodológica, do Encontro no aspecto da reflexão. É então o tempo também de, além de encontro, estudo, por isso nós vamos refletir em dois momentos: reflexões em torno do tema gerador do encontro: “desafios do mundo urbano”  e depois este tema a partir De treze desafios específicos. Então como vai ser este tema gerador, vai ser dentro do método Ver Julgar e agir. No primeiro dia, dia 24 na parte da manhã, teremos um momento de reflexão sobre o VER a realidade, porém antes de analisar esta realidade do mundo urbano, vamos ter um análise conjuntural, ou seja, como estamos vivendo hoje no que se refere a nossa conjuntura sócio, econômica, política ,ecologia. Quem fará está análise será Pedro Ribeiro, ele nos levará a identificar os desafios  do mundo urbano dentro de um contexto mais amplo que ultrapassa o mundo urbano: o planeta, a espécie humana. Ainda na parte da manhã da quarta feira, haverá uma reflexão com a professora Raquel Rolnick, ela fará uma análise destes desafios do mundo contemporâneo na cultura urbana hoje.

Um olhar da Fé e da caminhada  comunitária sobre a realidade

No segundo dia, na quinta feira, dia 25, para julgar esta realidade do mundo urbano, nós teremos, também, duas “falas”: a primeira, como a Bíblia orientou, no seu tempo, a caminhada do Povo de Deus nos desafios vividos. Quais foram as iniciativas que Deus teve para libertar o povo nos momentos difíceis. Vamos refletir como que perpassa os desafios e as iniciativas na Palavra de Deus, como foi a presença do Divino para orientar o povo nos  novos desafios até chegar no novo testamento, como, por exemplo, Paulo enfrentou estes problemas. Por meio desta luz, a partir da Bíblia, vamos ver que estes problemas não são só do mundo moderno, a humanidade sempre teve tendência de viver de forma comunitária, portanto sempre enfrentou estes desafios comunitariamente.  

Ainda no modo JULGAR, haverá outra provocação com Manoel Godoy. Ele vai nos orientar para a pastoralidade, ou seja, como as Igrejas, como a doutrina social da Igreja refletiu estes impactos de mudanças na vida urbana e nas comunidades, como por exemplo, a revolução industrial, como gerou  até pastorais especificas do mundo urbano. Vai apresentar, ainda, como os bispos do Brasil leram e interpretaram estes desafios e mesmo na América Latina , onde temos  grandes centro urbanos, como foi a convivência com tais mudanças. O  pensamento será então como a Igreja esta, ao longo da história, enfrentando estes desafios. “Um olhar a partir do olhar da Fé e da caminhada  comunitária sobre esta realidade”.

O Novo jeito de ser Igreja

No terceiro dia do 14º Intereclesial teremos um primeiro momento com o Sérgio Coutinho e a Solange dos Santos para ver o agir, ou seja, para mostrar as iniciativas que já tivemos para enfrentar estes desafios. Temos várias formas de viver e conviver, de denunciar, enfrentar, celebrar e se alegrar frente a realidade desafiadora. Na parte da manhã deste dia, na sexta feira, eles vão apresentar as experiências em andamento para superar estes desafios. No período da tarde, para já estimular as decisões que vamos tomar em nível de Regionais da CNBB, alguns assessores das CEBs vão trazer sugestões e nos  estimular a refletir de como podemos nos articular para fazermos com que as CEBs façam este estreitamento ou também se envolvam nestes processos dos desafios do mundo urbano, além disso como nós, nas nossas dioceses e nossos regionais, como vamos nos articular para mantermos esta viva chama deste jeito de ser Igreja, deste jeito de ser CEBs.

Flora Neves
Comunicação do 14º Intereclesial

cartaz 14 cebs final Entre os dias 23 e 27 de Janeiro de 2018 acontecerá em Londrina o 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEB´s). Este foi assumido, à época, por D. Orlando Brandes e a Arquidiocese de Londrina, na celebração final do Intereclesial que ocorreu em Juazeiro do Norte – CE, de 07 a 11 de Janeiro de 2014. O tema é “CEB´s e os desafios do Mundo Urbano” e o lema, retirado do Livro do Êxodo 3,7: “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo”. O evento já está totalmente preparado, pois uma Comissão foi composta aqui em Londrina que, juntamente com a Comissão Ampliada Nacional vem organizando e planejando a, pelo menos há 03 anos, todos os detalhes de cada evento que deverá ocorrer neste espaço de tempo.

