No dia primeiro de setembro, a arquidiocese celebrou a Missa de sétimo dia do Cardeal Geraldo Majella Agnelo, na Catedral Metropolitana de Londrina. A Santa Missa foi presidida pelo monsenhor Bernardo Gafá e concelebrada pelos padres Joel Ribeiro Medeiros, Wendel Perre, Humberto Lisboa Gema e Marco Tuliu Simonini.

Na homilia, monsenhor falou sobre dom Geraldo recordando as palavras de Maria no Magnificat: Deus olhou para a humildade de sua serva e fez em mim maravilhas. Assim como em Maria, destacou, Deus olhou para a humildade de seu servo e fez nele grandes coisas.

“De fato, quais são os cargos que dom Geraldo ocupou? Além de ser escolhido para ser um sacerdote, escolhido para ser bispo, arcebispo aqui de Londrina, que nos deu benefícios enormes estruturando a Igreja de Londrina depois do outro grande dom Geraldo Fernandes, dom Geraldo foi chamado para Roma, onde passou quase 10 anos, [como] secretário da Congregação de Liturgia. De lá foi primaz do Brasil, arcebispo de Salvador. Foi eleito presidente da CNBB. Foi eleito vice-presidente da Conferência Episcopal de toda América Latina”, continuou.

Qual o bispo, até hoje, ocupou todos esses cargos? – indagou monsenhor. “E, assim mesmo, era o humilde Geraldo, era o Geraldo de sempre. Geraldo amigo, servo de Deus”, destacou. “Por isso, meus amigos, nós temos hoje que agradecer a Deus esse prêmio que ele deu para nós”, finalizou.

Ao final da celebração, os fiéis colocaram em volta do altar da Catedral, 89 velas simbolizando os 89 anos de vida de dom Geraldo. “O altar é a luz que ilumina todas as pessoas na vida da Igreja”, explicou padre Joel.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Terumi Sakai

A Arquidiocese de Londrina informa que o estado de saúde do cardeal Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de São Salvador, teve uma significativa piora nos últimos dias. Dom Geraldo está em cuidados intensivos, recebendo oxigênio, internado em sua residência pelo Serviço de Atendimento Domiciliar (DOM), com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.

Pedimos que o Brasil reze pelo Cardeal pedindo a Deus as graças para este servo fiel da vinha do Senhor.

Em Cristo Jesus,

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo Metropolitano de Londrina

Foto: Claudio Nonaca

A Arquidiocese de Londrina se une em oração à Arquidiocese de São Paulo, que, neste dia 4 de julho, perdeu seu arcebispo emérito dom Cláudio Hummes. Damos graças por seu ministério e suplicamos a Deus que lhe conceda a paz e a luz do Cristo Ressuscitado.

Confira abaixo a nota emitida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer:

NOTA DE PESAR E ESPERANÇA:

falecimento do Cardeal Claudio Hummes
Arcebispo emérito de São Paulo
e Prefeito emérito da Congregação para o Clero

A Arquidiocese de Londrina se une em oração à Arquidiocese de São Paulo, que, neste dia 4 de julho, perdeu seu arcebispo emérito dom Cláudio Hummes. Damos graças por seu ministério e suplicamos a Deus que lhe conceda a paz e a luz do Cristo Ressuscitado.Confira abaixo a nota emitida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer:NOTA DE PESAR E ESPERANÇA:falecimento do Cardeal Claudio HummesArcebispo emérito de São Pauloe Prefeito emérito da Congregação para o CleroComunico, com grande pesar, o falecimento do Eminentíssimo Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo emérito de São Paulo e Prefeito emérito da Congregação para o Clero, no dia de hoje, com a idade de 88 anos incompletos, após prolongada enfermidade, que suportou com paciência e fé em Deus. O médico Dr. Rodrigo Paulino constatou a morte do Cardeal, ocorrida um pouco após às 9h da manhã de 04/07/2022.

Nascido em Salvador do Sul (RS), em 08.08.1934, entrou na vida religiosa da Ordem Franciscana dos Frades Menores; recebeu a ordenação sacerdotal em 3 de agosto de 1958 e a ordenação episcopal em 25 de maio de 1975. Foi bispo diocesano de Santo André (SP), Arcebispo de Fortaleza e Arcebispo de São Paulo. Foi feito membro do Colégio Cardinalício pelo Papa São João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001. De 2006 a 2011 trabalhou ao lado do Papa Bento XVI em Roma, como Prefeito da Congregação para o Clero. De volta ao Brasil, ocupou a função de Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, da CNBB, e da recém criada Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA).

