Neste sábado, 13 de abril de 2024, o arcebispo de Santa Maria, presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin, presidiu a Celebração de Instituição do Ministério do Catequista, durante a 61ª Assembleia Geral da CNBB. A celebração foi a primeira missa no Brasil na qual foram instituídos no ministério 19 catequistas representando todos os regionais da CNBB.

Dom Leomar em sua homilia apresentou a importância do ministério do Catequista na atualidade e seu papel fundamental para a propagação da Palavra de Deus. Durante a reflexão, ele destacou a necessidade de fortalecer o anúncio do Evangelho e o acompanhamento das pessoas na comunidade cristã, citando a exortação apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco. Ele ressaltou a importância de reconhecer a presença de Jesus em meio às adversidades da vida, fazendo referência ao relato bíblico da travessia do Mar da Galileia.

Ainda na homilia, também, enfatizou o papel fundamental dos catequistas na evangelização, mencionando a instituição desse ministério pelo Papa Francisco através do Motu próprio Antiquum Ministerium. Dom Leomar expressou sua gratidão aos 19 catequistas presentes na celebração, representantes dos 19 regionais da CNBB e reconheceu a diversidade de contextos em que atuam, desde comunidades indígenas até o trabalho com pessoas com deficiência.

Veja a homilia completa de dom Leonardo:

Símbolos entregues durante o ritual

A Cruz

Foto: Jaison Alves – Comunicação 61ª AG CNBB.

Para o catequista, a cruz representa não apenas um símbolo de fé, mas também um profundo compromisso com a missão de transmitir os ensinamentos de Cristo. A cruz é um lembrete constante do sacrifício supremo de Jesus e do amor redentor que ele demonstrou por toda a humanidade.

Para o catequista, carregar a cruz significa seguir o exemplo de Cristo, dedicando-se ao serviço aos outros, à educação na fé e ao testemunho do Evangelho. Assim, a cruz na vida do catequista é um símbolo de renúncia pessoal, de entrega total a Deus e de uma jornada de fé e serviço ao próximo.

A Bíblia

Na cerimônia, bispos entregam as bíblias ao catequistas. | Foto: Victória Holzbach – Comunicação 61ª AG CNBB.

A Bíblia é mais do que um livro sagrado; é uma fonte inesgotável de sabedoria, inspiração e orientação. Ela não apenas instrui sobre a fé e os ensinamentos cristãos, mas também nutre e fortalece a sua própria jornada espiritual. A Bíblia é o mapa que guia o catequista em sua missão de transmitir os ensinamentos de Cristo aos outros, servindo como um manual vivo de amor, compaixão e justiça. Ao mergulhar nas palavras sagradas, o catequista encontra respostas para as perguntas mais profundas da vida e descobre uma fonte de esperança e consolo em tempos de desafio. Assim, a Bíblia se torna não apenas um livro, mas um companheiro essencial em sua caminhada de fé e serviço.

A celebração foi um momento fecundo para os novos ministros da catequese. Todos sentiram-se abençoados sabendo do significado que é receber este Ministério como um serviço e de grande responsabilidade, que se traduz em amor a igreja e missão.

Testemunhos:

Para Maria Lúcia Pagliari Maciel, da diocese de Umuarama (PR), representando a CNBB Sul 2: “a catequese é permanente e tudo que o que eu rezo, falo e prego é aquilo que eu vivo. Vivo a catequese com a vida. Cristo vive e permanece em nós! As pessoas precisam sentir Jesus no seu olhar, na sua fala e no seu viver de cada dia.”

Flávio Souza dos Santos, da diocese de Eunápolis (BA) representante da CNBB Nordeste 3 diz que “a instituição recebida representa o coroamento dessa caminhada de evangelização que realizamos através do serviço à Catequese, levando as pessoas ao mergulho no grande mistério do encontro e do conhecimento de Jesus Cristo.”

A representante do Leste 2, da arquidiocese de Mariana (MG), Sueli de Fátima da Silva expressa que esse momento “foi o reavivamento e fortalecimento da vocação. Catequese é vocação, é dom Deus! O compromisso com o Reino de Deus e fazer com que Jesus Cristo se torne cada dia mais conhecido.”

