A Arquidiocese de Londrina celebrou na Quinta-feira Santa, 1 de abril, pela manhã, Santa Missa em sufrágio a dom Pedro Zilli, 66, bispo da Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, falecido no dia 31 de março em decorrência da COVID-19. A celebração foi presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ibiporã, com a presença da mãe, Terezinha de Jesus Zilli, e irmãos de dom Pedro.

 

Paulistano, Pedro Zilli mudou-se com a família para Ibiporã ainda na adolescência, onde fez formação no Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME) e ordenou-se presbítero no dia 5 de janeiro de 1985. Após sua ordenação, foi enviado em missão para o país da Guiné-Bissau, na África. Foi nomeado primeiro bispo da Diocese de Bafatá em março de 2001 e em junho foi ordenado bispo na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ibiporã, por dom Albano Cavallin.

 

A Santa Missa em sufrágio foi concelebrada por padre do PIME, pelo pároco, padre José Luís Primão, e padres da arquidiocese. A Santa Missa foi transmitida ao vivo para todo Paraná pelo Facebook da Arquidiocese de Londrina e do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pela Pastoral da Comunicação da Paróquia Nossa Senhora da Paz.

 

Pascom Arquidiocesana (com informações Regional Sul 2)

Fotos: Juliana Mastelini Moyses

 

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Aos 66 anos de idade, Dom Pedro Zilli faleceu em decorrência dcomplicações da Covid-19 

 

O Regional Sul 2 da CNBB recebeu, com pesar e tristeza, na tarde hoje, 31 de março, a notícia do falecimento de Dom Pedro Carlos Zilli, bispo da Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, África. Ele estava internado num hospital da cidade de Bissau, desde o dia 11 de março, para tratamento da Covid-19. Segundo o quadro clínico, Dom Pedro tinha feito uma boa recuperação da doença, mas na manhã de hoje teve uma rápida queda na saturação de oxigênio no sangue, necessitou de intubação e não resistiu.

 

Dom Pedro sempre foi muito próximo aos bispos da Igreja do Paraná por ser um “paranaense de adoção”, pois na adolescência veio com a família do interior de São Paulo para Ibiporã (PR). Missionário na Guiné-Bissau desde o ano de 1985, quando foi ordenado sacerdote, Dom Pedro sempre aproximou e envolveu o Paraná da missão que desenvolvia na África.

 

Sendo assim, no ano de 2011, o Conselho Missionário Regional (COMIRE) do Paraná começou a estudar a possibilidade de abrir uma missão Ad Gentes no país da Guiné-Bissau. Após um tempo de discernimento, amadurecimento e muito diálogo entre o COMIRE, os bispos do Paraná e Dom Pedro Zilli, em 2014, foram enviados os primeiros missionários para começar a Missão São Paulo VI, na cidade de Quebo. Uma missão que já caminha para o sétimo ano e, hoje, atua em três frentes: evangelização, saúde e educação.

 

Dom Pedro Zilli foi um grande missionário, um pai e pastor para o povo guineense e para todos os missionários que eram enviados à Guiné-Bissau. Era um homem simples, comunicativo, contador de histórias, amigo de todos, feliz na vocação sacerdotal missionária, enfim, um testemunho vivo do Evangelho.  

 

Biografia 

Dom Pedro Carlos Zilli (PIME) nasceu em Santa Cruz do Rio Pardo (SP) no dia 7 de outubro de 1954. Aos 17 anos mudou-se com a família para a cidade de Ibiporã (PR).

 

Foi ordenado sacerdote no Pontifício Instituto Missões Exteriores (PIME) no dia 5 de janeiro de 1985, na cidade de Ibiporã (PR). Logo após a ordenação, foi enviado em missão para o país da Guiné-Bissau, África, tornando-se vigário paroquial na missão de Bafatá.

 

Foi nomeado o primeiro bispo da Diocese de Bafatá no dia 13 de março de 2001. Sua ordenação episcopal aconteceu no dia 30 de junho de 2001, na cidade de Ibiporã (PR), tendo como ordenante principal o então arcebispo de Londrina (PR), Dom Albano Bortoletto Cavallin. Desde 19 de agosto de 2001, quando foi empossado como bispo diocesano de Bafatá, Dom Pedro pastoreou com muito zelo e amor essa Igreja particular a qual foi enviado.

 

Em um vídeo de testemunho vocacional, gravado em 2016, quando estava em passagem pelo Paraná, Dom Pedro afirmou:  

“Vivo o meu sacerdócio, depois como bispo, com muita tranquilidade, com uma convicção de fé muito profunda. Eu gosto muito daquela palavra de Jesus: “Eis que estarei convosco todos os dias e até o fim dos tempos”. Isso, especialmente nos momentos que a gente fica meio por baixo, e o bispo também fica. Então me vem muito forte essa promessa de Jesus que é uma realidade. E com isso já se foram 31 anos quase, como padre do PIME e como bispo anunciando o evangelho Jesus e vivendo a minha vocação”.  

 

Em seu testamento, Dom Pedro expressou o desejo de ser sepultado na Catedral de Bafatá, se morresse no país. O clero da diocese está organizando para que esse desejo seja atendido. Que Cristo, o bom Pastor, que chamou, enviou e sempre esteve junto a Dom Pedro em sua missão, o acolha em seu Reino e lhe conceda o descanso eterno. 

CNBB Regional Sul 2