Além de 03 grandes celebrações: a de Abertura (Praça da Bíblia), a dos Mártires e Defensores da Vida (Aterro do Lago Igapó) e a de Encerramento (Ginásio de Esportes Moringão), deverá acontecer no Moringão a Grande Plenária que reunirá todos os participantes. As mini-plenárias acontecerão com temas variados e em vários lugares, nas paróquias centrais de Londrina. Os temas que serão trabalhados nestas mini-plenárias refletem as muitas questões para construirmos uma cidade para todos e não para uns poucos privilegiados:  O acesso e condições de moradia; Os desafios da mobilidade (transporte e locomoção); As mudanças no mundo do trabalho e os impactos na participação da comunidade; Pluralismo: ecumenismo e diálogo inter-religioso; Democratização e participação na política partidária; O desafio das juventudes; Movimentos e organizações sociais e populares; Ecologia e o cuidado ambiental; Direito à saúde e saneamento; Mídias, novas tecnologias e direito a comunicação; A questão da violência e da segurança; Os desafios da formação e da educação; Desafio de acesso e participação da cultura e lazer.

Muita gente, em Londrina e municípios vizinhos, está preparada e esperando com alegre expectativa as quase três mil pessoas que virão para cá querendo participar deste evento. Os 17 regionais da CNBB deverão se fazer presentes. Vários outros países se farão representar. Pessoas de outras igrejas cristãs e outras religiões também se farão presentes. Teremos a marcante presença de bispos de muitas das dioceses do país que virão acompanhando os delegados de suas dioceses. Todas as famílias que irão receber os participantes em suas casas foram reunidas e receberam orientações para que todos possam acolher bem e sentir-se participantes plenos do Intereclesial. Iniciativas realmente edificantes deverão acontecer nas comunidades, tais como, o jantar e convivência com as famílias hospedeiras e o Dia da Palavra nas Comunidades Hospedeiras. Também a questão da alimentação, transporte, espaços físicos e outros quesitos que estão organizados e receberam, inclusive, apoio de técnicos da Prefeitura Municipal de Londrina e do Prefeito Municipal com todo o seu team, a quem agradecemos.

Além de toda a organização de acolhimento, hospedagem, trabalhos já descritos, temos a preparação, que vem ocorrendo há 03 anos, através do processo das Santas Missões Populares em vista do 14º Intereclesial. Muitas paróquias envolvidas, muitas comunidades envolvidas e muitas pessoas envolvidas. Parabéns a todos! Que venha o 14º Intereclesial! Vamos continuar bebendo desta fonte da Palavra, da Eucaristia, do Concílio Vaticano II, da Organização Social.

dom geremiasDom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano de Londrina

14 intereclesial cebs

A metodologia do 14º intereclesial prevê interação com as famílias,  com a comunidade londrinense e compromisso de ação com a sociedade brasileira.

A programação do 14º é conjugada com a metodologia do encontro. O Encontro é do dia 23 a 27 de janeiro e, neste período de cinco dias, teremos momentos em que as 3300 pessoas vão dialogar com a família, com a comunidade, com a diocese e com todos os que puderem ser mobilizados. No dia 23, terça feira, os delegados e convidados chegarão durante o dia. A abertura do encontro vai acontecer ás 19h30, no monumento da Bíblia. Será uma grande celebração de acolhida de todas e todos. Nossa perspectiva é que aproximadamente nove mil pessoas estejam na abertura. Poderão participar: todas as famílias que acolhem os “encontristas”, hospedeiros, as comunidades, paróquias, agentes de pastorais, lideranças de movimentos, ou seja, todos e todas são convidados. Assim, como as famílias acolheram durante o dia, a cidade de Londrina vai acolher todos, com o mesmo aconchego a noite.

 

VER  e JULGAR os temas que afligem o mundo urbano

Na quarta feira, dia 24, vamos iniciar os trabalhos no ginásio de esportes Moringão. Na parte da manhã é o momento do VER a realidade. Primeiramente teremos uma análise de conjuntura socioeconômica e política. Uma análise de como estamos passando pelas grandes crises: ambiental, econômica, política e de utopia com o professor Pedro Oliveira, na sequência, a professora Raquel Rolnik vai falar como a sociedade está organizada e vivendo a cultura urbana . Uma vez que somos mais de 80% da população, no caso do Brasil, que vivem nas área urbanas,a reflexão será de como a sociedade esta organizada a partir desta cultura urbana. Esta programação será na parte da manhã. Na hora do almoço os delegados vão para as praças, são 10 praças, almoçam e vão participar das 13 miniplenárias, com 13 temas específicos, que dialogam com o Ver tema central. Haverá uma “fala” de assessores/as de uns 40 minutos e os delegados vão para os pequenos grupos, refletirem como acontece isto em cada comunidade e voltam para apresentar a discussão nas miniplenária.

