A Quaresma tem sua origem nos quarenta dias de preparação imediata dos catecúmenos ao batismo na noite de Páscoa e à reconciliação dos penitentes na Quinta feira Santa pela parte da manhã. Quando o batismo de crianças se generalizou e a penitência pública se transformou em penitência privada, a Quaresma passou a ser, para todos os cristãos já batizados, um tempo de revisão de vida. Ainda hoje, expressam esta disposição, assumindo as práticas penitenciais, antes praticadas pelos catecúmenos e pelos penitentes. Durante, ou mais no final da Quaresma, celebram o sacramento da confissão e na vigília pascal renovam as promessas batismais.

No próximo domingo, o terceiro da Quaresma, as leituras nos remetem para o tema da água, símbolo principal do batismo, e também da confissão, pois como lembra Santo Ambrósio, a pecadora do Evangelho se purificou dos pecados lavando os pés de Jesus com a água de suas lágrimas (A Penitência, II, 8,66).

A primeira leitura colocava diante dos olhos e do coração dos catecúmenos e dos penitentes, e hoje diante de nossos olhos, a trágica história do povo de Israel que, em Meribá e em Massa, provocou o Senhor, apesar de ter presenciado tantas maravilhas de Deus em seu favor. Este acontecimento marcou profundamente a história e a espiritualidade do povo. É recordado em diversos textos do Antigo Testamento:

“Tentaram a Deus no seu coração, pedindo comida segundo seu capricho. Falaram contra Deus dizendo: Será que Deus pode preparar uma mesa no deserto? Eis que bateu na rocha, escorreram águas e as torrentes transbordaram” (Sl 78,18-20). “Vinde, exultemos no Senhor, aclamemos o Rochedo que nos salva” (Sl 94,1). “Eles nunca passaram sede, mesmo quando os conduzia pelo deserto. Para eles tirou água de uma pedra: bateu na pedra e a água correu” (Is 48,21).

No Novo Testamento, São Paulo se refere a este texto com o seguinte comentário: “Todos beberam da mesma bebida espiritual; de fato, bebiam de uma rocha espiritual que os acompanhava. Essa rocha era o Cristo. (…) Esses acontecimentos se tornaram símbolo para nós, a fim de não desejarmos coisas más, como eles desejaram” (1Cor 10,4.6).

No Evangelho, Jesus também se refere a este episódio quando no último dia da grande festa dos Tabernáculos gritou para a multidão, dizendo: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, conforme diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Ele disse isso falando do Espírito que haviam de receber os que acreditassem nele” (Jo 7, 37-39). Com certeza, no diálogo com a samaritana, ao dizer: “Quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede, porque a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna” (Jo 4,14), também se referia a esta mesma passagem da água que brotou da rocha quando os judeus murmuraram contra Deus no deserto.

No livro do Apocalipse, as fontes de água formam parte da visão do céu: “O Cordeiro que está no meio do trono será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água vivificante” (Apc 7,17). “A quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte da água vivificante” (Apc 21,6; cf. 22,17).

Em sua liturgia, a Igreja vê nesta água, que saia da rocha. a água do batismo e as lágrimas da penitência.

Neste terceiro domingo da Quaresma, ainda hoje, os que se preparam para receber o batismo na Vigília Pascal realizam o que o ritual chama de primeiro escrutínio.

Escrutínio é uma oração de exorcismo que prepara o candidato para receber o Espírito Santo no batismo. Todo o rito deste primeiro escrutínio está relacionado com o encontro de Jesus com a samaritana no poço de Jacó. Como exemplo, citemos apenas a oração principal: “Pai de misericórdia, por vosso Filho vos compadecestes da samaritana e, com a mesma ternura de Pai, oferecestes a salvação a todo o pecador. Olhai em vosso amor estes eleitos que desejam receber, pelos sacramentos, a adoção de filhos: que eles, livres da servidão do pecado recebam o suave jugo de Cristo. Protegei-os em todos os perigos, a fim de que vos sirvam fielmente na paz e na alegria e vos rendam graças para sempre. Por Cristo, nosso Senhor. Amém” (RICA 164).