“Como Ministra da Catequese estou sentindo a graça de viver este dom. E receber a Cruz, me parece muito pesada, mas seu propósito foi por amor, amor por mim, amor a Deus… Receber a Palavra de Deus, também tem um grande peso, pois traz consigo experiências de uma verdadeira Fé e um verdadeiro Testemunho. Mas o Senhor me chamou e eu respondi: Eis me aqui… Toma-me Senhor segundo Teu propósito”, são as palavras de Anamar Ferreira Arrais Silva, da diocese de Goiás, representante da CNBB Centro-Oeste.

Com colaboração de Jaison Alves (Sul 4) | Comunicação 61ª AG CNBB

Fotos: CNBB

O arcebispo dom Geremias Steinmetz finalizou no sábado, 6 de abril, a visita pastoral ao Decanato Sul da Arquidiocese de Londrina. A visita começou no dia primeiro e se estendeu ao longo de todo o mês de março. Nesse período, o arcebispo percorreu as seis paróquias do decanato, reuniu-se com religiosos, pastorais e movimentos, visitou enfermos, instituições de saúde e setores da sociedade.


No dia 23, véspera do Domingo de Ramos, dom Geremias presidiu a Missa de encerramento da visita com as comunidades na Paróquia Santo Antônio. Porém, a programação continuou nos dias 5 e 6 de abril. E encerrou oficialmente com uma reunião de avaliação com os padres do decanato.


Reportagem: Juliana Mastelini Moyses
Edição e Imagens: Tiago Queiroz
Imagens: Pascom Decanato Sul


O Diretor do Instituto Superior de Direito Canônico de Londrina, Pe. Marcio Fernando França, está presente na 61ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida, divulgando o Mestrado de Direito Canônico para os Bispos. Na foto, ele está acompanhado por Dom Geremias Steinmetz, Moderador do ISDCLondrina.

(Foto: Divulgação)

Nesta sexta-feira, 12 de abril, quatro jovens seminaristas do Seminário Propedêutico São José, de Cambé, estiveram no Centro de Pastoral Jesus Bom Pastor, onde está localizada a mitra e a cúria diocesana, para sua formação sobre Liturgia, com a irmã Angela Soldera, coordenadora arquidiocesana da catequese. Esta formação é realizada semanalmente no seminário, mas, eventualmente, os seminaristas terão aulas no centro de pastoral, oportunidade para conhecer os espaço da mitra e as atividades.

Pascom Arquidiocesana

Fotos: Juliana Mastelini Moyses

“‘O ensinamento dos bispos falecidos são parte do patrimônio testemunhal da Igreja”, destacou o arcebispo na homilia

A Missa com Laudes da sexta-feira, 12 de abril, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, durante a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fez memória dos bispos falecidos desde a última assembleia geral de 2023. A celebração foi presidida pelo arcebispo de Londrina (PR) e presidente do Regional Sul 2, dom Geremias Steinmetz, e concelebrada pelo arcebispo de Mariana (MG), dom Airton José dos Santos, e o bispo de Duque de Caxias (RJ), dom Tarcísio Nascentes dos Santos.

Refletindo sobre a importância de lembrar aqueles que contribuíram significativamente para a missão da Igreja, dom Geremias ressaltou: “É um dever para nós, mas é também uma honra, uma alegria, pois são pessoas que até a Assembleia Geral de 2023 caminhavam conosco.” Ele enfatizou ainda que os ensinamentos e obras dos bispos falecidos continuam a ser parte do patrimônio testemunhal, metodológico, espiritual, profético e espiritual da Igreja.

Dom Geremias faz memória dos bispos falecidos desde a 60ª AG CNBB, em 2023

Dom Geremias, na homilia, destacou a passagem do Evangelho de São João (Jo 6,1-15), na qual Jesus multiplica os pães para alimentar a multidão faminta e enfatizou a importância de “refletir sobre a força dos pequenos, do pouco de cada um para que não falte nada para ninguém” seguindo o exemplo do Reino de Deus.

Em memória dos bispos falecidos, o arcebispo citou os nomes e relembrou suas contribuições pastorais e pediu que, do lugar onde estão, intercedam para que a Igreja no Brasil seja fiel aos ensinamentos do Senhor Ressuscitado:

Dom Ricardo Guerrino Brusati, arcebispo emérito de Janaúba (MG), em 14 de maio de 2023.

Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo emérito de Mariana (MG), em 26 de julho de 2023.

Dom Fernando Legal, SDB, bispo emérito de São Miguel Paulista (SP), em 22 de agosto de 2023.

Cardeal Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de São Salvador da Bahia (BA), em 26 de agosto de 2023.

Dom Eurico dos Santos Veloso, arcebispo emérito de Juiz de Fora (MG), em 30 de setembro de 2023.

Dom Mauro Morelli, bispo emérito de Duque de Caxias (RJ), em 09 de outubro de 2023.

Dom José Haring, OFM, bispo emérito de Limoeiro do Norte (CE), 24 de dezembro de 2023.

Dom Walter Ivan de Azevedo, bispo emérito de São Gabriel da Cachoeira (AM), em 28 de janeiro de 2024.

Dom Antônio Fernando Brochini, CSS, bispo emérito de Itumbiara (GO), em 16 de março de 2024.

Destacando a vida e obra do cardeal dom Geraldo Majella Agnello, dom Geremias ressaltou seu papel na criação da Pastoral da Criança no Brasil, em 1983, ao lado da médica Zilda Arns. “Certamente um projeto inspirado pelo espírito”, afirmou o arcebispo, ressaltando a importância de projetos que unem o Evangelho à prática social.

“Imagino que estava numa situação como a de Jesus no Evangelho que ouvimos. Viu aquela multidão de famílias, com extremas dificuldades para sobreviver, numa cidade pequena do Norte Paranaense, onde tinha uma das maiores taxas de mortalidade infantil da época. Com esta percepção e com a ajuda das muitas pessoas certas, salvou milhares de vidas de crianças. Um Projeto que se espalhou por todo o país e por outros países para salvar vidas. Certamente um projeto inspirado pelo espírito. Bem ao estilo da Gaudium et Spes, que provoca para um diálogo fecundo entre o Evangelho e o mundo, a sociedade, a ciência, a tecnologia. Sempre objetivando a construção do Reino. Hoje temos mais presente a questão da sinodalidade. Pois estamos falando disso mesmo: precisamos iluminar a nossa pastoral com novas metodologias, novas criatividades”, descreveu dom Geremias.

Ao finalizar a homilia, dom Geremias conclamou os fiéis a seguirem os passos dos bispos falecidos, trabalhando incansavelmente pela vida e pela justiça. “Que eles, do lugar onde se encontram, intercedam para que nós sejamos sempre mais fiéis discípulos do Senhor Ressuscitado”, concluiu o arcebispo.

Assista à homilia completa:

CNBB

Fotos: CNBB

O documento do Dicastério para a Doutrina da Fé “Dignitas infinita” exigiu cinco anos de trabalho e inclui o magistério papal da última década: da guerra à pobreza, da violência contra os migrantes à cometida contra as mulheres, do aborto à maternidade sub-rogada e à eutanásia, da teoria do gênero à violência digital

Três capítulos oferecem os fundamentos para as afirmações contidas no quarto, dedicado a “algumas graves violações da dignidade humana”: é a declaração “Dignitas infinita” do Dicastério para a Doutrina da Fé, um documento que faz memória dos 75 anos da Declaração universal dos direitos do homem e reafirma «a imprescindibilidade do conceito de dignidade da pessoa humana ao interno da antropologia cristã» (Introdução). A principal novidade do documento, fruto de um trabalho que durou cinco anos, é a inclusão de alguns temas principais do recente magistério pontifício que acompanham aqueles bioéticos. No elenco “não exaustivo” que é oferecido, entre as violações da dignidade humana, ao lado do aborto, da eutanásia e da maternidade sub-rogada, aparecem a guerra, o drama da pobreza e dos migrantes, o tráfico de seres humanos. O novo texto contribui assim para superar a dicotomia existente entre quem se concentra de modo exclusivo na defesa da vida do nascituro ou do moribundo, esquecendo muitos outros atentados contra a dignidade humana e, vice-versa, quem se concentra somente na defesa dos pobres e dos migrantes, esquecendo que a vida deve ser defendida desde a concepção até a sua natural conclusão.

