A escatologia faz parte dos estudos teológicos e aborda as questões fundamentais da fé cristã: vida eterna, céu, juízo, inferno, purgatório, ressurreição, etc.

As aulas serão ministradas em oito módulos, presencialmente nas dependências da Paróquia Sagrados Corações, localizada na Rua Mato Grosso, 1167 – Centro, Londrina (PR).

Data: Terças-feiras, do dia 20 de fevereiro a 16 de abril de 2024
Horário: 19h30 às 21h30
Vagas limitadas
Investimento: R$ 30,00
Inscrições pelo site www.paroquiasagradoscoracoes.com.br
Informações na secretaria paroquial ou pelos telefones: (43) 3329-7064 ou (43) 99928-5247

Paróquia Sagrados Corações – Decanato Centro

Leigos e clero da Arquidiocese de Londrina participaram entre os dias 18 e 20 de setembro de curso sobre Escatologia, assessorado por dom Leomar Brustolin, bispo auxiliar de Porto Alegre, doutor em Teologia Sistemática. A escatologia é a doutrina que trata das últimas coisas que acontecerão com o ser humano. Fala sobre céu, inferno, purgatório, juízo final, parusia e também sobre a esperança cristã da vida eterna com Cristo.

O curso dos leigos foi nas noites de 18 e 19 de setembro na Catedral de Londrina e o curso com o clero foi nos dias de 19 e 20 de setembro na Casa de Retiros Emaús.

Na matéria, dom Leomar esclarece algumas questões abordadas no curso:

 

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Fotos: Edna Vieira, Guto Honjo e Tiago Queiroz

[dropcap]N[/dropcap]o dia de Todos os Santos e de Finados, convém recordar alguma coisa a respeito da escatologia, ou o discurso sobre as últimas coisas. A palavra “escatologia” designa as coisas que dizem respeito ao futuro da Comunidade e ao seu fim. A Bíblia, sem deixar de considerar o fim do grupo, se interessa também pelo fim de cada um de seus membros, ou seja, escatologia individual. No Antigo testamento este conceito tem em vista o futuro do povo de Israel. Olhando os patriarcas chega-se à conclusão de que Israel está convencido de que a promessa de uma felicidade futura, feita por Deus, remonta aos primeiros tempos de sua história, especialmente as promessas feitas por Deus a Abraão. Os profetas também são riquíssimos ao falar sobre o futuro em Deus. Com Jesus a promessa se realiza: O Reino de Deus já está aqui. Os milagres mostram um povo curado, vivo, purificado. A caminhada continua e a este “já realizado” do Reino acrescenta-se um “ainda não” realizado. Paulo também insiste no futuro, no “ainda-não”, portanto na parusia, em 1 e 2Ts e em 1Cor 15.

entardecerNós rezamos no Credo: “Creio na vida eterna”. Também sobre este quesito da nossa fé é possível refletir. Palavras como Juízo Particular, Céu, Purificação final ou Purgatório, Inferno, Juízo final, esperança de novos céus e nova terra, fazem parte do vocabulário do discurso sobre a escatologia cristã. O Catecismo da Igreja Católica diz no nº 1021: “A morte põe fim à vida do homem como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo. O Novo Testamento fala do juízo principalmente na perspectiva do encontro final com Cristo na segunda vinda deste, mas repetidas vezes afirma também a retribuição, imediatamente depois da morte, de cada um em função das suas obras e da sua fé”. Neste sentido é importante perceber que quando se fala de escatologia é preciso falar, em primeiro lugar sobre a seriedade da vida cristã que manifesta a esperança que nos alimenta.  No número do Catecismo da Igreja Católica citado acima mostra-se o tempo do “acolhimento” ou “recusa” da graça divina. Talvez aí esteja o centro da questão. Recusar a Deus ou seguir os seus princípios? Recusar Jesus Cristo ou fazer-se d´Ele um seguidor, discípulo? Num número anterior o Catecismo lembra que “A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo de graça e de misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir o seu destino último” (n. 1013).


A morte põe fim à vida do homem como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo” C.I.C. nº 1021


Esta é a nossa esperança. Ela alimenta em nós a certeza de que não caminhamos para um vazio, ou para o nada. Nós caminhamos na busca da realização final em Deus. Quem morre está nas mãos de Deus. Para, ainda, citar o Catecismo da Igreja Católica apelo para as seguintes palavras: Quando tiver terminado o único curso da vida terrestre, não voltaremos mais a outras vidas terrestres. Os homens devem morrer uma só vez (Hb 9,27). Não existe ´reencarnação´ depois da morte. (n. 1013). Esta é a paz que esperança cristã nos oferece. É esta paz que desejo a você, meu caro leitor.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispos Metropolitano de Londdrina