A 3ª edição do Missal Romano tem entre suas principais novidades um novo calendário do Próprio dos Santos, que estabelece as missas para os santos e santas. No livro litúrgico traduzido para o Brasil estão os novos santos incluídos no Calendário Universal e também os santos brasileiros ou que possuem expressiva devoção no país, dentre eles Nossa Senhora Aparecida e São josé de Anchieta. As dioceses e paróquias poderão contar com o material a partir de agosto, mas já podem fazer sua reserva junto à Edições CNBB.

De acordo com o padre Leonardo Pinheiro, assessor que colaborou com a Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no último período da tradução, o novo calendário dos santos têm gerado “grande interesse” nas formações oferecidas pelo Brasil.

Confira as datas das celebrações dos santos:

Calendário Próprio do Brasil

São José de Anchieta (9 de junho)

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (9 de julho)

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires (17 de julho)

Santa Dulce Lopes Pontes (13 de agosto)

Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, Mateus Moreira, leigo, e companheiros mártires (3 de outubro)

São Benedito, o Negro (5 de outubro)

Nossa Senhora da Conceição Aparecida (12 de outubro)

São Pedro de Alcântara (19 de outubro)

Santo Antonio de Sant’Ana Galvão (25 de outubro)

São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo (19 de novembro)

Próprio dos Santos – Ciclo Eclesiológico: novos santos incluídos no Calendário Universal

Santíssimo Nome de Jesus (3 de janeiro)

Santa Josefina Bakhita (8 de fevereiro)

São Gregório de Narek (27 de fevereiro)

Sâo João de Ávila (10 de maio)

Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima (13 de maio)

São Cristóvão Magalhães e comp. mártires (México, 21 de maio)

Santa Rita de Cássia (22 de maio)

São Paulo VI (29 de maio)

Santo Agostinho Zhao Rong e comp. mártires (China, 8 de julho)

Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo – atualização: festa

Santa Maria Madalena – atualização: festa

São Charbel Makhluf (Líbano, 24 de julho)

Santos Irmãos marta, Maria e Lázaro (29 de julho)

Santa Teresa Benedita da Cruz (9 de agosto)

São Ponciano e Santo Hipólito (12 de agosto)

Santíssimo Nome da Bem-aventurada Virgem Maria (12 de setembro)

Santa Hildegarda de Bingen (17 de setembro)

São Pio de Pietrelcina (23 de setembro)

Santa Faustina Kowalska (6 de outubro)

São João XXIII (11 de outubro)

São João Paulo II (22 de outubro)

Santa Catarina de Alexandria (25 de novembro)

São João Diego (9 de dezembro)

Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto (10 de dezembro)

Festividade móvel

Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja – memória a ser celebrada na segunda-feira após Pentecostes.

CNBB

Imagem: CNBB

A imagem de Santa Mônica revela muito do que foi esta grande santa. Mãe de Santo Agostinho, rezou durante trinta anos pela conversão de seu filho. Depois que ele se converteu, ele e sua mãe passaram ter maravilhosas conversas sobre a fé, de tal forma que Santo Agostinho escreveu: “ela foi o meu alicerce espiritual, que me conduziu em direção da fé verdadeira. Minha mãe foi a intermediária entre mim e Deus.”

 

Santa Mônica faleceu no ano 387, aos 56 anos em Óstia na Itália onde foi sepultada. Foi canonizada em 1153 pelo Papa Alexandre III que a proclamou padroeira das mães cristãs, por ter sido a responsável pela conversão de Santo Agostinho, ensinando a fé cristã, a moral e a mansidão. Em 1430 suas relíquias foram transportadas para Roma e seu túmulo está na Basílica de Santo Agostinho.

 

Sua festa é comemorada no dia 27 de agosto.

 

A imagem de Santa Mônica e os símbolos e ensinamentos que ela contém.

 

O véu de Santa Mônica

Simboliza o decoro e a fidelidade que ela vivia. Estando casada com um homem rude e violento, Mônica recebia diversos conselhos para se separar. Ela, porém, permaneceu fiel, rezando por seu marido chamado Patrício. Por fim, teve a graça de vê-lo convertido.

 

O lenço branco de Santa Mônica

Simboliza o batismo e a fidelidade que ela teve em relação ao seu batismo. Com efeito, Santa Mônica conservou a pureza da fé batismal por toda a vida, praticando o amor cristão e a oração em seu lar e a caridade para com os pobres.

 

A túnica marrom de Santa Mônica

Simboliza sua simplicidade de vida. O marido de Santa Mônica era homem rico e influente em Tagaste, no Norte da África, onde viviam. Mônica, porém, nunca se deixou levar pela moda, pelas aparências, pela ostentação. Ao contrário, vestia-se com simplicidade, dando sempre um exemplo de modéstia e humildade.

 

O cajado de Santa Mônica

Simboliza sua caminhada de fé e o fato de ela ser mãe de um bispo, Santo Agostinho. Sua caminhada de fé é marcada pelas demoras de Deus. No entanto, ela nunca desanimou nem se revoltou contra o Pai Celeste, sabendo, pela fé, que “Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam”. (Romanos 8, 28)

 

O livro de Santa Mônica

Simboliza todo o ensinamento cristão que ela deu a seu marido e a seus filhos, especialmente Santo Agostinho. E santa Mônica não ensinou somente com as palavras, mas com a própria vida, com seu comportamento. Através de sua maneira de viver, de amar, de perdoar, aos poucos, os seus foram enxergando que ela vivia tudo o que ensinava.

 

Santa Mônica sentada sobre um tronco

Santa Mônica é representada sentada sobre um tronco. Pela folhagem pintada ao lado do tronco, vê-se que se trata de um tronco de carvalho. O carvalho, para os cristãos, é o símbolo da perseverança e da resistência, pois torna-se uma grande árvore muito resistente, que dura séculos. Alguns dizem que a cruz de Cristo era feita de carvalho. Assim, Santa Mônica sentada sobre um tronco de carvalho simboliza seus trinta anos de perseverança rezando pela conversão de seu filho e de seu marido.

 

Oração

“Nobilíssima Santa Mônica, rogai por todas as mães, principalmente por aquelas mães que se esquecem que ser mãe é sacrificar-se. Rogai, virtuosa Santa Mônica, para que abram-se as almas de todas as mães, para que elas enxerguem a beleza da vocação materna, a beleza do sacrifício materno. Rogai, Santa Mônica, para que todas as mães saibam abraçar com Fé o sofrimento e a dor, assumam seus filhos com coragem, como instrumento de santificação  para as famílias, e para sua própria santificação.”Amém!

 

Gisele Bonetta de Freitas
Leiga Consagrada da Ordem de Santo Agostinho (OSA)

Imagem destaque: “Santo Agostinho e Santa Mônica”, por Gioacchino Assereto.