O Movimento de Schoesntatt de Londrina celebra neste domingo (24), os 40 anos de sacerdócio do padre Ivan Simicic, 71 anos, que está a sete anos à frente dos trabalhos do movimento não só na cidade, mas também atuando em âmbito nacional, no Instituto de Famílias. A festa tem também um tom de agradecimento e despedida, pois o padre retorna a seu país de origem, o Chile. Às 10 horas ele celebra uma missa na capela do Colégio Mãe de Deus. Depois, participa de um almoço organizado por lideranças do movimento, mas os ingressos de adesão já estão esgotados.

 

De voz calma e palavras de muita sabedoria, padre Ivan não esconde sua alegria por sua vida sacerdotal. “Tenho uma gratidão muito grande a Deus, por ter me escolhido, por ter conduzido a minha vida antes e durante meu ministério.” Ele conta que decidiu pelo sacerdócio aos 22 anos, após concluir a faculdade de agronomia. Um período que na vida de todo jovem, como define, é marcado por grandes decisões – mais estudo, trabalho, casamento… “Optei por ser padre. E, para mim, tem sido uma experiência gratificante, plena. Pela possibilidade de servir em diferentes países, lugares, pessoas, grupos. Mas minha maior alegria e me sentir como um instrumento de Deus, da Mãe, para as pessoas e comunidades que Ele me confia.”

 

Padre Ivan cita os ensinamentos do padre José Kentenich, fundador da obra de Schoenstatt, sobre o sacerdócio, baseado no livro de Hebreus: o sacerdote deve ser tirado do seu povo para ser colocado a serviço desse povo. “Venho desse povo concreto, da família de Schoesntatt, para ser Seu instrumento, estar a Seu serviço.” Ele destaca que destes 40 anos de sacerdócio, a maior parte, 30 anos, trabalhou fora do Chile – na Alemanha, Espanha, Portugal e aqui no Brasil.

 

Ele disse que volta para casa bem contente com o que pôde fazer aqui especialmente pelo que encontrou em Londrina, no Brasil, que foram pessoas acolhedoras, de muita religiosidade, vida de Igreja, jovens que participam de grupos, de vida sacramental. Diferente do que encontrou nos demais países por onde passou e mesmo no Chile, seu país. “Vim para ficar 2 ou 3 anos e fiquei 7 anos. O número da perfeição. Deus quis que fosse aqui e sou muito agradecido a Deus, a esta comunidade, à igreja. Desejo que o trabalho pelas famílias continue e que não fique fechado ao movimento, mas chegue às paróquias, a toda a Igreja.”

Célia Guerra
PASCOM Arquidiocesana

Fotos: Marcelo Sardeto/Divulgação