Princípios fundamentais

Nas primeiras três partes da declaração, são evocados os princípios fundamentais. «A Igreja, à luz da Revelação, reafirma de modo absoluto» a «dignidade ontológica da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus e redimida em Cristo Jesus» (1). Uma «dignidade inalienável» que corresponde «à natureza humana, para além de qualquer mudança cultural (6) e é «um dom recebido» e, portanto, está presente «por exemplo, em uma criança ainda não nascida, em uma pessoa em estado de inconsciência, em um idoso em agonia» (9). «A Igreja proclama a igual dignidade de todos os seres humanos, independentemente da sua condição de vida ou das suas qualidades» (17) e o faz com base na revelação bíblica: mulheres e homens são criados à imagem de Deus; Cristo, encarnando-se «confirmou a dignidade do corpo e da alma» (19), e ressuscitando nos revelou que «o aspecto mais sublime da dignidade do homem consiste na sua vocação à comunhão com Deus» (20).

Dignidade de cada pessoa

O documento evidencia o equívoco representado pela posição daqueles que à expressão “dignidade humana” preferem “dignidade pessoal”, «porque entendem como pessoa somente “um ser capaz de raciocinar”». Consequentemente, afirmam que «não teria dignidade pessoal a criança ainda não-nascida, nem o idoso não autossuficiente, nem o portador de deficiência mental. A Igreja, ao contrário, insiste no fato que a dignidade de cada pessoa humana, porque é intrínseca, permanece para além de toda circunstância» (24). Além disso, se afirma «o conceito de dignidade humana foi às vezes usado de modo abusivo também para justificar uma multiplicação arbitrária de novos direitos… como se fosse devido garantir a expressão e a realização de toda preferência individual ou desejo subjetivo» (25).

O elenco das violações

A declaração apresenta então o elenco de “algumas graves violações da dignidade humana”, ou seja «tudo aquilo que é contrário à vida mesma, como toda espécie de homicídio, o genocídio, o aborto, a eutanásia e o suicídio voluntário»; mas também tudo aquilo que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, as torturas infligidas ao corpo e à mente, as constrições psicológicas». Enfim, «tudo aquilo que ofende a dignidade humana, como as condições de vida sub-humana, os encarceramentos arbitrários, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de mulheres e de jovens, ou ainda as ignominiosas condições de trabalho com as quais os trabalhadores são tratados como simples instrumentos de lucro e não como pessoas livres e responsáveis». Cita-se também a pena de morte, que «viola a dignidade inalienável de toda pessoa humana para além de toda circunstância» (34).

Pobreza, guerra e tráfico de pessoas

Antes de tudo, se fala do «drama da pobreza», «uma das maiores injustiças do mundo contemporâneo» (36). Depois está a guerra, «tragédia que nega a dignidade humana» e «é sempre uma “derrota da humanidade”» (38), a ponto de hoje ser «muito difícil sustentar os critérios racionais maturados em outros séculos para falar de uma possível “guerra justa”» (39). Prossegue-se com o “sofrimento dos migrantes”, cuja «vida é colocada em risco porque não têm mais os meios para formar uma família, para trabalhar ou para nutrir-se» (40). O documento se detém depois no “tráfico de pessoas”, que está assumindo «dimensões trágicas» e é definida como «uma atividade indigna, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas», convidando «exploradores e clientes» a fazer um sério exame de consciência (41). Do mesmo modo, se convida a lutar contra fenômenos como «comércio de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de crianças, trabalho escravizado, incluída a prostituição, tráfico de drogas e de armas, terrorismo e crime internacional organizado» (42). Cita-se ainda “o abuso sexual”, que deixa «profundas cicatrizes no coração daquele que o sofre»: trata-se de «sofrimentos que podem durar toda a vida e a que nenhum arrependimento pode remediar» (43). O texto continua com a discriminação das mulheres e a violência contra elas, citando entre essas últimas «a constrição ao aborto, que fere seja a mãe que o filho, tão frequente para satisfazer o egoísmo dos homens» e «a prática da poligamia» (45). Condena-se o “feminicídio” (46).

