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“Dias de celebração, de receber formação sobre a importância da alegria do Evangelho ser comunicado a todos e a povos distantes”, resumiu o bispo referencial das Missões no Paraná, dom Sergio Arthur Braschi, ao avaliar o Congresso Missionário Regional, realizado em Guarapuava, neste final de semana. 67 pessoas, de 17 regionais e diversas dioceses do Paraná, puderam se aprofundar no texto base do IV Congresso Missionário Nacional, marcado para setembro, em Recife (PE). Na noite de sexta-feira (16), foram eleitos também os três novos coordenadores dos Conselhos Missionários de Província (Comipro).

O estudo do texto base foi conduzido pelo padre Estevão Raschietti, assessor do Centro Cultural Missionário, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criador da Rede Latino-americana de Missiólogos e um dos autores do texto. “O documento foi elaborado em cima do texto base (do Congresso Americano) da Bolívia, que é bem volumoso. Nós o reduzimos na tentativa de deixá-lo mais popular, partindo da escolha de três eixos: Alegria do Evangelho/Vida Plena, Sinodalidade e Comunhão e Testemunho e Profetismo, e, a Missão Ad gentis que é o eixo transversal, tema dos dois congressos”, explicou o padre, citando que a atenção foi centrada no âmbito espiritual (Alegria do Evangelho/Vida Plena), na dimensão relacional, comunitária (Sinodalidade e Comunhão) e apostólica (Testemunho e Profetismo. “As três estão relacionadas porque hoje em dia não se pode pensar em fazer missão sozinho; tem de fazer comunitariamente, eclesialmente”.

Para o padre Raschietti, precisamos saber que tipo de Igreja somos e que tipo queremos ser. “Porque, realmente, uma Igreja muito piramidal não tem como ir à missão, é preciso ser participativa. A alegria do Evangelho tem de ser o que motiva as pessoas. O testemunho de vida e a Palavra, a comunicação, a interpelação reciproca entre os interlocutores, que é função do profetismo”, detalhou. “O profetismo sem o testemunho fica vazio e o testemunho sem profetismo fica pouco contundente”, acrescentou. O assessor elogiou a postura dos participantes do Congresso. “Muito receptivos, bastante sedentos de ouvir ideias novas. No grupo de estudo, saíram coisas muito interessantes”, destacou. Foram 67 participantes, de 17 regionais do Paraná.

O coordenador do Conselho Missionário Regional, Odaril José da Rosa, considerou a formação muito gratificante. “Ajudou muito na reflexão sobre o texto base. A apresentação foi primorosa e fez com que todos se encantassem com os temas do Congresso Nacional. Os missionários saem mais motivados, com o desafio, agora, de dar continuidade nas paroquias, nas dioceses, porque a missão continua”. A edição nacional do encontro acontece em Recife, em setembro, e reunirá 700 pessoas. De acordo com o bispo dom Sergio, os dois eventos ajudarão a preparar o grande congresso missionário de todo continente americano, que será em julho de 2018, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. “Vão aquecendo corações”, sintetizou. Na manhã de domingo, o bispo atualizou as informações sobre a Missão Beato João Paulo II, mantida pelos paranaenses em Quebo, na Guiné Bissau, e fez o envio de todos os missionários.

Comipros

Os Conselhos Missionários das Províncias (Comipros) elegeram novos coordenadores na sexta-feira, à noite, Pela Província de Curitiba, da qual a Diocese de Ponta Grossa faz parte, foi eleita coordenadora Elizete de Aparecida Toledo, de Laranjeiras do Sul/Diocese de Guarapuava; Maria Angélica Kroetz Kovalhuk, de Curitiba (vice); Leticia Surmas, de União da Vitória (secretária) e Neuci Marques, de Ponta Grossa (suplente). Como coordenadora pela Província de Londrina foi eleita a irmã Dirce Gomes da Silva, e, de Maringá, Lilian Busatto Paladini. O bispo dom Sergio e o coordenador do Conselho Missionário Regional, Odaril José da Rosa, presentearam, tanto as coordenadoras que deixavam os cargos como as que assumem a função, com Bíblias traduzidas no idioma Crioulo, falado em Quebo. São 25 mil Bíblias, dez mil no idioma nativo, que seguem por navio, desde fevereiro, enviadas pelo Regional Sul 2.

O bispo de Guarapuava, dom Antônio Wagner, fez questão de dar as boas-vindas aos participantes do Congresso, enaltecendo a vida a partir do espírito missionário. “A busca missionária vai se tornando mais vibrante. O que mais me encanta é o ‘ferver’ missionário, o ‘mexer’ com o outros, é fundamental na ingestão de ânimo. Vendo os missionários fica claro que nem tudo está perdido”, enalteceu, lembrando que o Paraná é exemplo para o Brasil quando se fala em missão.

Cláudio Carneiro 

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