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No domingo, dia 24 de outubro, a Cáritas Arquidiocesana de Londrina comemorou 25 anos de fundação com uma Missa em Ação de Graças celebrada pelo arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz, bispo referencial da Cáritas Regional Sul 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), na Paróquia Imaculada Conceição (Decanato Centro).

 

A celebração contou com a presença do diácono Dirceu Pereira da Silva, vice-presidente da Cáritas Regional Paraná, do padre Luís Laudino, pároco da Paróquia Imaculada Conceição e vice-presidente da primeira diretoria, do diácono Rosiel Martins, presidente da Cáritas, além da diretoria, agentes e voluntários.

 

A Cáritas é um organismo da Igreja Católica de promoção e atuação social, que trabalha em defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário. A entidade atua em 16 municípios da Arquidiocese de Londrina, com mais de 12 mil atendimentos por mês nas mais diferentes áreas de atuação.

 

“Atuamos junto aos excluídos em defesa da vida, e na participação da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural”, destacou a gerente Deusa Fávero. Uma das principais áreas de atuação, a Migração e Refúgio, foi lembrada na Santa Missa com as leituras dominicais sendo proclamadas por imigrantes em francês e espanhol.

 

Em sua homilia dom Geremias fez um paralelo do trabalho da Cáritas com o Evangelho do dia (Mc 10, 46-52), em que, após ser curado, o cego e mendigo Bartimeu seguiu Jesus pelo caminho.  “A maior vitória que a gente pode conquistar no trabalho com os oprimidos, com a gente que sofre, com os imigrantes é recolocá-las no caminho.”

 

Durante os 25 anos de atuação da Cáritas, pessoas foram recolocadas no caminho da dignidade humana, no respeito pela vida humana e família, caminho do trabalho, do bem-estar, da educação. “Este é o esforço que se faz no trabalho da Cáritas”, afirmou dom Geremias.

 

O arcebispo lembrou os primeiros passos da Cáritas Regional, lá nos idos de 2011, quando ainda havia poucas entidades ligadas ao Regional e que o esforço e trabalho durante estes 10 anos estão rendendo frutos com entidades se estruturando, se fortalecendo e outras dando os primeiros passos.

 

Ele também recordou como foi importante para o fortalecimento da Cáritas do Paraná e de Londrina, a Campanha da Fraternidade de 2019 que tratou das Políticas Públicas. “Os trabalhos foram se desenvolvendo, tendo em vista o que Jesus fez. Aquele cego entendeu quem Jesus é, ficou curado corporal e espiritualmente e colocou-se atrás de Jesus. Quando as pessoas [agentes e voluntários] se colocam a serviço profissionalmente, mas também pela fé, as pessoas podem de fato retomar o caminho e colocar-se no encalço de Nosso Senhor Jesus Cristo”, disse o arcebispo.

 

“Este é o sentido da Cáritas, por um lado social, por outro lado, espiritual e evangelizador”, ressaltou dom Geremias. O arcebispo encerrou sua homilia com uma provocação, que nos leva a refletir. “A Cáritas cresceu por que crescemos profissionalmente ou por que aumentaram os pobres?  Temos acesso a mais coisas do que tínhamos há dez anos, mas infelizmente o trabalho da Cáritas cresceu porque aumentaram os pobres, as pessoas que passam fome, as periferias de Londrina incharam. Hoje é um dia de agradecer a Deus, mas é um dia de reflexão”, concluiu.

 

O presidente da Cáritas Londrina, diácono Rosiel Martins, agradeceu a coragem dos agentes, voluntários, diretoria e a todos os envolvidos na missão de servir o próximo. “Ser Cáritas é estar presente na economia solidária, onde orientamos pequenos empreendedores e direcionamentos para o seu labor e sustento.  Ser Cáritas como em Lucas 10,25 (bom samaritano), quando vemos nos imigrantes, refugiados e apátridas o próximo. Ser Cáritas é estar presente em vários conselhos de nossa cidade.  Na sua essência ser Cáritas é ser caridade, ter empatia, servir com amor, e como sempre digo, a nossa missão é entender e praticar o que diz Mateus 25, 37-39”, disse o diácono.

 

Ele finalizou sua fala ressaltando a importância do trabalho dos voluntários, agradeceu a diretoria e afirmou que “os agentes são Deus para o próximo”.

 

Padre Luís Laudino participou da primeira diretoria da Cáritas em 1996. Ele recordou que estava em seu segundo ano como sacerdote, quando dom Albano Cavallin, arcebispo de Londrina, ligou para ele e disse: ‘Tenho um desafio para você e mais um casal”.

 

Eles foram até Lages, em Santa Catarina, conhecer o trabalho que era desenvolvido lá há mais de duas décadas. “A Cáritas começou pequena e hoje já é adulta, tem expressão, tem condição de estender as mãos”, comentou padre Laudino.

 

Ele frisou que há muitas coisas sendo feitas pelas Cáritas, mas que há necessidade de dar mais visibilidade a essas ações. “Há muitas coisas sendo feitas, quando não se mostra o que se faz, corre-se o risco de ficar às escondidas”, disse.

 

“A Cáritas não é minha, não é de dom Geremias, é da Igreja, por isso, a Cáritas depende de todos nós. Agradecemos ao bom Deus pelos 25 anos da Cáritas arquidiocesana. Daqui para frente temos obrigação moral e pastoral de fazermos com que o grito de Bartimeu não fique abafado”.

 

Aline Machado Parodi
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Daniel Kanki

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