 Com certeza, neste terceiro domingo da Quaresma, a Igreja pretende alertar, no início aos catecúmenos, hoje a todos os cristãos, para as dificuldades que, como pessoas de fé, deverão enfrentar. Aos penitentes do início e de hoje, deseja suscitar a confiança no poder misericordioso de Deus. Assim como foi capaz de tirar água da rocha, poderá também, de seus corações empedernidos pelo pecado, fazer correr rios de água viva. 

dom manoel 1Dom Manoel João Francisco
Administrador Apostólico da Arquidiocese de Londrina
Bispo de Cornélio Procópio

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Km9 (decanato Sul) convida todas as mulheres da Arquidiocese de Londrina para o primeiro encontro do ano do Conselho Paroquial de Mulheres “Maria vai a luta” que será realizado amanhã, sexta feira (17), às 19h30 na Comunidade Nossa Senhora Aparecida – Km 9 (Av. Guilherme de Almeida, 2715).

Com momento de formação, partilha e muita alegria esse conselho vem fazendo grande diferença na vida e na vocação de todas as mulheres. Nesse encontro também será refletido a homenagem do Papa Francisco às mulheres com sua homilia onde ele disse que “sem a mulher não há harmonia no mundo”.

Contamos com a presença de todas as mulheres de nossa Arquidiocese.

URGENTE:

Está em curso um golpe contra as paróquias do Brasil utilizando o Anuário Católico. Ligam nas igrejas e casas paroquiais e dizem que a Promocat e o CERIS, responsáveis pelo Anuário Católico do Brasil 2009 a 2015, irão protestar o boleto de uma suposta compra do Anuário se o valor, entre 2 e 3 mil reais não for depositado imediatamente. Muitas paróquias estão caindo no golpe, infelizmente. A Promocat informa que registrou o Boletim de Ocorrência (BO), divulgou o golpe que ocorre de tempos em tempos já há mais de 8 anos, mas infelizmente há pouco o que fazer. Sugiro que, se possível,  divulgue esta nota nos seus contatos para que possam também ajudar na divulgação e combater esse golpe. Veja a nota abaixo:

A Promocat Marketing Integrado, empresa responsável pela Anuário Católico do Brasil edições 2011 e 2015, sob delegação do CERIS – Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais, órgão oficial da Igreja detentora do Anuário Católico do Brasil, vem esclarecer que não está executando nenhuma cobrança, simples ou em cartório, de nenhuma paróquia, diocese ou outra entidade da Igreja Católica no Brasil, referente ao Anuário Católico.

Assim como ocorreu este fato lamentável em outras ocasiões, empresas maliciosas e inexistentes que se passam por cartório de títulos e protestos ou até mesmo pela Promocat, estão ligando para as paróquias, dioceses e casas religiosas que constam no Anuário Católico dizendo que as mesmas estão em débito com o CERIS/PROMOCAT por terem adquirido o Anuário, e que tais débitos, se não pagos imediatamente, serão protestados. Anote isto com atenção: trata-se de empresas e pessoas más intencionadas com o único objetivo de ludibriar as pessoas aplicando golpes.

A Promocat esclarece ainda que não cobra, em hipótese alguma, pela publicação dos dados oficiais da Igreja publicados no Anuário. Tal publicação é gratuita e tem como base o Censo Oficial da Igreja no Brasil. Somente a venda do livro impresso – “Anuário Católico” – é cobrado de quem o adquire.

Nesse sentido, pede-se ATENÇÃO com essa tentativa de golpe relacionado ao Anuário Católico do Brasil. A Promocat aproveitas para pedir que divulguem essa nota para evitar que pessoas de bem, como você, não caiam no golpe que estão tentando aplicar.

Por fim, a Promocat Marketing informa que não é mais responsável pelo Censo Anual da Igreja e pela editoração e comercialização do Anuário Católico, tarefa repassada ao CERIS a partir deste ano de 2017.

Na unidade com a Igreja, agradecemos a atenção.

Promocat Marketing Integrado

www.promocat.com.br
cadastro@promocat.com.br
(12) 3311-0665 | 3105-0992

A Câmara Municipal de Ibiporã recebeu, logo após a Sessão Ordinária de segunda-feira (6), o padre André Luis de Oliveira, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Paz, que discorreu sobre a Campanha da Fraternidade 2017, com o tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). O espaço foi aberto prelo presidente da Casa, vereador Roberval dos Santos (PSDB), atendendo requerimento do vereador Professor Abreu (PSC).

Padre André solicitou aos vereadores especial atenção em projetos de instalações de novas indústrias, que mexam com o zoneamento e com o Plano Diretor, para que tenham cuidado com os estudos de impacto ambiental, afirmando que o econômico não deve estar acima da preservação da vida e da natureza.

O pároco lembrou que a destruição dos biomas afeta os indígenas, quilombolas, povos ribeirinhos e as periferias das cidades, principalmente os irmãos mais pobres, que devem ter atenção especial de todos os cidadãos, em especial da classe política que é quem define a lei e tem poder de fiscalização sobre as obras realizadas nos municípios.