Convido todos a elevarem preces a Deus em agradecimento pela vida operosa do falecido Cardeal Hummes e de sufrágio em seu favor, para que Deus o acolha e lhe dê a vida eterna, como creu e esperou. Deus acolha em suas moradas eternas nosso irmão falecido, cardeal Cláudio Hummes, e faça brilhar para ele a luz eterna.

Seu corpo será velado na Catedral Metropolitana de São Paulo, onde serão celebradas Santas Missas em diversos horários a serem oportunamente divulgados.

São Paulo, 04 de julho de 2022

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo

No dia em que se celebra os apóstolos Pedro e Paulo, Cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, bispo emérito de São Salvador, Bahia, completou 60 anos de sacerdócio. Duas cerimônias marcaram as comemorações.

A primeira, na sexta-feira, 30 de junho, foi a apresentação do hino litúrgico bizantino “Akathistos, em nome da Mãe de Deus”, na Catedral Metropolitana de Londrina. A peça teve a direção geral do maestro José Mario Tomal e contou com a participação de 300 músicos e atores. Akathistos já havia sido apresentada na década de 1980, quando dom Geraldo era arcebispo de Londrina.

O segundo momento, no sábado, 1 de julho, foi a Celebração Eucarística de Ação de Graças, na Catedral Metropolitana de Londrina, presidida pelo próprio Cardeal Majella. A missa foi concelebrada, dentre outros, pelo Núncio Apostólico do Brasil, dom Giovanni D’Aniello, que fez a homilia e leu a carta enviada pelo Papa Francisco ao cardel Majella; cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo; e dom Murilo Krieger, arcebispo de São Salvador. Estiveram presentes, também, cardeais, arcebispos e bispos do Brasil inteiro, padres, diáconos, seminaristas e o Sheik Ahmad Mahairi da Mesquita Rei Faiçal de Londrina.

Juliana Mastelini
PASCOM Arquidiocesana

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Fotografias: Wanderley Tolomi

O cardeal dom Geraldo Majella Agnelo  completa 60 anos de ordenação neste 29 de junho, dia de São Pedro. Ele recebeu a equipe do JC em seu apartamento no centro de Londrina, para uma entrevista

Segundo arcebispo de Londrina e hoje arcebispo emérito de São Salvador da Bahia, o cardeal Dom Geraldo Majella Agnello está prestes a completar 60 anos de sacerdócio. Uma trajetória iniciada em 29 de junho de 1957, na arquidiocese de São Paulo. Após mais de duas décadas de trabalhos em Roma e Salvador (BA), Dom Geraldo decidiu retornar a Londrina, cidade que o acolheu com carinho em 1983, quando, à época, era o arcebispo mais jovem do País. Mineiro de Juiz de Fora, ele conta um pouco de sua história e de seus trabalhos realizados nestas seis décadas de dedicação à Igreja.

JC: Como senhor decidiu ser padre? Como começou essa história?

Dom Geraldo Majella Agnelo: Essa história vem desde a infância. Desde a infância eu dizia “vou ser padre”, eu já aspirava à dedicação ao sacerdócio.  Naquele tempo, havia um padre que era o capelão das religiosas, que tinham um colégio em Juiz de Fora (MG). Todos os dias, eu ajudava nas missas celebradas por ele.  Estava já naquele tempo me dedicando à vocação para o sacerdócio. Tão pequeno, mas já estava dedicado ao sacerdócio.  E com 12 anos eu entrei no seminário, em 1945.

JC: E quanto à sua ordenação, quais são as suas recordações?

Dom Geraldo: O cardeal Motta (arcebispo de São Paulo, na época) era verdadeiramente um pai. Ele é quem devia me ordenar, junto com mais três outros sacerdotes. Mas, naquele dia ele estava de cama. Ele pediu ao bispo auxiliar, Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, que presidisse a ordenação. Mas, na hora da ordenação, o cardeal apareceu e ficou lá na estala dos cônegos, na catedral de São Paulo. Ele foi por minha causa, ele me queria muito bem. Ele foi para mim um verdadeiro pai. Viajei com ele muitas vezes. Tínhamos uma convivência muito boa.