Depois do debate, já na noite de quarta feira, dia 24 a atividade é de integração do encontrista com a família, será um momento de integrar, socializar, suas histórias.

 

O Dia da Palavra com os encontristas de todo o Brasil

Na quinta feira pela manhã, novamente no Moringão, haverá a apresentação de uma síntese de tudo que aconteceu, no dia anterior e na sequência, haverá o que chamamos do JULGAR. O que a Palavra de Deus ilumina, o que os documentos da Igreja iluminam, em relação aos desafios do mundo urbano, um JULGAR desta realidade. Com os valores bíblicos evangélicos e pastorais. Depois do almoço nas praças, nas treze plenárias, o julgar com o tema específico, dialogando com o Julgar geral. Serão realizados os trabalhos de grupo, sistematização e apresentação nas miniplenárias.

Nesta quinta-feira o pessoal volta para as paróquias acolhedoras onde vai haver uma vivência com o Dia da Palavra nas comunidades. Isto é, aquilo que temos de mais original, por assim dizer, uma dimensão própria da diocese de Londrina que é o Dia da Palavra. Então os encontristas vão fazer esta vivência nas comunidades. Depois, cada comunidade vai preparar uma janta, uma partilha, um momento cultural para continuar tendo este clima de acolhida e interação.

 

A celebração dos Mártires e defensores da vida

Na sexta feira, todos vão para o Moringão, de manhã, tem a síntese do dia anterior, o JULGAR, e depois o AGIR. Haverá uma “fala” de como as comunidades estão fazendo estes enfrentamentos de superação destes desafios. Quais práticas, quais exercícios, quais iniciativas já temos em andamento no tecido eclesial, social, no Brasil, para superar e dialogar com estes desafios no mundo urbano. Depois do almoço nas praças, todos voltam para o Moringão. Teremos uma tarde cultural. As culturas que são produzidas pelas comunidades: literária, musical, artes plásticas. Como que, de fato, as comunidades produzem e vivenciam a cultura no mundo urbano. Será então, um tempo de reflexão e apresentação cultural dos artista da caminhada. No final da tarde tem uma motivação, organizada pela assessoria nacional, para o dia do sábado. Como que lá nos regionais vamos fazer o nosso agir. O delegados receberão uma orientação de como deverão refletir, sugerir e programarem o agir nos regionais, aprovarem a carta do 14º. Além deste ponto, os regionais vão dialogar, refletir, como vão se mobilizar e articular para dar garantia e manter A espiritualidade desse jeito de ser igreja no Brasil.

Depois desta reflexão, sairemos em caminhada até o aterro do Igapó. Poderão participar desse momento, todas as comunidades da arquidiocese. Aquelas que quiserem, poderão caminhar conosco, saindo do Moringão, ou, se for mais prático poderão ir até o aterro. Mas esperamos que todos vão até o Moringão para fazermos uma grande caminhada dos mártires e defensores da vida. Teremos lá no aterro uma grande celebração sobre os mártires e defensores da vida. Uma participação de aproximadamente seis mil pessoas.

Sábado pela manha o pessoal não vai para o Moringão.  Cada regional se reunirá numa paróquia para discutir as duas questões levantadas na sexta a tarde. Meio dia, o pessoal almoça nessas paroquias e todos irão para o Moringão onde serão encaminhadas as conclusões este grande debate  do 14º, aprovando as moções, a carta. Elegermos o local do 15º. As 18h30 teremos uma grande celebração Eucarística aberta para toda comunidade. Momento de Ação de graças e envio para o 15º.

