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Programação de três dias destacou a participação da comunidade e a presença na sociedade civil

O arcebispo dom Geremias Steinmetz, nos dias 21, 22 e 23 de julho, fez visita pastoral à Paróquia Cristo Rei, na cidade de Lupionópolis. Acompanhado do pároco, padre Jorge Arias, o arcebispo conheceu o território paroquial, conversou e abençoou lideranças, doentes e idosos, conversou com representantes da sociedade civil, esteve no hospital, prefeitura, câmara de vereadores, associação comercial, rádio, encontrou-se com o atual prefeito, com ex-prefeitos, com famílias e celebrou a Santa Missa com as comunidades. “Foi um trabalho muito interessante, bonito, profundo”, destacou dom Geremias. “E mais uma vez louvar a Deus porque as visitas pastorais são capazes de produzir muitos e bons frutos para a Igreja, para o trabalho de evangelização.”

Segundo o padre Jorge, foram dias em que a ação do Espírito Santo foi fortemente sentida, pela experiência de Igreja que a comunidade pode fazer, com momentos de oração e partilha entre o bispo, o padre e a comunidade. “Ele foi visitar famílias, visitou doentes, aqueles que estavam na programação e aqueles que não estavam. Teve a oportunidade de ir também em casas de famílias que são boas mas pouco próximas da vida litúrgica da Igreja. E a sua presença reforçou a fé que eles têm, motivou também a se aproximarem de Deus e esperar o tempo de Deus. E por último, as celebrações que eu vi que o pessoal dos distintos ministérios se prepararam com carinho, com fé, com alegria…”

Vários cartazes de boas-vindas foram colocados na cidade (Foto Tiago Queiroz)

Foi um trabalho intenso, que contou com encontros com pastorais, movimentos, com as comunidades e com a sociedade civil, administração pública, pessoas ligadas à educação, à saúde, destaca o arcebispo. “O trabalho todo feito pelo padre Jorge fez com que a gente pudesse entrar um pouquinho mais no conhecimento desta pequena cidade, mas que tem muitos valores, muitas coisas bonitas acontecendo no dia a dia, para o cuidado e o bem estar do povo.”

Para a catequista Camila Daiane da Silva Martins, a visita do arcebispo reforça a unidade da comunidade como Igreja, trazendo uma palavra de ânimo para os fiéis continuarem firmes na caminhada. “É sempre muito bom ouvir a voz do nosso pastor e é muito bom recebê-lo na nossa paróquia”, fala Camila.

“As pessoas têm uma imagem muitas vezes que a Igreja é um círculo fechado, que o padre, o bispo são pessoas inacessíveis, e hoje o bispo nos mostrou que não é assim, ele é uma pessoa do povo, ele é uma pessoa presente, pessoa simples, que nos dá respostas simples que a gente consegue entender. Então para nós foi muito bom escutar a palavra dele, a partilha. As respostas dele nos instruíram muito bem e nos deixaram animados para continuar firmes e fortes”, finaliza.

A catequista Camila Daiane agradece ao arcebispo pelo encontro com os catequizandos. (Foto Tiago Queiroz)

Vivência inédita

Padre Jorge destacou que nos seus 37 anos de padre, nunca tinha vivenciado uma visita pastoral com as características da visita pastoral de dom Geremias. “Então já é uma coisa inédita pra mim”, observa o padre. Ele conta que uma comissão ficou responsável por organizar a visita, entrar em contato com as entidades visitadas, sempre com a participação das lideranças paroquiais e iluminados pela presença do Espírito Santo. “Uma vez que a programação oficial estava pronta, veio a programação espiritual, com missas, terços, veio a parte da divulgação, várias pessoas ajudaram, as famílias que estiveram disponíveis para acolher em suas casas nas refeições, abriram seu coração.

Padre Jorge comparou a acolhida das pessoas ao arcebispo à passagem de Gênesis da liturgia do domingo 17 de julho, em que Abraão acolhe os três forasteiros: prepara a melhor farinha para fazer pão e o carneiro mais novo e sadio para oferecer o assado. “Isso que eu vi nas famílias: quer aqueles que acolheram em casa, como nas comunidades, na Capela do Mairá, nos grupos. Sempre havia algo para partilhar, então ofereceram o melhor. E isso só se pode fazer quando você tem fé, e você enxerga que ele é nosso pastor, ele é Jesus aqui entre nós e vamos nos deixar conduzir.”

Ao final da missa o Pe. Jorge pediu um abraço do arcebispo (Foto Tiago Queiroz)

Berço de vocações

Entre os compromissos do primeiro dia de visita pastoral, dom Geremias esteve na Capela São João Batista, do distrito de Mairá, região onde nasceu o monsenhor Marcos José dos Santos, que será ordenado bispo no próximo dia 13 de agosto. O localidade também já ofereceu outras vocações sacerdotais para a Igreja. “De fato ali é uma dessas comunidades de interior, que tem um comércio relativamente bom, uma comunidade não muito grande, mas que mantém a alegria de se reunir pela força da Palavra de Deus, da Eucaristia, pela catequese, por todo trabalho constituído ali que continua fazendo com que aquela comunidade persevere. Agora a notícia do padre Marcos vem trazer alegria, muita satisfação para a maioria daquela comunidade que o conhece muito bem.”

Dom Geremias celebra Santa Missa na capela São João Batista do Distrito Mairá, berço do monsenhor Marcos José dos Santos, bispo eleito pra Cornélio Procópio PR. (Foto Tiago Queiroz)

Encontro com profissionais da educação

No segundo dia em Lupionópolis, dom Geremias teve um encontro com professores e profissionais da educação, que reuniu quase 300 pessoas. No encontro, o arcebispo pode perceber e conversar sobre as grandes questões da educação do município. “Inclusive discutindo um pouquinho a Campanha da Fraternidade [que trata da educação], sobre aqueles problemas que todos sabemos que foram potencializados pela pandemia do coronavírus e que agora exigem muito trabalho das prefeituras, das secretarias para que as sequelas que vão aparecer sejam as menores possíveis”, destaca o arcebispo.

Quase 300 professores e profissionais da educação participaram do encontro com arcebispo (Foto Tiago Queiroz)

Participação ativa da comunidade

No encontro com lideranças paroquiais, o que surpreendeu o arcebispo foi a participação dos leigos. “Eu esperava a participação, mas as pessoas participaram de verdade, provavelmente pela convivência nesses dias e eu também procurei motivar a conversa sugerindo assuntos, sugerindo uma pauta um pouco mais avançada, mais profunda sobre a catequese, sobre a organização da Igreja, a importância das pastorais, dos movimentos. E depois disso eles tiveram de fato muita oportunidade para perguntar, e perguntaram! Perguntas dos mais diferentes assuntos e que fizeram com que de fato a conversa pudesse ser aprofundada”, conta.

“O que a gente vê é exatamente uma comunidade que está se recuperando, que está avançando e que está prezando muito pela clareza de tudo: das contas, pela clareza da pastoral, a clareza e a boa preparação da liturgia, dos cantos, e a gente vê muitas pessoas envolvidas, homens, mulheres, jovens, muitos jovens envolvidos, e, sobretudo, buscando sempre mais respostas que eles vão percebendo no seu grupo de trabalho, no seu grupo de reflexão”, finaliza dom Geremias.

Juliana Mastelini Moyses e Tiago Queiroz
Pascom Arquidiocesana

Fotos: César Vilela Costa e Tiago Queiroz

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