A Campanha da Fraternidade (CF), realizada todos os anos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), teve início em 1964 com temas que diziam respeito apenas à Igreja. A partir de 1973, a CF começou a mostrar uma maior preocupação com a realidade social do povo brasileiro e os temas começaram a dar destaque à promoção da Justiça e a situações existenciais do povo brasileiro como a realidade sócio-econômico-política, marcada pela injustiça, pela exclusão e por altos índices de miséria.

A Campanha da Fraternidade 2017 tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da visa” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15).

O texto-base da CF 2017 tem como uma proposta principal dar uma ênfase maior à diversidade de cada bioma e criar as relações respeitosas com a vida e a cultura de todos os povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. A depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior.

Bioma quer dizer a vida que se manifesta em um conjunto semelhante de vegetação, água, superfície e animais. Uma “paisagem” que mostra uma unidade entre os diversos elementos da natureza. “Um bioma é formado por todos os seres vivos de uma determinada região, cuja vegetação é similar e contínua, cujo clima é mais ou menos uniforme, e cuja formação tem uma história comum” (Texto-Base CF 2017, Introdução).

O texto-base está divido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais, e também traz diversas reflexões nas perspectivas de São João Paulo II, Bento XVI e o Papa Francisco.

O cartaz da CF 2017 mostra o mapa do Brasil em imagens características de cada região do país, evidenciando a beleza natural do país, onde podem ser identificados os seis biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.

O cartaz também mostra o cenário, com os personagens principais, os povos originários, primeiros habitantes dos biomas; os pescadores, simbolizando o trabalho e o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, acontecido há 300 anos; e o povo brasileiro em sua relação com a natureza. Não podemos esquecer-nos de citar também a preocupação e o alerta para os perigos da devastação em curso, em nove de um “desenvolvimento” que visa unicamente o lucro.

pe andre sessao ordinaria1O cartaz pretende também despertar a atenção de toda a população para a maravilha da obra criadora de Deus, e convocar os cristãos e as pessoas de boa vontade ao comprometimento com o “Cultiva e guardar a criação” (Gn 2,15), nossa “casa comum”.

Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova. Todos nós cristãos recebemos o dom da fé e, na fé, somos despertados párea o cultivo e cuidado. São Gregório Magno, em uma de suas homilias, perguntava-se: “Que gênero de pessoas são aquelas que se apresentam sem o hábito nupcial? Em que consiste este hábito e como se pode adquiri-lo?” E sua resposta é: “Aqueles que foram chamados e se apresentam, de alguma maneira, têm fé. É a fé que lhes abre a porta; mas falta-lhes o hábito nupcial do amor. Cultiva e guardar tem a dinâmica do amor. Somos convidados ao hábito do cuidado e do cultivo”.

O Ano Nacional Mariano celebra os 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Aparecida com os pescadores do rio Paraíba. Encontro que desperta o cuidado e fortalece o cultivo. Cuidado com o Mistério revelado e cultivo da familiaridade. Hoje, é o rio que pede cuidado e cultivo.

É importante que cada comunidade, a partir do bioma em que vive, e em relação com os povos originários desse bioma, faça o discernimento de quais ações são possíveis e, entre elas quais são as mais importantes e de impacto mais positivo e duradouro.

Para este discernimento é importante ouvir a mensagem do Papa Francisco proferida no dia 01/09/2016 no Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. Francisco convida a renovar o diálogo sobre os sofrimentos que afligem os pobres e a devastação do meio ambiente. Para o Papa Francisco, é por nossa causa que milhares de espécies já não dão glória a Deus com sua existência. É devido à atividade humana que o planeta continua a aquecer. Este aquecimento provoca mudanças climáticas que geram a dolorosa crise dos migrantes forçados.

Os pobres do mundo, embora sejam os menos responsáveis pelas mudanças climáticas, são os mais vulneráveis e já sofrem os seus efeitos.

Fonte: portaltudo.com.br

As Paróquias do Decanato Leste de nossa Arquidiocese celebraram nesse último fim de semana o 3° Retiro Paroquial das Santas Missões Populares.

Com formações, testemunhos, orações e muita música todos os leigos e leigas sentiram a esperança e a força missionária que vem de Deus.

As comunidades vivem um novo momento com tudo que é vivenciado nos retiros. Com a cruz, símbolo da missão, os missionários sentem no coração e na vida o forte convite de Jesus: “Vem e Segue me”.

PASCOM Arquidiocesana

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Foto Destaque Paróquia Santa Rita de Cássia