Pe. Dirceu Fumagalli
Coordenador das Equipes de trabalho do 14º Intereclesial
Párodo da Rede de Comunidades Madre Leônia

Logo cebs do brasil

Dos 3.300 participantes, aproximadamente 3.000, já estão Inscritos para o 14º – Cerca de 100 indígenas: duas delegações Internacionais

Estamos dentro do previsto do nosso cronograma para a Construção do 14º Intereclesial de CEBs. Todas as inscrições dos 2970 delegados dos regionais já estão cadastradas no sistema do 14º. Serão delegações dos Regionais do Brasil, uma delegação com dez pessoas do Cone Sul e uma delegação da Europa com um grupo da França e outro da Itália. Todos os nomes já foram encaminhados para as famílias hospedeiras e as famílias já estão sabendo quem será seu hospede. Portanto, toda esta grande sistemática de chegada dos delegados dos regionais e a estrutura de acomodação dentro das famílias paroquiais já está organizada.

Delegações especiais convidadas e Assessores confirmados

cartaz 14 cebs finalAs outras delegações formadas por: bispos, representantes de organizações e pastorais populares, entidades parceiras, indígenas e outros convidados, ainda estão sendo confirmadas, no entanto, já temos mais de 50 bispos inscritos e aproximadamente 100 indígenas assegurados. Mais de 35 assessores e assessoras já foram confirmados para o Encontro. Eles e elas vão ajudar na reflexão dos temas, frente aos desafios propostos, nas miniplenárias e grandes plenárias. Toda a ação metodológica que envolve o encontro dentro da proposta do VER, JULGAR e AGIR, também, já está acertada pela equipe do secretariado de Londrina e Assessoria Nacional.

Equipes de Trabalho

Vinte e cinco equipes de trabalho do 14º já foram constituídas. Elas estão formalizadas e estão dando os encaminhamentos definitivos para o Encontro, entretanto, cada coordenador ou equipe de coordenação, ainda está em busca de novos membros: as Equipes estão abertas para agregar novos integrantes.

Pe. Dirceu Fumagalli
Coordenador do Secretariado do 14º Intereclesial

Os Encontros Intereclesiais das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), de acordo com o Documento 92 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) intitulado “Mensagem ao povo de Deus sobre as comunidades eclesiais de base” são definidos como patrimônio teológico e pastoral da Igreja no Brasil. Desde a realização do primeiro, em 1975, em Vitória (ES) reúnem-se diversas dioceses para troca de experiências e reflexão teológica e pastoral sobre a caminhada das CEBs. O evento congrega bispos, religiosos, assessores e animadores das comunidades.

Com o tema “CEBs e os desafios no mundo urbano” e o lema “Eu ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-los” (Ex 3,7), o 14º Intereclesial das CEBs ocorrerá em Londrina (PR), nos dias 23 a 27 de janeiro de 2018. O evento pretende reunir representantes de todas as regiões do Brasil, de países da América e de outros lugares para celebrar a diversidade e a beleza de viver o Evangelho de Jesus de Nazaré. Nele também se objetiva a expressão da comunhão entre os fiéis e seus pastores.

Segundo o arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz, anfitrião do próximo encontro, a iniciativa já conta com mais de duas mil pessoas inscritas. Para ele, a temática do evento, que trata a questão da realidade urbana, é necessária e urgente e, por isso, atraiu um grande número de participantes. “Hoje já temos um percentual de mais de 80% dos brasileiros vivendo em cidades, os que nelas não habitam vivem a cultura urbana de qualquer jeito, seja através da televisão, do rádio, da internet, e isso está tomando conta do nosso país”, afirma.

Para dom Geremias, a Igreja vem de encontro à temática, uma vez que quer debater junto à sociedade a questão dos direitos. “Queremos debater o assunto para que de fato o povo que vive nas cidades possa ter a sua dignidade humana respeitada e acima de tudo possa viver bem e para que isso aconteça entra a questão de uma série de direitos a ser conquistados, como é o caso do acesso à educação, ao transporte, à segurança pública, então são essas as questões que nós estamos enfrentando hoje”, complementa.

Subsídios

Rumo ao 14º Intereclesial das CEBs, o secretariado do evento apresentou os subsídios que irão animar a caminhada das comunidades em 2018. O texto-base que tem como título “CEBs e os Desafios do Mundo Urbano” é dividido no método ver, julgar e agir e, como o próprio nome indica, oferece uma reflexão sobre os desafios vividos no mundo urbano.

O primeiro capítulo do livro traz uma abordagem do processo de urbanização no Brasil, contextualizando a origem das cidades brasileiras, suas dinâmicas e culturas. No segundo capítulo, o texto-base traz uma fundamentação teológica para a ação das CEBs em relação aos desafios da cidade. Já no último capítulo são apontados os problemas mais graves ou mais urgentes pelos animadores de CEBs no Brasil, como a questão da moradia, violência, saúde, educação.