JC: Quais foram seus primeiros trabalhos como sacerdote?

Dom Geraldo: Quando fui ordenado, meu primeiro trabalho foi em um seminário de vocações tardias, na Freguesia do Ó, em São Paulo. Nós éramos dois sacerdotes que trabalhávamos naquele seminário. Eu e o padre Francisco de Assis Gandolfo, já falecido há muitos anos. Íamos todos os dias celebrar a missa de lambreta. Hoje em dia, nem pensar uma coisa dessas em São Paulo. Mas naquele tempo, saíamos Gandolfo e eu, de lambreta, da Freguesia do Ó até a Paróquia Santo Antônio, na Barra Funda. Depois, fui mandado para Aparecida. Em Aparecida, tudo, naquela época, era diminuto. Eu fui, trabalhei lá, no seminário. Mais tarde, estudei Liturgia, em Roma, no Santo Anselmo. Toda semana, eu falava para a Rádio Vaticano sobre Liturgia.

JC: Como foi sua ordenação episcopal?

Dom Geraldo: Dom Paulo Evaristo Arns foi o celebrante de minha ordenação episcopal. Eu trabalhei muito com ele. Éramos muito unidos. Fui ordenado quando morria Paulo VI, em 6 de agosto de 1978.  Por Paulo VI, eu tenho muita admiração. Eu o conheci quando estudei em Roma. Admirava seu modo de ser, um grande papa. Uma benção de Deus.

JC: O senhor foi bispo de Toledo, arcebispo de Londrina e, mais tarde, arcebispo de Salvador. Como foram as experiências?

Dom Geraldo: Eu fui nomeado para Toledo em 1978. Fui o segundo bispo, sucedendo Dom Armando Cirio. Interessante que naquele tempo tínhamos um encontro toda semana, eu e Dom Armando. Uma coisa muito fraterna, mesmo. Ele, bispo de Cascavel, à época. Isso foi muito marcante para mim. Dele guardei uma lembrança muito carinhosa. Em Toledo, fiquei quatro anos. De Toledo, vim para cá. Então… Londrina não era um lugar pequenininho (risos). Aqui já era uma grande cidade. Foi muito interessante a diferença em relação a Toledo. Mas como em todas as minhas nomeações, nunca discuti ou perguntei, simplesmente fui. E aqui encontrei um povo que me acolhe muito bem. Em Salvador, fui muito bem recebido. Claro que lá tem todas as suas tradições… mas eu não brigava com ninguém. Com muita gente distante da Igreja, conseguia chegar e conversar.

JC: Qual foi sua participação no surgimento da Pastoral da Criança, que nasceu em 1983, aqui em nossa arquidiocese?

Dom Geraldo: Zilda Arns, médica, irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, assumiu comigo o trabalho. Montamos juntos todo o projeto. A proposta foi assumida com muito carinho em cada lugar onde foi apresentada. Depois, foi se espalhando pelo Brasil inteiro. Eu tive a oportunidade de acompanhar, indo aos mais distantes lugares do País, para visitar, para conversar com os bispos. Realmente, foi uma benção de Deus essa Pastoral da Criança. Fui colocado nesse trabalho por indicação de Dom Paulo, representando depois a pastoral diante do episcopado, na CNBB.

JC: Entre 1991 e 1999, o senhor trabalhou no Vaticano. Como foi trabalhar com São João Paulo II?

Dom Geraldo: Eu fui secretário da Congregação para o Culto Divino e disciplina dos sacramentos. Essa convivência em Roma é muito marcante. O Vaticano é interessante, tem várias congregações… A gente toma consciência de como a Igreja está pensando todas as questões. Eu tinha contato com muitos bispos. Afinal, todos os bispos do mundo vão a Roma a cada cinco anos, para apresentar o que tem sido feito em suas dioceses. Eles vinham visitar a Congregação. Tínhamos contato com o mundo inteiro. Quanto a São João Paulo II, eu estive muito próximo dele. Semanalmente, eu me encontrava com o Papa. Ele gostava de se encontrar com os bispos das congregações. Ele nos recebia para almoços, nos quais discutíamos temas. Dele sempre recebi apoio. Ele era uma pessoa extraordinária.

Pe. Evandro Delfino
PASCOM Arquidiocesana

Fotos (arquivo pessoal):