A imigração tem como marco a chegada do navio Kasato Maru ao Porto de Santos em 18 de junho de 1908

O Dia da Imigração Japonesa, 18 de junho, será celebrado com missa em Ação de Graças na Paróquia Pessoal Nipo-brasileira Imaculada Conceição em Londrina (Rua Belo Horizonte, 795), às 8h30. A data faz referência ao 18 de junho de 1908, quando chegou ao Porto de Santos o navio Kasato Maru com os primeiros imigrantes japoneses no Brasil.

A Santa Missa é uma forma de homenagear e agradecer a Deus pela contribuição que os japoneses e descendentes deram à cidade de Londrina e região. O Brasil é o país que mais abriga japoneses e descentes fora do Japão, com mais de 2 milhões de nikkeis, 25 mil deles em Londrina.

“Queremos agradecer a Deus pelas famílias japonesas que vivem em Londrina e região, pela contribuição e ensinamentos que enobrecem a nossa cultura brasileira e servem de muita inspiração para o nosso dia a dia”, destaca o padre Emanuel José de Paula, pároco da Paróquia Nipo-brasileira.

A missa será celebrada em português com algumas inserções em japonês, como a leitura bíblica e os cantos, que serão executados todos em japonês pelo Coral Akatsuki no Hoshi, da Paróquia Nipo-brasileira, além de decoração típica.

Evangelização japonesa em Londrina

A evangelização católica dos japoneses em Londrina remonta a meados do século XX. Em 1958, o arcebispo da época, dom Geraldo Fernandes Bijos, trouxe do Japão dois padres japoneses (Haruo Sasaki e Pedro Katsumi Miyamoto) para trabalhar com a grande comunidade que se instalou aqui, que por tradição não conhecia o Evangelho e pouco falava do nosso idioma.

Antes disso, em 1957, foi criado o grupo Círculo Católico Estrela da Manhã (CCEM), com o objetivo de evangelizar jovens japoneses. O grupo funciona até hoje na paróquia nipo e é considerado o grupo de jovens mais antigo da Arquidiocese de Londrina.

Os dois padres começaram então um trabalho de evangelização, com visitas às colônias para conversar e atrair os japoneses à fé católica. Como ainda não existia o templo da Paróquia Imaculada Conceição, padre Sasaki fez um trabalho de arrecadação para a construção da igreja, a partir de festas, promoções e doações, inclusive de japoneses não batizados, que doavam espontaneamente para ajudar a comunidade.

Desde o começo, as missas na Paróquia Imaculada eram realizadas em português e em japonês, esta apenas aos domingos, como é até hoje. No centro catequético da comunidade nipo, ao lado da igreja, paroquianos tinham aulas de português.

A partir de 1982 o trabalho com os japoneses foi realizado pelo padre Lino Stahl, SJ, que teve a preocupação de incluir os japoneses na cultura brasileira, sem perder os costumes orientais.

Uma paróquia para os japoneses

Em 1989, foi criada a Paróquia Pessoal Nipo-brasileira, funcionando paralelamente aos trabalhos da Paróquia Imaculada Conceição na Rua Belo Horizonte. A paróquia pessoal atende e reúne os japoneses e descendentes de toda cidade de Londrina e carrega a característica de manter sua personalidade, linguagem, costumes e tradições daqueles que a construíram, explica o padre Emanuel José de Paula.

Serviço

Missa em Ação de Graças pelos 115 anos da Imigração Japonesa no Brasil

Domingo, 18 de junho, às 8h30

Local: Paróquia Pessoal Nipo-brasileira Imaculada Conceição (Rua Belo Horizonte, 795)

Pascom Paroquial

Foto: Guto Honjo

Com o tema Migração e Políticas Públicas, começou no domingo, dia 16, em todo Brasil a 34ª Semana do Migrante. Na arquidiocese a missa de abertura foi na Paróquia São Francisco Xavier, em Cambé, com a participação de haitianos e de toda comunidade paroquial.

 

 

 

 

Confira a programação:

19/06 – Quarta-feira – I Fórum de Direitos Humanos e Refugiados – PUC – das 8h às 12h

22/06 – Sábado – Londrina – Celebração ecumênica e confraternização – 14h – Catedral de Londrina

22/06 – Sábado – Rolândia – Confraternização – 15h – Paróquia São José

23/06 – Domingo – Londrina – Missa de Encerramento – 10h30 – Catedral de Londrina

23/06 – Domingo – Rolândia – Missa de Encerramento – 19h – Paróquia São José

 

 

No dia 17, as paróquias Nossa Senhora dos Migrantes, São Francisco Xavier e Nossa Senhora de Fátima, de Cambé rezaram o terço em intenção dos migrantes.

 

 

 

 

Fotos Pastoral do Migrante

A Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH) da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), reunida em Brasília no final de maio, analisou com preocupação a situação da intensificação do fluxo migratório dos venezuelanos que chegam ao Brasil pelo Estado de Roraima. O conteúdo da discussão foi publicado em carta assinada por Dom Enemésio Lazzaris, Bispo de Balsas (MA), Presidente da Comissão.

Segundo dados do ACNUR e da Polícia Federal do Brasil, estima-se que mais de 52 mil migrantes venezuelanos chegaram ao Brasil, sendo que a maioria ainda permanece em Boa Vista. Diariamente, chegam ao país em média 400 venezuelanos. A estimativa é que o fluxo aumente, apresenta a carta.

Com ações e campanhas, a Igreja do Brasil participa dos esforços da Reposta Humanitária, em Roraima. As ações têm apoio de congregações religiosas, organismos e pastorais sob a coordenação de Dom Mário da Silva, bispo de Roraima. “Não temos deixado essa responsabilidade apenas para as autoridades e organizações de Roraima”, afirmou a carta.

Resposta

A par da situação e da perspectiva de vida dos venezuelanos, a comissão afirma querer responder à urgência com uma ação profética e solidária, enquanto Igreja acolhedora. “Chamamos a atenção que muitos destes migrantes e refugiados são potenciais vítimas das múltiplas explorações, dentre elas, o tráfico humano nas suas diversas modalidades. Por isso, é importante responder com um olhar atento e ações concretas contra estas violações, por exemplo, recebendo e/ou acompanhando alguns desses irmãos que clamam por trabalho, moradia, alimentação e saúde”.

A carta finaliza com um agradecimento, “na certeza de que o bem que fazemos a um desses irmãos e irmãs é ao próprio Cristo que estamos fazendo”. “Que Nossa Senhora interceda junto a Deus por todos/as a fim de que nos empenhemos decididamente nessa missão de ‘acolher, proteger, promover e integrar’ nossos irmãos e irmãs imigrantes e refugiados em nossa pátria”, conclui.

Juliana Mastelini Moyses
PASCOM Arquidiocesana

Foto destaque: CNBB