Além do texto-base, também já estão disponíveis para download o cartaz do evento, o cancioneiro e a oração que conduzirá o 14º Intereclesial. Confira no site www.cebsdobrasil.com.br.

CNBB

Somos povo da Esperança! Não importa quão grande seja o desafio!

Os delegados do 14º Intereclesial das CEBs da Arquidiocese de Londrina se reuniram na Comunidade São João Batista em Bela Vista do Paraíso, onde foram acolhidos fraternalmente pela articuladora das CEBs Conceição Casarin e pelo Pároco Pe. Jorge de Mello.

O encontro teve início com a Celebração Eucarística dos Grupos Bíblicos de Reflexão. Pe Jorge grande motivador das CEBs, lembrou o compromisso profético das comunidades, afirmando que os delegados são pessoas escolhidas não só para participarem do Intereclesial, mas  acima de tudo ajudar na construção da Igreja e sociedade que acreditam. “O Evangelho nos inquieta a refletir de qual lado que estamos não levando em conta a aparência. Sejamos como as comunidades de Paulo. Que possamos ser lembrados com saudades, que a fé ativa das CEBs seja motivo de Esperança” fala Pe. Jorge.

A assessora das CEBs da Arquidiocese de Londrina, Lenir de Assis apresentou o histórico dos Intereclesiais, e trabalhou a reflexão sobre o tema CEBs os Desafios no Mundo Urbano, bem como os temas das mini plenárias e o impacto desses desafios na vida das comunidades.

Frei Ildo Perondi promoveu uma belíssima reflexão sobre o lema, “Eu Vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-los”. Ex 7,3.

delegados 14 intereclesial (2)
Dom Geremias Steinmetz, Arcebispo Metropolitano de Londrina

Dom Geremias Steinmetz, Arcebispo de Londrina também participou do encontro,  trazendo palavras de ânimo para as Comunidades Eclesiais de Base. “A cultura urbana não é só um problema, mas muitas belezas. Traz desafios que precisamos dar resposta. O ouro precisa ser refinado. Não é só encontra-lo, mas gastar tempo e dedicar cuidados, limpar as impurezas para que possamos ver seu brilho. Na cultura urbana é a mesma coisa. As coisas não vêm separadas, clarinhas, isso é cristão, isso não é cristão, tudo está interligado e depende do olhar que interpreta. Precisamos enquanto Igreja estarmos atentos as periferias geográficas e existenciais. Temos um sonho de que o Evangelho esteja em todos os corações. Nossa Arquidiocese precisa aproveitar esse momento, vocês delegados, façam uma síntese e colaborem com o plano pastoral da arquidiocese, que sua percepção nos ajude a olhar o futuro da nossa realidade pastoral. O melhor trabalho pastoral é quando conseguimos congregar propostas e ideais, caminhar juntos. Um trabalho não só das CEBs, mas da Igreja de Londrina. Aprender com o diálogo freiriano, saber o que quer, falar dessa proposta de tal forma que outros a entendam e a considerem valida, com a linguagem e com a vida fazer a proposta ser colocada em prática” comenta Dom Geremias.

No período da tarde Pe. Dirceu Fumagalli, coordenador das Equipes de Trabalho apresentou a dinâmica do encontro, bem como as responsabilidades dos delegados locais, que  além de participarem, serão referência para os que vêm de outros lugares e o compromisso em dar continuidade na Arquidiocese de Londrina, fazendo frutificar as reflexões  desse tempo de preparação e participação no Intereclesial.

No encontro estiveram presentes representantes de 11 decanatos, Pastoral da Juventude e contou com a bonita presença de uma equipe de animação, que integra a Equipe do Intereclesial.

O Próximo encontro ficou agendado para 02 de dezembro às 14 horas na comunidade Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos.