Aborto e Maternidade sub-rogada

Firme, depois, é a condenação ao aborto: «entre todos os delitos que o homem pode cometer contra a vida, o aborto procurado apresenta características que o tornam particularmente grave e deplorável» e se recorda que a «defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano» (47). Forte também é a contrariedade à maternidade sub-rogada, «através da qual a criança, imensamente digna, torna-se mero objeto», uma prática «que lesa gravemente a dignidade da mulher e do filho… que se funda sobre a exploração de uma situação de necessidade material da mãe. Uma criança é sempre um dom e nunca objeto de um contrato». (48) Na lista são citados ainda a eutanásia e o suicídio assistido, confusamente definidos por algumas leis como «morte digna», recordando que o «o sofrimento não faz perder ao doente aquela dignidade que lhe é própria de modo intrínseco e inalienável» (51). Fala-se, portanto, da importância dos cuidados paliativos e para evitar «toda obsessão terapêutica ou intervenções desproporcionais», reiterando que «a vida é um direito, não a morte, a qual precisa ser acolhida, não aplicada» (52). Entre as graves violações da dignidade humana, encontra lugar também o “descarte” das pessoas com deficiência (53).

Teoria de gênero

Depois de reiterar que em relação às pessoas homossexuais deve ser evitada «“toda marca de injusta discriminação” e particularmente toda forma de agressão e violência», denunciando «como contrário à dignidade humana» o fato de que em alguns lugares pessoas «são encarceradas, torturadas e até mesmo privadas da vida unicamente pela sua orientação sexual.» (55), o documento critica a teoria de gênero, «que é perigosíssima porque cancela as diferenças na pretensão de tornar todos iguais» (56). A Igreja recorda que «a vida humana, em todos os seus componentes, físicos e espirituais, é um dom de Deus, que se deve acolher com gratidão e colocar a serviço do bem. Querer dispor de si, como prescreve a teoria de gênero… não significa outra coisa senão ceder à antiquíssima tentação do homem que se faz Deus» (57). A teoria do gênero quer «negar a maior das diferenças possíveis entre os seres viventes: a diferença sexual» (58). Portanto, «devem-se rejeitar todas aquelas tentativas de obscurecer a referência à insuprimível diferença sexual entre homem e mulher» (59). Negativo também o juízo sobre a mudança de sexo, que «arrisca a ameaçar a dignidade única que a pessoa recebeu desde o momento da concepção. Isto não significa excluir a possibilidade que uma pessoa portadora de anomalias dos genitais, já evidentes desde o nascimento ou que se manifestem sucessivamente, possa decidir-se por receber assistência médica com o fim de resolver tais anomalias» (60).

Violência digital

O elenco se completa com a “violência digital”, e cita as «novas formas de violência se difundem através das redes sociais, por exemplo o cyberbullying» e a «difusão da pornografia e de exploração das pessoas para fins sexuais ou através dos jogos de azar» na rede (61). A declaração se encerra exortando «a colocar o respeito pela dignidade da pessoa humana, para além de toda circunstância, ao centro dos esforços pelo bem comum e de todo ordenamento jurídico» (64).

Andrea Tornielli
Vatican News

Foto: Vatican Media

Na última sexta-feira, 5 de abril, ainda vivenciando as glórias e alegrias da ressurreição de Jesus nas oitavas da Páscoa, o Seminário Filosófico Dom Albano Cavallin, em Maringá, celebrou solenemente o rito da luz para bênção e acendimento do Círio Pascal 2024, que será sinal do ressuscitado na vida de nossos seminaristas.

Essa noite festiva, também marcada pela entronização do Círio e Celebração Eucarística presidida pelo reitor, padre Wendel Perre dos Santos, contou com um grande momento de comunhão e unidade com a presença dos seminaristas das dioceses de Campo Mourão e Umuarama, as quais também realizam sua formação filosófica na cidade de Maringá, e a participação de alguns leigos até mesmo do município vizinho de Marialva.

Em sua homilia, em uma dinâmica orante, o reitor destacou a importância dos sentidos (audição, visão e o falar) os quais devem ser iluminados pelo Ressuscitado para que nos levem ao conhecimento do mistério pascal, e, assim também, a anunciar a salvação. No final da celebração, todos foram convidados para um coquetel, momento de também estreitar os laços e se aproximar um pouco mais do coração do outro.

Roberto Luis de Souza
Seminarista da Arquidiocese de Londrina

Fotos: Divulgação