Os padres Luis Paulo da Costa Monteiro e Paulo de Pina Araújo, da Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, África, estão em visita à Arquidiocese de Londrina. Guiné-Bissau é o pais onde a Igreja do Paraná mantém uma missão católica. O arcebispo dom Geremias Steinmetz visitou a missão no final do ano passado.

Nesta manhã os dois padres passaram pela Rádio Alvorada, onde participaram da programação ao vivo com o padre Ademar Lorrenzzetti, testemunhando a vivência da fé e do sacerdócio naquele país. Logo após, conheceram o Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor e aproveitaram para falar sobre sua estadia no Brasil e a experiência destes dias. Confira no vídeo.

No domingo, 13, os padres foram também até Ibiporã, onde visitaram a família de dom Pedro Zilli, PIME, falecido em 2021. Dom Pedro era missionário no país africano e bispo de Bafatá. Padre Luiz Paulo (da esquerda) foi o último sacerdote ordenado pelo prelado na diocese.

Pascom Arquidiocesana

Fotos: Pe. Anaucélison Aparecido Teodoro Moreira e Tiago Queiroz

Aos 66 anos de idade, Dom Pedro Zilli faleceu em decorrência dcomplicações da Covid-19 

 

O Regional Sul 2 da CNBB recebeu, com pesar e tristeza, na tarde hoje, 31 de março, a notícia do falecimento de Dom Pedro Carlos Zilli, bispo da Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, África. Ele estava internado num hospital da cidade de Bissau, desde o dia 11 de março, para tratamento da Covid-19. Segundo o quadro clínico, Dom Pedro tinha feito uma boa recuperação da doença, mas na manhã de hoje teve uma rápida queda na saturação de oxigênio no sangue, necessitou de intubação e não resistiu.

 

Dom Pedro sempre foi muito próximo aos bispos da Igreja do Paraná por ser um “paranaense de adoção”, pois na adolescência veio com a família do interior de São Paulo para Ibiporã (PR). Missionário na Guiné-Bissau desde o ano de 1985, quando foi ordenado sacerdote, Dom Pedro sempre aproximou e envolveu o Paraná da missão que desenvolvia na África.

 

Sendo assim, no ano de 2011, o Conselho Missionário Regional (COMIRE) do Paraná começou a estudar a possibilidade de abrir uma missão Ad Gentes no país da Guiné-Bissau. Após um tempo de discernimento, amadurecimento e muito diálogo entre o COMIRE, os bispos do Paraná e Dom Pedro Zilli, em 2014, foram enviados os primeiros missionários para começar a Missão São Paulo VI, na cidade de Quebo. Uma missão que já caminha para o sétimo ano e, hoje, atua em três frentes: evangelização, saúde e educação.

 

Dom Pedro Zilli foi um grande missionário, um pai e pastor para o povo guineense e para todos os missionários que eram enviados à Guiné-Bissau. Era um homem simples, comunicativo, contador de histórias, amigo de todos, feliz na vocação sacerdotal missionária, enfim, um testemunho vivo do Evangelho.  

 

Biografia 

Dom Pedro Carlos Zilli (PIME) nasceu em Santa Cruz do Rio Pardo (SP) no dia 7 de outubro de 1954. Aos 17 anos mudou-se com a família para a cidade de Ibiporã (PR).

 

Foi ordenado sacerdote no Pontifício Instituto Missões Exteriores (PIME) no dia 5 de janeiro de 1985, na cidade de Ibiporã (PR). Logo após a ordenação, foi enviado em missão para o país da Guiné-Bissau, África, tornando-se vigário paroquial na missão de Bafatá.

 

Foi nomeado o primeiro bispo da Diocese de Bafatá no dia 13 de março de 2001. Sua ordenação episcopal aconteceu no dia 30 de junho de 2001, na cidade de Ibiporã (PR), tendo como ordenante principal o então arcebispo de Londrina (PR), Dom Albano Bortoletto Cavallin. Desde 19 de agosto de 2001, quando foi empossado como bispo diocesano de Bafatá, Dom Pedro pastoreou com muito zelo e amor essa Igreja particular a qual foi enviado.

 

Em um vídeo de testemunho vocacional, gravado em 2016, quando estava em passagem pelo Paraná, Dom Pedro afirmou:  

“Vivo o meu sacerdócio, depois como bispo, com muita tranquilidade, com uma convicção de fé muito profunda. Eu gosto muito daquela palavra de Jesus: “Eis que estarei convosco todos os dias e até o fim dos tempos”. Isso, especialmente nos momentos que a gente fica meio por baixo, e o bispo também fica. Então me vem muito forte essa promessa de Jesus que é uma realidade. E com isso já se foram 31 anos quase, como padre do PIME e como bispo anunciando o evangelho Jesus e vivendo a minha vocação”.  

 

Em seu testamento, Dom Pedro expressou o desejo de ser sepultado na Catedral de Bafatá, se morresse no país. O clero da diocese está organizando para que esse desejo seja atendido. Que Cristo, o bom Pastor, que chamou, enviou e sempre esteve junto a Dom Pedro em sua missão, o acolha em seu Reino e lhe conceda o descanso eterno. 

CNBB Regional Sul 2