Por Leoni Alves Garcia
Comunicação do Intereclesial

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A acolhida dos ícones do 14º Intereclesial das CEBs na Paróquia Nossa Senhora das Graças de Centenário do Sul foi na missa do último domingo, 16/07. A comunidade teve grande participação, principalmente no momento da homilia, no qual o pároco Pe. Marcos José dos Santos pediu para dois fiéis que participaram do Catorzinho falassem sobre sua experiência no encontro. Eles também comentaram sobre a caminhada e preparação do Intereclesial.
Os ícones do 14° percorreram todas as arquidioceses e dioceses do Paraná. Na Arquidiocese de Londrina, eles percorrerão todas as paróquias até a data do 14º.
A Paróquia Nossa Senhora das Graças preparou uma programação especial para acolher os ícones. Na segunda-feira, houve missa com pregação e reflexão sobre o tema e lema do 14º Intereclesial: CEBs e os desafios no mundo urbano, “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7). A terça-feira teve Adoração Eucarística, celebração da Palavra de Deus e Terço dos Homens e das Mulheres. O terço e a celebração de envio acontecerão na quarta-feira, dia 18, e terá uma caravana com os ícones do 14º até a Paróquia Cristo Rei, de Lupionópolis.

PASCOM Arquidiocesana

Há três anos, por meio das Santas Missões Populares (SMPs), comunidades católicas estão em processo de preparação para receberem em Londrina os integrantes das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). São pessoas de todas as partes do Brasil e da América Latina que virão para a cidade para o 14º Intereclesial das CEBs. O encontro, que ocorrerá de 23 a 28 de janeiro de 2018, tem como tema: CEBs e os Desafios do Mundo Urbano, e o lema: “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7).

Para preparar a comunidade londrinense para este importante momento para Igreja, nos dias 15 e 16 de julho, será realizado o Catorzinho, evento teste para o 14º Intereclesial. Será uma amostra do grande encontro das CEBs, momento de testar as equipes e também fazer conhecer o 14º Intereclesial. “O Catorzinho é fazer o 14º chegar nas paróquias, nas comunidades, nas famílias. É levar para toda a arquidiocese, de norte a sul, de leste a oeste. Todo mundo tem que saber, todo mundo tem viver essa experiência, que não é de um grupo, é da Igreja”, explica padre Marcos José, vigário geral da Arquidiocese de Londrina e coordenador do 14º Intereclesial em Londrina.

Nos dois dias do encontro, a arquidiocese vai experimentar  o que será feito em cinco dias em janeiro de 2018. “Vamos fazer em dois dias, com mil pessoas, para reproduzir em cinco dias para 3,5 mil. No Catorzinho vamos refletir 5 temas, no 14º, serão 13 temas.” Para que isso chegue até as pessoas, de três a cinco fiéis de cada paróquia vão participar do Catorzinho e levar a experiência para as comunidades. “Dom Orlando falava que tem que fazer barulho, que toda a arquidiocese tem que saber o que é o 14º Intereclesial. E como vão saber? O padre Marcos e a equipe falando só é muito pouco. Por isso os paroquianos vão participar, e levar para as comunidades”.

 

Comunidade de comunidades

Padre Marcos explica que o 14º Intereclesial e o Catorzinho são a vivência de comunidade de comunidades, como diz a CNBB. “Eu lá minha rua tenho grupo de reflexão, eu sou comunidade. Lá na minha paróquia estamos rezando missa nos setores, é comunidade. Hoje a Igreja tá se formando em igreja comunidade de comunidades, setores, grupos de reflexão, organização dos bairros, das ruas. Em Londrina, o Intereclesial veio pra reforçar essa experiência, também com cunho social, olhando para o pobre, para o doente, o necessitado, sem excluir. Sendo a Igreja de Jesus Cristo, Igreja a serviço da vida, da sua concepção até seu fim natural”.

 

14º Intereclesial

A arquidiocese conta com 20 equipes bastante estruturadas para preparar, organizar e divulgar o encontro. As reuniões acontecem no terceiro sábado do mês. “Vamos receber gente de todo o Brasil, animadores e animadoras das comunidades. Serão aproximadamente 3 mil agentes de pastoral que virão a Londrina em janeiro”.
O Intereclesial na Arquidiocese de Londrina também reforça a experiência de Igreja com os Grupos Bíblicos de Reflexão, com igrejas de comunidades, com a setorização, fazendo sempre mais uma igreja a serviço do reino e do Evangelho, explica o padre.

Uma igreja que cada dia mais responda aos apelos, anseios e desafios do tempo presente. E ao mesmo tempo próxima do povo. “É Deus que vem ao nosso encontro, que ouve nosso clamor e escuta a nossa voz. É Deus que age conosco. Mas Ele quer contar com a nossa participação. Por isso, esse é um tempo de graça para nossa Igreja de Londrina e também para o Brasil”.
Para o padre, o mais importante é o povo viver essa experiência eclesial na oração. “Por isso, nós já estamos rezando em nossas comunidades, nos Grupos Bíblicos de Reflexão e nos Dias da Palavra e convidamos toda comunidade a rezar pelo Intereclesial. Todos são chamados a fazer parte desta grande família, desta grande comunidade.”

Waurides Alves
PASCOM Arquidiocesana

Vamos voltar a cerca de 3250 anos atrás. O povo de Deus, depois de ter migrado por causa de uma grande fome, acabou sendo escravizado no Egito. Debaixo do domínio do Faraó o povo teve que trabalhar nas construções e grandes obras do império. A vida tornou-se “dura e amarga” (Ex 1,11.14).

Sem liberdade e sem condições de vida digna, o povo gemia enquanto a escravidão aumentava a cada dia e o sistema criava novos métodos de exploração (Ex 1,10-14; 1,16-22; 5,7-18). Ao povo só restou a sua voz. E então entre as dores e o sofrimento um grito elevou-se. Foi este grito que chegou aos ouvidos de Deus (Ex 2,23). O Deus que havia chamado os Pais e Mães e Fé e com eles havia feito a Aliança, ouviu este clamor: “Eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi seu grito por causa dos seus opressores, pois eu conheço as suas angústias. Por isso, desci para libertá-lo para mão dos egípcios…” (Ex 3,7-8a).

O texto revela o verdadeiro rosto do Deus da Bíblia. É um Deus que (porque não é cego); que ouve (porque não é surdo); que conhece (porque é parceiro e faz Aliança) e um Deus que desce (porque quer caminhar com o seu povo). Porém, não faz tudo sozinho; Ele quer ser parceiro; faz sua parte e quer que o povo faça a sua parte. Então do meio do povo, Deus suscita um líder, chamado Moisés, e age para cumprir a promessa: libertar o povo e fazê-lo subir para uma nova terra, onde corre leite e mel (Ex 3,9). Terra nova, lugar da doçura do mel (bem ao contrário do amargo da escravidão), lugar de sonhos e de esperança.

A libertação não foi fácil. Foi preciso organização, muitas lutas e alimentar a certeza de que Deus estava junto na caminhada. Esta foi a garantia que Ele mesmo deu “Eu estarei convosco!” (Ex 3,12). Mesmo durante a caminhada pelo deserto surgiram inúmeras dificuldades: mar pela frente (Ex 14,15-31); sede (15,22-27; 17,1-7); fome (16,1-35); inimigos (17,8-16); divisões internas (18,13-27); desânimo e gente querendo voltar atrás (Nm 11,4-6; 14,1-9); cobras venenosas (21,6)… Foi fazendo caminho, passo a passo, superando as dificuldades, que o povo chegou finalmente à Terra prometida e ali começou uma nova vida e uma nova sociedade.

Hoje continuamos caminhando. Não estamos mais debaixo da escravidão do Egito, mas outras opressões pesam sobre os ombros do povo, tornando a nossa vida “amarga e dura”. O povo grita por causa do desemprego, da falta de condições de saúde, problemas de moradia, de saneamento básico, migrações, discriminações, stress e depressões, drogas e violência, e agora a ameaça de nunca se aposentar com a “reforma da Previdência”. São tantos gritos sobem até Deus, e mais uma vez nossa certeza é esta: o mesmo Deus que ouviu os gritos, continua hoje escutando nossos lamentos, nossas dores e sofrimentos. Continua também querendo descer para fazer caminhada.

O 14º Intereclesial das CEBs está chegando. Em janeiro de 2018 de todas as partes do Brasil, da América Latina, e até de outros continentes, virão a Londrina pessoas das CEBs que chegarão gritando em nome do povo oprimido de hoje. Nosso Deus continua fiel à sua promessa e permanece sempre coerente. Seu olhar e seu ouvir estão sempre atentos aos clamores do seu povo sofrido. Ele vê, ouve, conhece e desce para libertar. Desce e vem até nós para fazer caminhada, para ser o Deus Conosco nos convidando a evangelizar o mundo das cidades! Não é um Deus que fará tudo sozinho. No Egito Ele disse a Moisés: “Vá eu hoje te envio…” (Ex 3,10). E hoje Ele escuta nosso grito, mas também continua nos enviando: “Vão às cidades e anunciem e boa notícia do Evangelho!”.

Frei Ildo Perondi